Perto do fim do prazo para registrar candidaturas desta eleição, a
campanha do ex-ministro Alexandre Padilha (PT) ao governo de São Paulo
corre o risco de enfrentar uma debandada. Embora tenham anunciado apoio
ao petista, o PP do deputado Paulo Maluf e o PC do B, aliado histórico
do PT, admitem negociações com o PMDB de Paulo Skaf.
Além
disso, o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab fechou acordo ontem com
Skaf. Embora o próprio Kassab tenha dito que o acordo com o PT era
improvável, Padilha mantinha a esperança de atrair a sigla com ajuda do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Caso PC do B e PP troquem a campanha petista pela do PMDB, a fatia de Padilha na propaganda na TV cairá de 26% para 19% e Skaf subiria para 30%. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) deve ter 26% do tempo na propaganda eleitoral da TV.
Anteontem, dirigentes do PC do B convocaram uma reunião de urgência com o PT para reivindicar participação na chapa. O encontro ocorreu na tarde em que o PR recebeu a vaga de suplente do senador Eduardo Suplicy (PT), candidato à reeleição. A suplência havia sido oferecida por Suplicy ao PC do B em reunião da executiva estadual do PT realizada em maio.
O partido deve definir seu posicionamento hoje, após jantar entre o vice-presidente Michel Temer (PMDB), patrono da candidatura de Skaf, e o presidente nacional do PC do B, Renato Rabelo. A corrente do PC do B que defende o apoio a Skaf se fortaleceu após o PMDB oferecer a suplência no Senado ao ex-deputado Jamil Murad. Para ficar com o PT, o partido quer ser vice na chapa de Padilha. O petista, porém, ainda não fez uma proposta concreta.
"Para mim é uma derrota política, porque tentei costurar o apoio a Padilha", disse o vereador Orlando Silva, presidente estadual do PC do B. Ontem, no Facebook, o ex-ministro escreveu: "O que não aceito é todo espaço majoritário da disputa em São Paulo ficar entre PT e PR. O PC do B merece respeito!".
Sem surpresa.
Outro partido que ameaça debandar é o PP. Padilha chegou a posar para fotos ao lado de Maluf em maio, repetindo gesto de Lula e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, em 2012. O PP anunciou apoio ao ex-ministro, mas ontem, para surpresa do PT, a cúpula do partido deixou para segunda-feira a formalização da aliança, prevista para ontem.
"Até segunda-feira estamos abertos para conversas. Não é surpresa para ninguém que o PSDB e o PMDB têm nos procurado", disse Jesse Ribeiro, secretário-geral do PP em São Paulo e braço direito de Maluf. A sigla também se queixa de pouca atenção do PT.
Embora os partidos aleguem motivos políticos como a composição da chapa majoritária e a coligação proporcional, o principal fator para o desembarque é o fraco desempenho de Padilha nas pesquisas. Segundo o Datafolha, o petista tem 3% das intenções de voto, ante 21% de Skaf e 44% de Alckmin.
Caso PC do B e PP troquem a campanha petista pela do PMDB, a fatia de Padilha na propaganda na TV cairá de 26% para 19% e Skaf subiria para 30%. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) deve ter 26% do tempo na propaganda eleitoral da TV.
Anteontem, dirigentes do PC do B convocaram uma reunião de urgência com o PT para reivindicar participação na chapa. O encontro ocorreu na tarde em que o PR recebeu a vaga de suplente do senador Eduardo Suplicy (PT), candidato à reeleição. A suplência havia sido oferecida por Suplicy ao PC do B em reunião da executiva estadual do PT realizada em maio.
O partido deve definir seu posicionamento hoje, após jantar entre o vice-presidente Michel Temer (PMDB), patrono da candidatura de Skaf, e o presidente nacional do PC do B, Renato Rabelo. A corrente do PC do B que defende o apoio a Skaf se fortaleceu após o PMDB oferecer a suplência no Senado ao ex-deputado Jamil Murad. Para ficar com o PT, o partido quer ser vice na chapa de Padilha. O petista, porém, ainda não fez uma proposta concreta.
"Para mim é uma derrota política, porque tentei costurar o apoio a Padilha", disse o vereador Orlando Silva, presidente estadual do PC do B. Ontem, no Facebook, o ex-ministro escreveu: "O que não aceito é todo espaço majoritário da disputa em São Paulo ficar entre PT e PR. O PC do B merece respeito!".
Sem surpresa.
Outro partido que ameaça debandar é o PP. Padilha chegou a posar para fotos ao lado de Maluf em maio, repetindo gesto de Lula e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, em 2012. O PP anunciou apoio ao ex-ministro, mas ontem, para surpresa do PT, a cúpula do partido deixou para segunda-feira a formalização da aliança, prevista para ontem.
"Até segunda-feira estamos abertos para conversas. Não é surpresa para ninguém que o PSDB e o PMDB têm nos procurado", disse Jesse Ribeiro, secretário-geral do PP em São Paulo e braço direito de Maluf. A sigla também se queixa de pouca atenção do PT.
Embora os partidos aleguem motivos políticos como a composição da chapa majoritária e a coligação proporcional, o principal fator para o desembarque é o fraco desempenho de Padilha nas pesquisas. Segundo o Datafolha, o petista tem 3% das intenções de voto, ante 21% de Skaf e 44% de Alckmin.
Fonte: Estadão Conteúdo Jornal de Brasília
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