Júlia Carneiro
Especial para o Jornal de Brasília
“Um espelho d'água no centro da cidade é uma dádiva”. Com essas palavras, um dos coordenadores do grupo Amigos do Lago Paranoá, Guilherme Sampaio Scartezini, reforça a importância do cartão-postal da cidade.
A iniciativa, que começou em 2011, foi o pontapé para tantos outros projetos criados para revitalizar a orla e incentivar o uso sustentável dos recursos hídricos para o lazer público.
Desde então, o número de ambientalistas e esportistas que se unem pela mesma causa vem se multiplicando.
Seguindo o mesmo objetivo, surgiu outro projeto, batizado de Praia do Cerrado. A ação reúne voluntários para a limpeza das margens do lago, deixando o local apto para prática de várias modalidades de esportes
aquáticos.
“A gente percebeu que o Parque Ecológico do Bosque (na QL 10, ao lado da Ponte Costa e Silva) estava sendo utilizado para fins negativos, como consumo de bebida alcoólica e drogas e moradia de mendigos, além da falta de cuidado para a prática de esportes”, conta um dos voluntários, Sérgio Marques.
União
Tudo começou com a ideia de amigos, mas, em pouco tempo, uma comunidade de esportistas decidiu se juntar ao mutirão. Buscando democratizar a utilização da orla do lago, o sociólogo Guilherme Sampaio Scartezini começou o grupo Amigos do Lago Paranoá. “Vivemos no Cerrado, um lugar quente e seco, onde o lago é um recurso natural ainda mais valioso. Por isso, ele deve ser público”, frisa.
Lago em números
Área superficial: 37,5 km²
Volume total: 498 milhões de metros cúbicos
Profundidade média: 12,4 m
Profundidade máxima: 40 m (Barragem do Paranoá)
Perímetro: 111,8 km
Comprimento: 40 km
Largura máxima: 5 km
Orla deve ser de todos
Guilherme Sampaio Scartezini também é produtor cultural e reivindica a ocupação de todos os espaços públicos da orla. Uma das ações de maior orgulho do grupo é a educação ambiental, feita de forma gratuita e voluntária com jovens da cidade.
“A gente cria uma consciência nos jovens de que isso é deles. Eles podem vir brincar, trazer os amigos... E quando você desfruta, você se importa mais e luta por isso, porque aquilo te pertence. Essa é a melhor estratégia: fazer uso do lago”, defende Guilherme.
Entre as principais motivações para a mobilização do grupo estão os recentes casos de vazamento de óleo no Lago Paranoá, que ocorreram no final do ano passado e em janeiro deste ano. Os voluntários se preocupam também com a autorização de novas construções às margens do espelho d’água. O voluntário Marcelo Nepomuceno conta que situações como essas impulsionaram a organização da primeira edição do evento #ocupeolago, que ocorreu no Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março.
Curiosidades
Calcula-se que aproximadamente 67 espécies de peixe vivam dentro do lago. O peixe mais comum é o cará, que tem, em média, 15cm e 300g. Algumas espécies curiosas, como o morcego-pescados, vivem na beira do Paranoá. Capivaras, jacarés e cobras também são encontrados.
Grupo faz mutirão de limpeza da orla
De acordo com o voluntário Marcelo Nepomuceno, o projeto #ocupeolago consiste em uma série de atividades de lazer, mas também de limpeza do espaço público. “Conseguimos juntar 22,5 toneladas de resíduos. Tivemos um apoio de mil pessoas no dia e mais 30 mil pessoas virtualmente, por meio das redes sociais”, lembra o esportista, que rema e nada no lago.
O evento em março contou com atividades de canoagem e stand up paddle. Houve ainda um abraço coletivo de mais de cem usuários do lago dentro d'água. Para Marcelo, esse foi só o começo: “O movimento é permanente. A ideia é que a gente tenha ações periódicas no Lago”.
Monitoramento
Incentivados pelo corpo docente da Universidade de Brasília, os voluntários também se uniram para fazer o monitoramento do lago. “Eu moro na beira do lago, frequento esse espaço sempre e pratico esportes ali há 30 anos. Entrei em contato com o pessoal que treina comigo e a UnB e começou o grupo”, explica Marcelo.
A primeira ação deles ganhou visibilidade no País todo: o lançamento de um calendário com fotos do fotógrafo Kazuo Okubo, com 43 homens e mulheres posando nus, interagindo e praticando esportes no lago. O catálogo é vendido por R$ 45 e parte do dinheiro arrecadado com as vendas será revertida para entidades que trabalham com a conservação ambiental do Lago Paranoá.
“Agora queremos dar continuidade ao projeto. Mas o legal é que pudemos cativar mais gente, para todos se sintam responsáveis por cuidar do lago. A gente vai dar dando apoio a todas as iniciativas que aparecem. É o coletivo que vai fazer a diferença”, estimula Marcelo.
Especial para o Jornal de Brasília
“Um espelho d'água no centro da cidade é uma dádiva”. Com essas palavras, um dos coordenadores do grupo Amigos do Lago Paranoá, Guilherme Sampaio Scartezini, reforça a importância do cartão-postal da cidade.
A iniciativa, que começou em 2011, foi o pontapé para tantos outros projetos criados para revitalizar a orla e incentivar o uso sustentável dos recursos hídricos para o lazer público.
Desde então, o número de ambientalistas e esportistas que se unem pela mesma causa vem se multiplicando.
Seguindo o mesmo objetivo, surgiu outro projeto, batizado de Praia do Cerrado. A ação reúne voluntários para a limpeza das margens do lago, deixando o local apto para prática de várias modalidades de esportes
aquáticos.
“A gente percebeu que o Parque Ecológico do Bosque (na QL 10, ao lado da Ponte Costa e Silva) estava sendo utilizado para fins negativos, como consumo de bebida alcoólica e drogas e moradia de mendigos, além da falta de cuidado para a prática de esportes”, conta um dos voluntários, Sérgio Marques.
União
Tudo começou com a ideia de amigos, mas, em pouco tempo, uma comunidade de esportistas decidiu se juntar ao mutirão. Buscando democratizar a utilização da orla do lago, o sociólogo Guilherme Sampaio Scartezini começou o grupo Amigos do Lago Paranoá. “Vivemos no Cerrado, um lugar quente e seco, onde o lago é um recurso natural ainda mais valioso. Por isso, ele deve ser público”, frisa.
Lago em números
Área superficial: 37,5 km²
Volume total: 498 milhões de metros cúbicos
Profundidade média: 12,4 m
Profundidade máxima: 40 m (Barragem do Paranoá)
Perímetro: 111,8 km
Comprimento: 40 km
Largura máxima: 5 km
Orla deve ser de todos
Guilherme Sampaio Scartezini também é produtor cultural e reivindica a ocupação de todos os espaços públicos da orla. Uma das ações de maior orgulho do grupo é a educação ambiental, feita de forma gratuita e voluntária com jovens da cidade.
“A gente cria uma consciência nos jovens de que isso é deles. Eles podem vir brincar, trazer os amigos... E quando você desfruta, você se importa mais e luta por isso, porque aquilo te pertence. Essa é a melhor estratégia: fazer uso do lago”, defende Guilherme.
Entre as principais motivações para a mobilização do grupo estão os recentes casos de vazamento de óleo no Lago Paranoá, que ocorreram no final do ano passado e em janeiro deste ano. Os voluntários se preocupam também com a autorização de novas construções às margens do espelho d’água. O voluntário Marcelo Nepomuceno conta que situações como essas impulsionaram a organização da primeira edição do evento #ocupeolago, que ocorreu no Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março.
Curiosidades
Calcula-se que aproximadamente 67 espécies de peixe vivam dentro do lago. O peixe mais comum é o cará, que tem, em média, 15cm e 300g. Algumas espécies curiosas, como o morcego-pescados, vivem na beira do Paranoá. Capivaras, jacarés e cobras também são encontrados.
Grupo faz mutirão de limpeza da orla
De acordo com o voluntário Marcelo Nepomuceno, o projeto #ocupeolago consiste em uma série de atividades de lazer, mas também de limpeza do espaço público. “Conseguimos juntar 22,5 toneladas de resíduos. Tivemos um apoio de mil pessoas no dia e mais 30 mil pessoas virtualmente, por meio das redes sociais”, lembra o esportista, que rema e nada no lago.
O evento em março contou com atividades de canoagem e stand up paddle. Houve ainda um abraço coletivo de mais de cem usuários do lago dentro d'água. Para Marcelo, esse foi só o começo: “O movimento é permanente. A ideia é que a gente tenha ações periódicas no Lago”.
Monitoramento
Incentivados pelo corpo docente da Universidade de Brasília, os voluntários também se uniram para fazer o monitoramento do lago. “Eu moro na beira do lago, frequento esse espaço sempre e pratico esportes ali há 30 anos. Entrei em contato com o pessoal que treina comigo e a UnB e começou o grupo”, explica Marcelo.
A primeira ação deles ganhou visibilidade no País todo: o lançamento de um calendário com fotos do fotógrafo Kazuo Okubo, com 43 homens e mulheres posando nus, interagindo e praticando esportes no lago. O catálogo é vendido por R$ 45 e parte do dinheiro arrecadado com as vendas será revertida para entidades que trabalham com a conservação ambiental do Lago Paranoá.
“Agora queremos dar continuidade ao projeto. Mas o legal é que pudemos cativar mais gente, para todos se sintam responsáveis por cuidar do lago. A gente vai dar dando apoio a todas as iniciativas que aparecem. É o coletivo que vai fazer a diferença”, estimula Marcelo.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
Comentario
Tanto esforço da comunidade para ser tudo destruído pelo Magela da SEDHAB com o tal de PPCUB. Até a orla do Lago querem fracionar, destruir.
Fizemos um projeto de reflorestamento de arvores nativas perto de onde moro e quando as mudas estava grandinhas veio o trator da Terracap e destruiu tudo.A Terracap estava de olho na área e não queria que arvores nativas crescessem no local pois dificultaria o desmatamento.
Depois não sabem porque o povo ODEIA o atual governo.
Natan
Comentario
Tanto esforço da comunidade para ser tudo destruído pelo Magela da SEDHAB com o tal de PPCUB. Até a orla do Lago querem fracionar, destruir.
Fizemos um projeto de reflorestamento de arvores nativas perto de onde moro e quando as mudas estava grandinhas veio o trator da Terracap e destruiu tudo.A Terracap estava de olho na área e não queria que arvores nativas crescessem no local pois dificultaria o desmatamento.
Depois não sabem porque o povo ODEIA o atual governo.
Natan
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