Eles descobrem na música, dança e grafite uma razão para chegar lá
vinicius.remer@jornaldebrasilia.com.br
“Porque a arte liberta, esse é o meu desejo”, trecho da música É o Teste, do rapper paulista Criolo, presente no disco de estreia do cantor, Ainda Há Tempo, lançado em 2006. Após cinco anos, o segundo álbum, Nó Na Orelha, seria a despedida do artista do cenário do rap e dos palcos. Depois de 20 anos ativo na cena, as coisas não iam bem para ele. Mas com a ótima repercussão, o CD, considerado pela revista Rolling Stones o melhor daquele ano, não deixou Criolo abandonar a música. Realidade não muito diferente de jovens brasilienses que a partir da arte encontraram fôlego para fugir da criminalidade.
Cleiniston Ferreira Jesus, 28 anos, mais conhecido como Nest, vivia uma outra realidade antes de se tornar grafiteiro e rapper. “Em 2005, estava no Caje (Centro de Atendimento Juvenil Especializado), por vários delitos que cometi.
A arte, música e grafite me fizeram ter uma visão diferente de vida”, conta. Hoje, Nest integra o grupo de rap Extrema Função, que conta com uma música na trilha sonora do filme brasiliense Pedra do Mal, sem previsão de estreia.
Quem também acredita que a arte é fundamental para tirar jovens da realidade do crime é o ceilandense GOG, há 25 anos atuante no cenário do rap, que alcançou destaque nacional. “Alcançando um lugar de protagonismo, o jovem se torna o centro do problema e também da solução, e passa a ter o controle do que acontece”, explica.
Nos palcos
A dança também pode auxiliar jovens a encontrar caminhos distantes da criminalidade. Thallyssonn Nunes, 20 anos, encontrou nela uma meta de vida. “Quando tinha 14 anos fazia muita besteira, pichava muros na rua. Era essa a minha realidade. Mas com a dança encontrei um objetivo para viver”, conta. O jovem dança há oito anos. Há dois, participa do Tekamul, grupo de dança de rua que nasceu de um projeto social que existe há mais de 16 anos e acumula prêmios.
Ponto de vista
Para psicóloga Cecília Andrade, a arte é importante para reintegrar jovens que cometeram crimes ou com problemas com drogas na sociedade. “Trabalhei no Caps (Centro de Ação Psicosocial) da Rodoviária do Plano Piloto, onde tratam os usuários de álcool e outras drogas. A partir das oficinas que aconteciam lá, seja de música ou artesanato, é visível perceber que a questão da arte é fundamental. Pois quando o indivíduo perde a identidade, a arte dá sentido e preenche a vida dele, colaborando no processo de ressocialização”, afirma.
“Porque a arte liberta, esse é o meu desejo”, trecho da música É o Teste, do rapper paulista Criolo, presente no disco de estreia do cantor, Ainda Há Tempo, lançado em 2006. Após cinco anos, o segundo álbum, Nó Na Orelha, seria a despedida do artista do cenário do rap e dos palcos. Depois de 20 anos ativo na cena, as coisas não iam bem para ele. Mas com a ótima repercussão, o CD, considerado pela revista Rolling Stones o melhor daquele ano, não deixou Criolo abandonar a música. Realidade não muito diferente de jovens brasilienses que a partir da arte encontraram fôlego para fugir da criminalidade.
Cleiniston Ferreira Jesus, 28 anos, mais conhecido como Nest, vivia uma outra realidade antes de se tornar grafiteiro e rapper. “Em 2005, estava no Caje (Centro de Atendimento Juvenil Especializado), por vários delitos que cometi.
A arte, música e grafite me fizeram ter uma visão diferente de vida”, conta. Hoje, Nest integra o grupo de rap Extrema Função, que conta com uma música na trilha sonora do filme brasiliense Pedra do Mal, sem previsão de estreia.
Quem também acredita que a arte é fundamental para tirar jovens da realidade do crime é o ceilandense GOG, há 25 anos atuante no cenário do rap, que alcançou destaque nacional. “Alcançando um lugar de protagonismo, o jovem se torna o centro do problema e também da solução, e passa a ter o controle do que acontece”, explica.
Nos palcos
A dança também pode auxiliar jovens a encontrar caminhos distantes da criminalidade. Thallyssonn Nunes, 20 anos, encontrou nela uma meta de vida. “Quando tinha 14 anos fazia muita besteira, pichava muros na rua. Era essa a minha realidade. Mas com a dança encontrei um objetivo para viver”, conta. O jovem dança há oito anos. Há dois, participa do Tekamul, grupo de dança de rua que nasceu de um projeto social que existe há mais de 16 anos e acumula prêmios.
Ponto de vista
Para psicóloga Cecília Andrade, a arte é importante para reintegrar jovens que cometeram crimes ou com problemas com drogas na sociedade. “Trabalhei no Caps (Centro de Ação Psicosocial) da Rodoviária do Plano Piloto, onde tratam os usuários de álcool e outras drogas. A partir das oficinas que aconteciam lá, seja de música ou artesanato, é visível perceber que a questão da arte é fundamental. Pois quando o indivíduo perde a identidade, a arte dá sentido e preenche a vida dele, colaborando no processo de ressocialização”, afirma.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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