terça-feira, 28 de outubro de 2014

O Petrolão será julgado por um STF inteiramente indicado por uma presidente da República que era presidente do Conselho de Administração da Petrobras quando a roubalheira começou.



Tarso Genro, derrotado no Rio Grande do Sul, cotado para a vaga de Joaquim Barbosa no STF.

Reeleita para mais quatro anos de mandato, Dilma Rousseff indicará os substitutos do ministro Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho, e de ao menos outros cinco ministros do Supremo Tribunal Federal que completarão 70 anos entre novembro de 2015 e outubro de 2018 e terão de se aposentar compulsoriamente.

No período do próximo mandato, deverão deixar a corte Celso de Mello (que completa 70 anos e se aposenta em novembro de 2015), Marco Aurélio Mello (em julho de 2016), Ricardo Lewandowski (maio de 2018), Teori Zavascki (agosto de 2018) e Rosa Weber (outubro de 2018). Dos atuais 10 ministros, 4 foram indicados por Dilma e 3 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Até o final de 2018, serão 10 ministros indicados por presidentes do PT; daqueles nomeados em governos anteriores, sobrará apenas um, Gilmar Mendes, indicado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Quem lembra do julgamento do Mensalão pode fazer a mesma projeção para o julgamento do Petrolão, em termos de tempo: entre quatro e sete anos. Pelo número de envolvidos e pelo número de parlamentares envolvidos ( com imunidade parlamentar) é fácil projetar que o julgamento se dará no mínimo ao final do mandato de Dilma, já com um STF totalmente indicado pelo PT, à exceção de Gilmar Mendes.

Não se surpreendam se lá estiverem Tarso Genro, José Eduardo Cardozo e Luiz Adams para absolver Dilma. A não ser que as denúncias sejam tão graves e contundentes que o impeachment chegue antes do julgamento. 

Nenhum comentário: