sábado, 3 de maio de 2014

Moradores denunciam invasões e pedem ações de preservação

Ao entrar no parque, a primeira impressão é de uma grande área descampada, mas, ao longo da caminho, placas de sinalização indicam que ali fica um local protegido por lei
 

patricia.fernandes@jornaldebrasilia.com.br


Considerado uma área de preservação ambiental desde 1994, o Parque Ecológico e Vivencial de Sobradinho encontra-se em estado de abandono. 

Em contraste com a área verde há vestígios de uso de drogas, sujeira e indícios de ocupação irregular. O descaso com o local preocupa os moradores, que além de não terem condições adequadas para  usufruir do espaço, lamentam a falta de responsabilidade ambiental dos órgãos responsáveis por zelar  do espaço.

Ao entrar no parque, a primeira impressão é de uma grande área descampada, mas, ao longo da caminho, placas de sinalização indicam que ali fica um local protegido por lei. Mas, na prática, a proteção não é tão visível. Desde sua criação, o parque não recebeu investimentos expressivos. O espaço destinado à sua sede e a guarita  são usados como refúgio para os usuários de entorpecentes.

 De acordo com o morador da região Nelson Rodrigues, 39 anos, a área deveria ser tratada com mais cuidado, afinal, poderia ser usada como espaço de lazer. “Eu vinha sempre aqui fazer trilha, mas hoje nem me atrevo a vir sozinho. Só me encorajo se vier com mais uma cinco pessoas”, diz.

Invasões

Como o terreno fica desprotegido, a ocupação irregular também tem sido um problema recorrente. De acordo com moradores, é comum encontrar proprietários de chácaras ao longo da extensão do parque. Criação de porcos e galinhas também são usuais, de acordo com frequentadores.

“Brasília vai sediar o Fórum Mundial da Água, em 2018,  e  enfrentamos a maior escassez dos nossos recursos hídricos. Além disso, essas construções degradam e danificam as nascentes do parque”, explicou o ambientalista Ilton dos Santos, 40 anos.

Segundo Ilton, os pedidos de ajuda ao Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF (Ibram) são ignorados
constantemente. “A resposta é a mesma. O projeto está em andamento e deve sair ainda este ano”, diz.

A reportagem procurou o órgão e recebeu justificativa semelhante à prevista pelo ambientalista: “O Horto Ambiental de Sobradinho é uma das áreas previstas no Programa Brasília, Cidade Parque, com previsão para ser atendido ainda neste ano de 2014”, afirmou o órgão.

Ibram promete fiscalizar ocupação ilegal


De acordo com o Ibram,  com relação às invasões no parque de Sobradinho, no que cabe à pasta, a fiscalização será intensificada na área mencionada. “Lembramos, ainda,  que dentre os 12 parques já entregues à população, encontra-se o Parque Jequitibás, situado em Sobradinho”, informou a assessoria de imprensa do órgão.

A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e o Ibram, desenvolvem o Programa Brasília, Cidade Parque, que tem por objetivo implantar e revitalizar os 72 parques e 22 unidades de conservação existentes no DF.  Segundo o Ibram, até o momento, já foram entregues 12 parques, outros 18 se encontram em obras, que serão finalizadas até o final de 2014. 

O programa é desenvolvido por meio de ações de compensação ambiental e florestal, ou seja, ações integrantes do processo de licenciamento que funcionam como uma contrapartida paga pelo empreendedor por significativos impactos ambientais causados ao meio ambiente, por ocasião da implementação de um empreendimento, ou pela retirada de árvores de algum local.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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