Correio Braziliense
02/08/2014 13:03
O gasto bilionário das campanhas majoritárias no Brasil representa mais de um terço do que será investido pelo governo federal, no mesmo período, nos três principais programas sociais do país: Bolsa Família, Mais Médicos e Minha Casa, Minha Vida. Conforme estimativa declarada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos candidatos a presidente da República, a governador e a senador, o valor total aplicado pelos postulantes vai chegar aos R$ 4,38 bilhões.
Os R$ 916 milhões que serão gastos na corrida eleitoral por 11 presidenciáveis que tentam chegar ao Palácio do Planalto, por exemplo, se aproximam do montante que o governo federal repassou neste ano à Organização Pan-americana de Saúde para custear o Mais Médicos.
Cerca de R$ 973 milhões do Ministério da Saúde foram previstos como investimento para seis meses, a partir de março, quando o termo de ajuste com a entidade foi publicado no Diário Oficial, com a contratação de médicos cubanos. No ano passado, o investimento no Mais Médicos foi aproximadamente a metade do valor dos recursos que serão gastos pelos presidenciáveis.
Em 2013, o Ministério da Saúde investiu R$ 511 milhões no programa. Os candidatos a senador informaram que devem investir até R$ 1 bilhão nas campanhas eleitorais. Os políticos que disputam os governos estaduais estimaram aplicar R$ 2,43 bilhões.
Para Cesar Romero, cientista político e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), as campanhas políticas brasileiras são exorbitantes por uma série de questões. Como são muitos os partidos políticos, existe a necessidade de uma negociação maior para ampliar o tempo de televisão, o que implica gastos posteriores na produção do material para preencher esse espaço conquistado. “A eleição, hoje, decide-se pela televisão, não pelos comícios. O foco está concentrado meramente no marketing”, declarou.
Além disso, Romero lembra que são precisos investimentos para atingir todos os três públicos centrais que decidem uma eleição: a classe média urbana escolarizada, a população carente que mora na periferia das grandes cidades e os grotões brasileiros.
“É preciso construir mecanismos para que o discurso chegue ao seu final”, completou o cientista político.
Autor: gabriel araujo
Minha nossa, um dinheirão desse sendo desperdiçado pelo PAÍS para fazer politica, porque não investe na saúde e na educação como estão dizendo? que o povo não acredita, ah quando for eleito faço isso, porque não faz agora? o PAÍS que envergonha com a política.
Autor: Brito Brito
Que pena o todo estes valores gastos estão sendo custeados por mim e você que lê este comentário. Toda esta disputa não é pelo salário, mas sim pelos desvios das verbas publicas que nunca retornam para a sociedade em comum