O ex-prefeito Gilberto Kassab anunciou ontem o apoio do PSD, partido
que preside, ao candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf.
Ato contínuo, o peemedebista chamou Henrique Meirelles, da legenda de
Kassab, para concorrer ao Senado em sua chapa. Segundo assessores de
Skaf, o ex-presidente do Banco Central deve aceitar o convite.
O
desfecho das negociações com o PSD frustrou as expectativas do
governador Geraldo Alckmin (PSDB), que trabalhava para ter a sigla do
ex-prefeito em sua aliança à reeleição.
Por outro lado, atendeu ao projeto nacional da legenda tucana e aos interesses do candidato à Presidência, Aécio Neves. O mineiro trabalhou para evitar que o palanque tucano em São Paulo - maior colégio eleitoral do País, com 31,2 milhões de votos - fosse repartido com siglas adversárias na disputa presidencial.
Depois de o PSB de Eduardo Campos assegurar a vaga de vice de Alckmin, Aécio mobilizou forças para evitar que Kassab, aliado nacional da presidente Dilma Rousseff, ingressasse na chapa majoritária como candidato ao Senado. Fez até um apelo para que o ex-governador José Serra concorra ao Senado.
A movimentação de Aécio tentando garantir um tucano na vaga ao Senado afastou Kassab de Alckmin - antigos rivais, eles buscavam a reconciliação nesta eleição. O ex-prefeito acabou, então, optando pelo PMDB de Skaf, partido que também apoia Dilma nacionalmente.
A aliança interessa ainda à presidente e a seu antecessor e fiador político, Luiz Inácio Lula da Silva. Ambos não escondem que, independentemente de haver um petista na disputa em São Paulo, o ex-ministro Alexandre Padilha, vencer os tucanos no Estado, mesmo sendo com o PMDB, é a prioridade.
Ainda ontem, diante da notícia de que Skaf teria o apoio do PSD, aliados que já fecharam acordo com Padilha passaram a dizer que podem abandoná-lo (mais informações no texto abaixo).
Telefonema.
Aécio afirmou ontem que falou ao telefone com Kassab. Segundo seu relato, disse que "o ideal" era estarem juntos, mas respeitava a decisão do ex-prefeito. Sobre o futuro de Serra, foi sucinto. "Fiquem tranquilos, porque o Serra terá um bom espaço nessa campanha", disse.
O anúncio de Kassab foi recebido com alívio pela cúpula nacional tucana e tratado como uma vitória política de Aécio.
Segundo um membro da executiva nacional do PSDB, a escolha de Serra como candidato ao Senado em São Paulo garante, no mínimo, que o número da sigla, o 45, será "martelado" na cabeça dos eleitores na propaganda de TV reservada ao Senado. Conforme pessoas próximas ao ex-governador, ele aguarda ainda um gesto de Alckmin para confirmar a candidatura.
Anteontem, Serra e Alckmin se encontraram no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Em vários momentos, Serra mostrou disposição de se candidatar ao Senado.
TV.
A aliança com o PSD dará a Skaf, presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mais 1 minuto e 17 segundos em cada bloco de 20 minutos da propaganda eleitoral na TV, que terá início em 19 de agosto.
Kassab classificou como "incondicional" o seu apoio a Skaf. Segundo ele, a aliança fechada com o PT por seu partido para a campanha de reeleição de Dilma pesou na aproximação com os peemedebistas em São Paulo.
"Acreditamos que a candidatura própria representaria a terceira via no Estado. Mas esse projeto novo acabou sendo ocupado pelo companheiro Paulo Skaf, que começou a campanha mais cedo e simboliza a renovação", afirmou o ex-prefeito, que chegou a se lançar pré-candidato ao governo.
Em entrevista coletiva para anunciar o acordo com o PMDB, Kassab garantiu que não vai concorrer a nenhum cargo eletivo este ano. Entre seus aliados, porém, não está descartado que ele venha a concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados.
