A última leva de pesquisas regionais do Ibope mostra que, nas simulações de primeiro turno para a Presidência, Marina Silva (PSB) é líder isolada em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, e no Distrito Federal.
Além disso, ela aparece numericamente em primeiro lugar em Pernambuco e no Paraná. Nos dois casos, em situação de empate técnico com a presidente Dilma Rousseff.
Entre os paulistas (22% do eleitorado), a ex-ministra teria 35% dos votos, diz o instituto. São 29 pontos a mais do que Eduardo Campos conseguia no Estado um mês antes.
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Marina inscreveu-se como cabeça de chapa do PSB no lugar de Campos, após a morte do ex-governador de Pernambuco num acidente aéreo, no último dia 13.
A substituição abalou Dilma e Aécio de forma parecida em São Paulo. A petista caiu de 30% para 23%. O tucano recuou de 25% para 19% (confira no quadro ao lado).
No Distrito Federal, colégio pequeno, mas com perfil mais rico e escolarizado, os percentuais são parecidos. Entre os dias 23 e 25, o Ibope apurou Marina com 35%, Dilma com 20% e Aécio com 18%.
A disputa entre as ex-ministras de Lula aparece mais equilibrada em Pernambuco e no Paraná. No Estado de Campos, onde a comoção com a morte dele foi maior, os percentuais foram invertidos.
Dilma liderava com 41%, empatada com Campos (37%). Agora é Marina quem tem 41%, contra 37% de Dilma.
O fraco desempenho de Aécio em Pernambuco chama a atenção: ele recuou para 3%.
Entre os sete Estados recém-pesquisados pelo Ibope, o Paraná é palco da disputa mais acirrada. A única pesquisa local registrada para divulgação foi feita entre os dias 21 e 23. Com três pontos de margem de erro, Marina, Dilma e Aécio estão tecnicamente empatados com 29%, 28% e 24%, respectivamente.
REELEIÇÃO
A entrada de Marina na disputa não provocou alterações relevantes nas intenções de voto em Dilma em pelo menos três dos maiores colégios eleitorais: Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais.
O Rio é um caso especialmente curioso. Embora Marinha tenha largado com 30% (25 pontos a mais que Campos), as intenções de voto na petista oscilaram para cima desde julho: de 35% para 38%.
Na Bahia, Dilma mantém a liderança folgada, mesmo com o novo cenário. Se a eleição fosse só entre o eleitorado baiano, a petista seria reeleita no primeiro turno.
Minas, por sua vez, transformou-se num dos principais exemplos das dificuldades de Aécio, ex-governador do Estado, que esperava vencer na região por larga vantagem.
A candidatura de Marina não abalou o desempenho de Dilma em Minas. Ela mantém-se com 31%. Aécio, porém, perdeu sete pontos. Com isso, ele ainda lidera, só que agora em empate técnico com a petista.
Comentários
Jader Matias (9040)
Marina
terá apoio imediato internacional. Tanto de países que ponteiam o IDH
como de empresas multinacionais preocupadas com a própria imagem... Tudo
pela militância de Marina no meio-ambiente... Isso de achar que o
agro-negócio seria prejudicado é balela... Hoje o Mundo quer produtos
com origem sustentável e Marina seria o melhor 'avalista' para os
exportadores, para os latifúndios... É, Marina não precisaria ser tão
'metamorfose' como foi Lola para funcionar...
Spina (1968) Responder
Já é hora da Marina falar sobre alianças, e a gente ficar sabendo o que vem por aí.
Caine (481)
A
fatura do arrocho salarial, do desemprego e dos juros sufocantes entre
1999 e 2002 chegaram. Fora do segundo turno e a caminho da segunda
divisão da política nacional.