Cidades têm alagamentos e estradas são bloqueadas no Norte e Nordeste.
Defesa Civil do estado divulgou novo balanço na manhã deste sábado.
Em Iraí, ponte que liga a cidade a Santa Catarina, foi interditada
No total, 3.066 moradores da região amanheceram desalojados, enquanto 1.609 estão desabrigados. O Rio Uruguai é o mais afetado pelas cheias.
Durante a tarde de sexta, o órgão recebeu os três primeiros pedidos de decreto de emergência.
Os prefeitos de Vicente Dutra, Herval Grande e Barão do Cotegipe solicitaram o procedimento que agiliza a captação de recursos para auxiliar as famílias atingidas.
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Em Erechim, no Norte, foram mais de 360 milímetros de chuva em menos de
cinco dias, quando a média histórica para todo o mês de junho é de 150
milímetros. Em Santa Catarina, uma barragem se rompeu durante a tarde desta sexta, no Rio Irani. O rio deságua no Rio Uruguai, o que preocupa as autoridades gaúchas.Em Iraí, na divisa com Santa Catarina, o nível do Rio Uruguai atinge 12 metros acima do normal, perto dos 13 metros acima do normal registrados em 1983. Uma ponte foi interditada.
Barcos foram usados para remover famílias. A enchente quase encobriu algumas casas. A prefeitura encaminhou os desalojados para um Centro de Tradições Gaúchas (CTG) da cidade. A Defesa Civil do município estima que cerca de 300 famílias foram prejudicadas pelo temporal.
Porto Mauá foi atingida pela cheia do Rio Uruguai
Em São Borja, na Fronteira Oeste, cerca de 50 pessoas foram afetadas pelo mau tempo, de acordo com o Corpo de Bombeiros. O Rio Uruguai subiu 10 metros acima do nornal e invadiu casas e estabelecimentos comerciais do municípios.
Durante a tarde, a chuva parou e os moradores das casas afetadas aproveitaram para retirar móveis e eletrodomésticos de dentro das residências. Algumas pessoas usaram barcos para retirar os pertences.
De acordo com a Defesa Civil de São Borja, pelo menos 15 famílias que moram à beira do rio já saíram das suas casas. A maioria foi para casa de parentes e amigos e outras estão sendo alojadas em centros comunitários.
As cidades atingidas são: Cruzaltense (rio Passo Fundo), Barão do Cotegipe (rios Palomas e Douradinhos), Erechim, Erval Grande (rios Lajeado Grande e Douradinho), Barra do Rio Azul (rio Palmoas), Nonoai (rios Passo Fundo e dos Indios), Caiçara (rio da Várzea), Campo Novo (rio Turvo), Tenente Portela (rio Turvo), Pinheirinho do Vale (rio Uruguai), Iraí (rio do Mel), Frederico Westphalen, Barra do Guarita (rio Uruguai), Esperança do Sul (rio Uruguai), Ametista do Sul, Crissiumal, Vicente Dutra (rio Uruguai), Nova Candelaria (rio Burica), Três de Maio (rio Burica), Porto Vera Cruz (rio Uruguai), Novo Machado (rio Uruguai), Porto Xavier (rio Uruguai), Alecrim (rio Uruguai), Roque Gonzales (rio Uruguai), Doutor Mauricio Cardoso (rio Uruguai), Porto Lucena (rio Uruguai), Porto Mauá (rio Uruguai), Unistalda e São Borja.
Pontes e rodovias foram interditadas
Um dos pontos sem previsão para liberação é a ponte da BR-386, sobre o Rio Uruguai, em Iraí, no norte do estado. Um pilar da estrutura foi danificado em função da cheia gerada por temporais. O local é uma das principais ligações entre SC e o RS.
Na ERS-211, há dois trechos bloqueados: entre Erechim e Jacutinga, em função do alto nível de um rio, e entre Paulo Bento e Campinas do Sul.
Outra rodovia federal afetada é a BR-153, onde o km 2 permanece totalmente bloqueado em Marcelino Ramos, sem previsão de liberação. A alternativa é usar a ERS-126 e a ERS-331, no mesmo município.
A forte chuva também interditou a ponte sobre o Rio das Antas, que liga Cotiporã a Bento Gonçalves, na Serra do estado. Segundo a Prefeitura de Cotiporã, foram registrados 100 milímetros de chuva na cidade desde o início da semana.
Dobro da média mensal em Iraí
Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam que Iraí recebeu quase 300 milímetros de chuva em três dias, o que corresponde ao dobro do normal para os 30 dias de junho. Ainda segundo o Inmet, da tarde da sexta até a tarde de sábado pode chover entre 50 e 100 milímetros.
Somente na segunda (30) a chuva deve parar no norte do Rio Grande do Sul. Em dois dias, choveu mais que a média para o mês inteiro na região.
27/06/2014 21h10
- Atualizado em
27/06/2014 21h10
'O rio não respeita ninguém', diz atingido por cheia histórica no RS
Em alguns locais, nível atual do Rio Uruguai não era registrado há 31 anos.
Enchente deixou rastro de prejuízos e estabeleceu drama a agricultores.
Em Porto Mauá, os níveis recordes provocaram o fechamento do comércio e levaram embora de moradores o patrimônio conquistado nos últimos anos, como mostra a reportagem do RBS Notícias (veja o vídeo acima).
“Contra ele (o rio) não adianta brigar. Ele não respeita ninguém, não adianta”, definiu o agricultor Ivo Chitolina, morador da cidade, ao comentar o rastro de prejuízos deixados pela enchente do rio. Ele é um dos 4,6 mil afetados pela chuva intensa das últimas horas no estado.
