Achados Econômicos
Sílvio Guedes Crespo
Os recursos contratados para as obras da Copa do Mundo em Belo Horizonte, onde o Brasil joga neste sábado contra o Chile, somaram R$ 2,4 bilhões até agora, de acordo com dados da Controladoria-Geral da União.
Esse valor é a soma dos gastos públicos e privados na reforma do estádio e do aeroporto e em ações de mobilidade urbana.
Custo das obras para a Copa em BH | Valor contratado (R$ milhões) | Percentual de conclusão física das obras |
Estádio | 678 | 100% |
Aeroporto | 480 | 45% |
Mobilidade | 1.244 | 72% |
Total | 2.401 | 75% |
Fonte: Controladoria-Geral da União |
Deste último valor, R$ 400 milhões foram financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), R$ 255 milhões vieram do grupo concessionário e R$ 40,5 milhões saíram do governo do Estado de Minas Gerais.
Os R$ 400 milhões que o BNDES emprestou serão devolvidos ao banco com juros, a uma taxa abaixo da média do mercado. O dinheiro federal despendido no estádio, portanto, corresponde à diferença entre os juros que o governo paga ao tomar dinheiro emprestado e os que o BNDES cobra ao emprestar.
Na reforma do Aeroporto Internacional Tancredo Neves – Confins, os recursos contratados até agora somam R$ 480 milhões e ficaram sob responsabilidade da Infraero. Por enquanto, 45% das obras foram concluídas. Para a reforma do terminal de passageiros e do sistema viário, a previsão total de gastos era de R$ 238 milhões em 2010. Até agora, já foram contratados R$ 255 milhões e o percentual de execução da obra ainda está em 47%.
A reforma do aeroporto inclui também a ampliação da pista de pouso e do sistema de pátios (R$ 202 milhões contratados até agora, com 41% da obra pronta) e a construção do terminal de passageiros 3 (R$ 22 milhões, com 56% concluídos).
As ações de mobilidade urbana somaram R$ 1,2 bilhão, superando, portanto, os gastos com o estádio e com o aeroporto. Esse era o valor contratado até setembro de 2013, data da última atualização disponível no site da Controladoria-Geral da União. Naquele momento, 72% das obras estavam concluídas.
Entre as ações de mobilidade, as de BRT (Bus Rapid Transit) foram as maiores em termos de recursos contratados, com R$ 761 milhões. A porcentagem de execução concluída estava em 73% em setembro do ano passado.
As ações de mobilidade incluem, ainda a implantação do Boulevard Arrudas e o corredor na Avenida Pedro I, entre outras, e estão sendo pagas com dinheiro do governo do Estado de MG e da prefeitura de Belo Horizonte, sendo a maior parte financiada pela Caixa Econômica Federal.
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