O Brasil está rachado ao meio, a presidente Dilma discorda, contrariamente ao que a matemática demonstra. O mapa da vitória mostra o Brasil dividido numa diagonal. De MG para cima, deu Dilma. Da terra de Aécio, passando pelo centro-oeste, para baixo, o vencedor foi o netinho-playboyzinho.
A partir de agora, a prioridade da cúpula petista não será com o povão (as promessas de campanha e os rumos do país), todo esforço será para conter os efeitos das denúncias de corrupção, sobretudo as da Lava Jato, cuja ordem-geral é “abafar”. Será que o STF vai aceitar tal “missão”?! O problema é que só por milagre (ou por ameaças covardes e criminosas), a turma de Dilma-Lula conseguirá conter a detonação de novas denúncias contra a Petrobras...
E mais uma vez, o PMDB, partido sem vergonha e sempre governista, foi o maior vencedor da eleição. Caberá ao vice-presidente Michel Temer tocar a complicada “reforma política” que a presidente, no seu discurso da vitória reeleitoral, definiu como prioridade. As velhas chantagens da “governabilidade” seguirão. O PMDB com seus 66 deputados federais, liderados por Eduardo Cunha, que deseja presidir a Câmara, farão de tudo para que a presidente Dilma Rousseff esteja sempre pronta para atender às demandas da revoltosa base aliada.
Mas o fato é que com Dilma, ou Aécio, o Brasil segue no insano aprofundamento desse regime que mistura um criminoso capitalismo de Estado atrasado, corrupto, improdutivamente dispendioso e desperdiçador de valores, junto com um discurso e medidas clientelistas, assistencialistas e eleitoreiras. Precisamos de um verdadeiro Projeto de Nação, não de farsantes, postes, aventureiros e paraquedistas de plantão.
O dado mais importante a destacar
Em números absolutos, 30,14 milhões de eleitores deixaram de ir às urnas no segundo turno em todo o território nacional, contra 27,7 milhões no primeiro.
No Rio de Janeiro, os números oficiais do TSE revelaram que o boicote às eleições superaram os números do candidato Pezão, vencedor do 2º turno para governador (durma-se com esse barulho).
O negócio é o seguinte: de acordo com as Leis, o vencedor é aquele que tem metade mais um somente dos votos válidos do pleito. Contudo, a falta de legitimidade de Pezão (PMDB) ficou evidente com os números do boicote às eleições no Rio. E considerando que a representatividade do atual governador está muito enfraquecida, a previsão para 2015 é o aumento das manifestações populares. Devem voltar com tudo!
Fonte: Portal Tribuna da Imprensa. Por DANIEL MAZOL - 28/10/2014 - - 21:56:52
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