Ciente de que o cenário econômico é adverso e de que a eleição deste
ano será mais disputada do que a de 2010, a presidente Dilma Rousseff
montou com sua equipe de campanha uma série de argumentos que serão
usados como vacina contra as críticas da oposição em sabatinas e debates
daqui para a frente, além da tentativa de convencimento dos
empresários, de que não tomará nenhuma atitude que possa prejudicá-los.
A
ideia é que a candidata petista insista, à exaustão, que a oposição tem
um discurso pessimista e agourento contra o País e que ela, Dilma, tem o
domínio completo de todos os assuntos, desde os que lhe são mais
familiares, como os de energia, aos espinhosos, como o escândalo do
mensalão.
A unificação da linguagem para a criação de uma série de vacinas direcionadas à campanha à reeleição de Dilma teve início em fevereiro. Um dos coordenadores da campanha afirmou que a presidente se preparou em vários ensaios e media training para responder a todas as cobranças que forem feitas pela oposição e por segmentos da sociedade.
Diante da constatação de que a economia ia mal, que a tendência era um Produto Interno Bruto (PIB) de baixo crescimento, de inflação em alta e subida nas taxas de juros, a candidata foi aconselhada a criar um fórum permanente de diálogo com empresários para a campanha da reeleição. A ideia era reunir sugestões dos mais diversos segmentos empresariais para tentar neutralizar as críticas amplificadas pela oposição.
Na época, pensou-se até na possibilidade de Dilma editar um documento específico, fixando compromissos da presidente para alavancar a indústria. Nos bastidores do PT, o plano é chamado de versão 2.0 da Carta ao Povo Brasileiro, texto usado na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto, em 2002, destinado a acalmar o mercado. A ideia não foi descartada. A carta poderá mesmo ser editada antes da eleição, a depender da taxa de rejeição da candidata no empresariado.
No momento, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) tem conversado com empresários ligados à indústria para levar o recado de que o setor será muito bem tratado num eventual segundo mandato de Dilma.
Durante a sabatina de quarta-feira na Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mercadante conversou longamente com Robson Andrade, presidente da entidade. Quando Dilma e sua equipe se preparavam para sair, empresários sopraram no ouvido do ministro: "Parece que o Aécio Neves não se saiu bem".
A presidente falou o que o empresariado queria ouvir sobre os anos que virão: "O pré-sal vai se constituir no mais importante fator individual de demandas, tecnologia, e aprimoramento de nossa capacidade de inovação industrial". Como resposta aos candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), que têm pregado a reforma tributária, Dilma passou a dizer que dará prioridade ao tema e que fará mudanças no PIS/Cofins.
"Pode ter certeza de que a presidente Dilma está preparada para qualquer debate ou sabatina, qualquer casca de banana que tentem pôs em seu caminho", diz o vice-presidente do PT, deputado José Guimarães (CE). "Ela vai derrubar todos os argumentos da oposição demagógica, pois tem mostrado - e vai mostrar - que é a mais bem preparada, que sabe tudo o que acontece no Brasil, que não tem o menor problema em dizer que certas coisas poderiam ter sido melhor realizadas, que é a única capaz de fazer mudanças", defende.
A unificação da linguagem para a criação de uma série de vacinas direcionadas à campanha à reeleição de Dilma teve início em fevereiro. Um dos coordenadores da campanha afirmou que a presidente se preparou em vários ensaios e media training para responder a todas as cobranças que forem feitas pela oposição e por segmentos da sociedade.
Diante da constatação de que a economia ia mal, que a tendência era um Produto Interno Bruto (PIB) de baixo crescimento, de inflação em alta e subida nas taxas de juros, a candidata foi aconselhada a criar um fórum permanente de diálogo com empresários para a campanha da reeleição. A ideia era reunir sugestões dos mais diversos segmentos empresariais para tentar neutralizar as críticas amplificadas pela oposição.
Na época, pensou-se até na possibilidade de Dilma editar um documento específico, fixando compromissos da presidente para alavancar a indústria. Nos bastidores do PT, o plano é chamado de versão 2.0 da Carta ao Povo Brasileiro, texto usado na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto, em 2002, destinado a acalmar o mercado. A ideia não foi descartada. A carta poderá mesmo ser editada antes da eleição, a depender da taxa de rejeição da candidata no empresariado.
No momento, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) tem conversado com empresários ligados à indústria para levar o recado de que o setor será muito bem tratado num eventual segundo mandato de Dilma.
Durante a sabatina de quarta-feira na Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mercadante conversou longamente com Robson Andrade, presidente da entidade. Quando Dilma e sua equipe se preparavam para sair, empresários sopraram no ouvido do ministro: "Parece que o Aécio Neves não se saiu bem".
A presidente falou o que o empresariado queria ouvir sobre os anos que virão: "O pré-sal vai se constituir no mais importante fator individual de demandas, tecnologia, e aprimoramento de nossa capacidade de inovação industrial". Como resposta aos candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), que têm pregado a reforma tributária, Dilma passou a dizer que dará prioridade ao tema e que fará mudanças no PIS/Cofins.
"Pode ter certeza de que a presidente Dilma está preparada para qualquer debate ou sabatina, qualquer casca de banana que tentem pôs em seu caminho", diz o vice-presidente do PT, deputado José Guimarães (CE). "Ela vai derrubar todos os argumentos da oposição demagógica, pois tem mostrado - e vai mostrar - que é a mais bem preparada, que sabe tudo o que acontece no Brasil, que não tem o menor problema em dizer que certas coisas poderiam ter sido melhor realizadas, que é a única capaz de fazer mudanças", defende.
Fonte: Estadao Conteudo Jornal de Brasilia
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