Em Porto Mauá, nem um ginásio que estava sendo usada como abrigo escapou. Em poucas horas, os desabrigados precisaram ser removidos pela segunda vez em menos de 24 horas. Já em Barra do Guarita, divisa com Santa Catarina, parte da cidade está embaixo d'água. Na cidade, 850 pessoas precisaram encontrar um lar provisório em casas de familiares, amigos ou abrigos.
"A primeira coisa são meus filhos. O resto a gente luta e consegue de novo", ponderou a moradora do município e técnica de serviços gerais Ivonete Pereira da Cruz. Além dos alagamentos em residências, estradas também foram tomadas pela água. Com isso, algumas comunidades estão ilhadas.
Em Porto Xavier uma força-tarefa precisou ser montada no prédio da Brigada Militar. Há mais de 48 horas, equipes da prefeitura tentam ajudar as 150 famílias atingidas pela cheia Além disso, alojamentos foram montados em salões comunitários.
Águas do Rio Uruguai deixaram casas encobertas, em Iraí, no Norte
Nas cidades atingidas as aulas estão suspensas por tempo indeterminado. Os quatro portos da região, em que balsas faziam a travessia entre Brasil e Argentina, seguem fechados sem previsão de reabertura. Além da chuva, o Rio Uruguai ganhou mais força hoje depois que as comportas das represas de três usinas hidrelétricas foram abertas no norte do estado.
Estado já tem 52 municípios com transtornos
O número de municípios afetados pela chuva dos últimos dias nas regiões norte e noroeste do Rio Grande do Sul chegou a 52 no fim da tarde desta sexta-feira (27), segundo novo balanço divulgado pela Defesa Civil. O número de pessoas que tiveram de deixar suas casas subiu para 4.675, sendo 3.066 desalojados e 1.609 desabrigados. O Rio Uruguai é o mais afetado pelas cheias.
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Em Erechim, no norte, foram mais de 360 milímetros de chuva em menos de
cinco dias, quando a média histórica para todo o mês de junho é de 150
milímetros. Em Santa Catarina, uma barragem se rompeu durante a tarde desta sexta, no Rio Irani. O rio deságua no Rio Uruguai, o que preocupa as autoridades gaúchas.-
FOTOS: temporal alaga cidades
e bloqueia rodovias no RS -
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casa ser arrastado em Crissiumal -
Nível de rio sobe mais de 10 metros
e afeta 50 pessoas em São Borja -
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Em Iraí, na divisa com Santa Catarina, o nível do Rio Uruguai atinge 12 metros acima do normal, perto dos 13 metros acima do normal registrados em 1983. Uma ponte foi interditada. Barcos foram usados para remover famílias. A enchente quase encobriu algumas casas. A prefeitura encaminhou os desalojados para um Centro de Tradições Gaúchas (CTG) da cidade. A Defesa Civil do município estima que cerca de 300 famílias foram prejudicadas pelo temporal.
Porto Mauá foi atingida pela cheia do Rio Uruguai
Em São Borja, na Fronteira Oeste, cerca de 50 pessoas foram afetadas pelo mau tempo, de acordo com o Corpo de Bombeiros. O Rio Uruguai subiu 10 metros acima do nornal e invadiu casas e estabelecimentos comerciais do municípios.
Durante a tarde, a chuva parou e os moradores das casas afetadas aproveitaram para retirar móveis e eletrodomésticos de dentro das residências. Algumas pessoas usaram barcos para retirar os pertences. De acordo com a Defesa Civil de São Borja, pelo menos 15 famílias que moram à beira do rio já saíram das suas casas. A maioria foi para casa de parentes e amigos e outras estão sendo alojadas em centros comunitários.
As cidades atingidas são: Cruzaltense (rio Passo Fundo), Barão do Cotegipe (rios Palomas e Douradinhos), Erechim, Erval Grande (rios Lajeado Grande e Douradinho), Barra do Rio Azul (rio Palmoas), Nonoai (rios Passo Fundo e dos Indios), Caiçara (rio da Várzea), Campo Novo (rio Turvo), Tenente Portela (rio Turvo), Pinheirinho do Vale (rio Uruguai), Iraí (rio do Mel), Frederico Westphalen, Barra do Guarita (rio Uruguai), Esperança do Sul (rio Uruguai), Ametista do Sul, Crissiumal, Vicente Dutra (rio Uruguai), Nova Candelaria (rio Burica), Três de Maio (rio Burica), Porto Vera Cruz (rio Uruguai), Novo Machado (rio Uruguai), Porto Xavier (rio Uruguai), Alecrim (rio Uruguai), Roque GOnzales (rio Uruguai), Doutor Mauricio Cardoso (rio Uruguai), Porto Lucena (rio Uruguai), Porto Mauá (rio Uruguai), Unistalda e São Borja.
Pontes e rodovias foram interditadas
Na ERS-211 entre Erechim e Jacutinga, no norte do estado, a rodovia foi bloqueada por causa do alto nível de água no rio. A BR-153, que liga Erechim a Concórdia, em Santa Catarina, também foi interditada para ônibus e caminhões.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, veículos leves passam pelo local. O principal acesso a Barra do Guarita, na região norte do estado, está bloqueado. Na cidade, pelo menos 600 pessoas estavam desabrigadas até o início da tarde. O prefeito decretou situação de emergência, mas a Defesa Civil ainda não havia recebido o pedido.
Moradores são obrigados a sair de casa
Os alagamentos isolaram comunidades inteiras. No município de Áurea, pelo menos 11 famílias estão desalojadas. Na área rural, lavouras e criações de animais também foram atingidas. O agricultor Henrique Maieski disse que a criação de frango para o abate foi levada pela correnteza.
Em Iraí, casas da área mais baixa da cidade e um balneário estão inundados
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