Tarso Genro, derrotado no Rio Grande do Sul, cotado para a vaga de Joaquim Barbosa no STF.
Reeleita para mais quatro anos de mandato, Dilma Rousseff indicará os
substitutos do ministro Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho,
e de ao menos outros cinco ministros do Supremo Tribunal Federal que completarão 70 anos entre novembro de
2015 e outubro de 2018 e terão de se aposentar compulsoriamente.
No período do próximo mandato, deverão deixar a corte Celso de Mello
(que completa 70 anos e se aposenta em novembro de 2015), Marco Aurélio
Mello (em julho de 2016), Ricardo Lewandowski (maio de 2018), Teori
Zavascki (agosto de 2018) e Rosa Weber (outubro de 2018). Dos atuais 10 ministros, 4 foram indicados por Dilma e 3 pelo
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Até o final de 2018, serão 10
ministros indicados por presidentes do PT; daqueles nomeados em governos
anteriores, sobrará apenas um, Gilmar Mendes, indicado por Fernando
Henrique Cardoso (PSDB).
Quem lembra do julgamento do Mensalão pode fazer a mesma projeção para o
julgamento do Petrolão, em termos de tempo: entre quatro e sete anos.
Pelo número de envolvidos e pelo número de parlamentares envolvidos (
com imunidade parlamentar) é fácil projetar que o julgamento se dará no
mínimo ao final do mandato de Dilma, já com um STF totalmente indicado
pelo PT, à exceção de Gilmar Mendes.
Não se surpreendam se lá estiverem Tarso Genro, José Eduardo Cardozo e
Luiz Adams para absolver Dilma. A não ser que as denúncias sejam tão
graves e contundentes que o impeachment chegue antes do julgamento.
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