A oficialização de Meirelles na chapa de Skaf tem de ser feita até segunda-feira, quando o PSD realiza sua convenção estadual. Este também é o prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral para a realização de convenções partidárias. "Ele (Meirelles) participou dessa decisão", afirmou Kassab.
Por outro lado, atendeu ao projeto nacional da legenda tucana e aos interesses do candidato à Presidência, Aécio Neves. O mineiro trabalhou para evitar que o palanque tucano em São Paulo - maior colégio eleitoral do País, com 31,2 milhões de votos - fosse repartido com siglas adversárias na disputa presidencial.
Depois de o PSB de Eduardo Campos assegurar a vaga de vice de Alckmin, Aécio mobilizou forças para evitar que Kassab, aliado nacional da presidente Dilma Rousseff, ingressasse na chapa majoritária como candidato ao Senado. Fez até um apelo para que o ex-governador José Serra concorra ao Senado.
A movimentação de Aécio tentando garantir um tucano na vaga ao Senado afastou Kassab de Alckmin - antigos rivais, eles buscavam a reconciliação nesta eleição. O ex-prefeito acabou, então, optando pelo PMDB de Skaf, partido que também apoia Dilma nacionalmente.
A aliança interessa ainda à presidente e a seu antecessor e fiador político, Luiz Inácio Lula da Silva. Ambos não escondem que, independentemente de haver um petista na disputa em São Paulo, o ex-ministro Alexandre Padilha, vencer os tucanos no Estado, mesmo sendo com o PMDB, é a prioridade.
Ainda ontem, diante da notícia de que Skaf teria o apoio do PSD, aliados que já fecharam acordo com Padilha passaram a dizer que podem abandoná-lo (mais informações no texto abaixo).
Telefonema.
Aécio afirmou ontem que falou ao telefone com Kassab. Segundo seu relato, disse que "o ideal" era estarem juntos, mas respeitava a decisão do ex-prefeito. Sobre o futuro de Serra, foi sucinto. "Fiquem tranquilos, porque o Serra terá um bom espaço nessa campanha", disse.
O anúncio de Kassab foi recebido com alívio pela cúpula nacional tucana e tratado como uma vitória política de Aécio.
Segundo um membro da executiva nacional do PSDB, a escolha de Serra como candidato ao Senado em São Paulo garante, no mínimo, que o número da sigla, o 45, será "martelado" na cabeça dos eleitores na propaganda de TV reservada ao Senado. Conforme pessoas próximas ao ex-governador, ele aguarda ainda um gesto de Alckmin para confirmar a candidatura.
Anteontem, Serra e Alckmin se encontraram no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Em vários momentos, Serra mostrou disposição de se candidatar ao Senado.
TV.
A aliança com o PSD dará a Skaf, presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mais 1 minuto e 17 segundos em cada bloco de 20 minutos da propaganda eleitoral na TV, que terá início em 19 de agosto.
Kassab classificou como "incondicional" o seu apoio a Skaf. Segundo ele, a aliança fechada com o PT por seu partido para a campanha de reeleição de Dilma pesou na aproximação com os peemedebistas em São Paulo.
"Acreditamos que a candidatura própria representaria a terceira via no Estado. Mas esse projeto novo acabou sendo ocupado pelo companheiro Paulo Skaf, que começou a campanha mais cedo e simboliza a renovação", afirmou o ex-prefeito, que chegou a se lançar pré-candidato ao governo.
Em entrevista coletiva para anunciar o acordo com o PMDB, Kassab garantiu que não vai concorrer a nenhum cargo eletivo este ano. Entre seus aliados, porém, não está descartado que ele venha a concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados.
A oficialização de Meirelles na chapa de Skaf tem de ser feita até segunda-feira, quando o PSD realiza sua convenção estadual. Este também é o prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral para a realização de convenções partidárias. "Ele (Meirelles) participou dessa decisão", afirmou Kassab.
Fonte: Estadão Conteúdo Jornal de Brasilia
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