Toninho diz que não se identifica com os opositores, mas Pitiman reconhece afinidade com Arruda
millena.lopes@jornaldebrasilia.com.br
Juntos, eles têm 7% das intenções de votos para o GDF, segundo a última pesquisa Ibope. O PSOL garante que Toninho permanece na disputa, já que nenhum dos partidos representa os anseios da legenda.
Mesmo jurando que disputará o segundo turno, Luiz Pitiman (PSDB) admite ter pensamento político parecido com o de José Roberto Arruda (PR), que está em primeiro lugar nas pesquisas, mas teve o registro de candidatura impugnado.
“O resultado nas pesquisas não nos preocupa. É o início da largada. A próxima pesquisa vai mostrar nosso desempenho com mais clareza”, afirma o candidato tucano.
Já fechado
A campanha de Arruda não comenta, mas, nos bastidores, há quem garanta que Pitiman já esteja fechado com o ex-governador.
Afinal, há sinais de que Pitiman aposta em herdar ele próprio os votos de Arruda.
Ele desconversa, apesar de reconhecer as afinidades: “Meu estilo de pensamento, de trabalho, de envolvimento é muito parecido com o dele. Temos o mesmo jeito de enxergar a máquina pública. O que diferencia é só a personalidade”.
Falta história
O candidato do PSDB diz que pretende disputar o segundo turno com um dos “candidatos de esquerda”: Agnelo Queiroz (PT), Toninho ou Rodrigo Rollemberg (PSB). Na opinião dele, a disputa está polarizada entre dois grupos: o de esquerda e o de direita.
Tucano das antigas, o deputado federal Izalci Lucas, que disputa a reeleição, diz que Pitiman e Arruda andam brigados. “No segundo turno, vamos apoiar quem estiver contra o PT”, explica o tucano. Izalci não tem pedido votos para Pitiman, porque diz não ter sido convencido de que ele seja a melhor opção. “Candidatos majoritários precisam ter história”, dispara.
Nenhum rival atende o PSOL
Presidente do PSOL no DF, Juliana Selbach diz que nenhuma
candidatura representa o anseio de mudança do PSOL. “Não devemos apoiar
ninguém no segundo turno”, afirma, depois de dizer que espera que
Toninho seja um dos candidatos a disputar a segunda fase das eleições no
DF.
Citando a candidatura de Leonel Brizola (PDT), que saiu do zero nas
pesquisas eleitorais para governar o Estado do Rio de Janeiro, em 1982,
Toninho diz que pesquisa não ganha eleição. “Estamos na fase de
esquentamento. É possível que haja uma discrepância entre esses
resultados”, discursa.
Confronto
“Tenho muita fé que estarei disputando no segundo turno. Com quem,
eu não sei”, diz ele, apesar de cogitar estar fora. “Caso eu não esteja
no segundo turno, aí nosso partido vai reunir a militância para tomar
uma decisão sobre que caminho adotar nas eleições”, disse.
Sobre uma possível afinidade com o PT, ele dispara: “De jeito
nenhum. O PSOL tem uma posição ideológica de confronto com as ideias
atuais do PT”.
Toninho diz que, juntos e isolados, estão Pitiman e Arruda, já que
não se enfrentam.
E, de outro, Rollemberg e Agnelo. “Nós somos
diferentes. Se fôssemos iguais, estaríamos juntos nas coligações”.
Queda nas pesquisas
Na primeira pesquisa Datafolha divulgada em 15 de agosto, Toninho
do PSOL aparecia com 7% das intenções de voto e Luiz Pitiman com 4%.
O Instituto Exata mostrou, conforme publicou o Jornal de Brasília
em 19 de agosto, que o candidato do PSOL contava com 4,4% e o tucano
aparecia com 3,8%
No levantamento divulgado pelo Ibope na última terça-feira, Toninho apareceu com 4% e Pitiman, com 3%.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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