Desta vez, o alvo foi um terminal do Banco do Brasil no Grande Colorado. Houve troca de tiros e confronto resultou na morte de um dos suspeitos
Em dois meses, quatro agências bancárias do DF foram explodidas por criminosos. Desta vez, o alvo foi um terminal do Banco
do Brasil no Grande Colorado.
Por volta das 4h de ontem, quatro homens colocaram explosivos em um dos três caixas eletrônicos. Eles aguardaram a detonação do artefato, mas foram surpreendidos por um policial. Segundo a Polícia Civil, houve troca de tiros e o confronto resultou na morte de um dos suspeitos.
Dois conseguiram fugir e apenas um foi preso.
Quem chegou ao terminal na manhã de ontem encontrou estilhaços espalhados pelo estacionamento e pela avenida, telhas caídas, paredes quebradas, metais retorcidos por toda parte e um forte cheiro de pólvora. A um quilômetro dali, a área onde estava o corpo do suspeito morto foi isolada, no aguardo da perícia. Por conta disso, moradores enfrentaram transtornos. “Eu tinha que trabalhar, mas o meu carro foi fechado”, reclamou a professora Luciana Teles, 35 anos.
Estrondo
Um morador do prédio afetado pela explosão conta que tudo foi muito rápido e intenso. “Eu escutei o barulho e dei um pulo da cama. Foi um estrondo muito alto. Vi um homem atirando da janela do prédio vizinho. Os criminosos tentaram fugir em um carro, mas o motor não ligava. Eles tentaram mais alguma vezes e nada. Um pegou uma moto e fugiu, dois correram pela pista e outro ficou no carro”, relata.
Outro vizinho diz que escutou mais de dez disparos após a explosão. “Eu vi a mão de um homem com uma arma para fora da janela. Ele estava metendo bala nos criminosos”, relembra.
Antes de explodirem o terminal, os ladrões tiveram o “cuidado” de avisar sobre a situação a funcionários do restaurante 24h que fica ao lado da agência. “Eles vieram mascarados e armados, falando ‘fecha a loja que vamos explodir’”, conta uma funcionária do estabelecimento, que estava apavorada.
Busca por pista dos foragidos
Depois de o Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) fazer uma varredura no edifício, a perícia procurou vestígios que indiquem a identidade dos criminosos. O Bope também fez a busca dos foragidos, com o auxílio de 18 policiais. A Defesa Civil avaliou as condições do prédio e garantiu que não há risco de desabamento.
O 13º Batalhão de Polícia Militar é responsável pelo patrulhamento do Grande Colorado. Comandante da unidade, o tenente-coronel Ferrary garante que a região é patrulhada constantemente, e credita a violência ao alto índice de reincidência dos criminosos, motivada pela falta de punição mais rigorosa. “Nós temos casos em que o suspeito foi preso três vezes no mesmo dia. Essa é uma das motivações dos criminosos: a impunidade”, argumenta.
Segundo o policial militar, das 687 pessoas detidas no mês passado pelo 13º BPM, 78% eram reincidentes, com mais de quatro antecedentes criminais. “A segurança pública é a ponta do iceberg de um problema social”, defende.
Tremor e fumaça
O delegado-chefe da 35ª DP (Sobradinho II), Rogério Oliveira, explica que o agente que atuou na ocorrência mora perto dali e também acordou com o barulho. “O prédio tremeu. Ele viu uma nuvem de fumaça próxima ao banco e percebeu que estava acontecendo um crime no Banco do Brasil. Nisso, pegou a pistola e foi até a janela. Os homens perceberam a presença do policial e efetuaram disparos contra ele, que revidou. Nós temos imagens desses ladrões”, revela. Segundo ele, o homem que está preso também foi atingido e “está andando com dificuldade”.
Oliveira acredita que o grupo faz parte de uma quadrilha que provavelmente cometeu outros roubos, mas há evidências da falta de técnica para lidar com explosivos. “Pela destruição a gente vê que a detonação foi descoordenada. Eles usaram explosivos muito além da necessidade” completa.
Por volta das 4h de ontem, quatro homens colocaram explosivos em um dos três caixas eletrônicos. Eles aguardaram a detonação do artefato, mas foram surpreendidos por um policial. Segundo a Polícia Civil, houve troca de tiros e o confronto resultou na morte de um dos suspeitos.
Dois conseguiram fugir e apenas um foi preso.
Quem chegou ao terminal na manhã de ontem encontrou estilhaços espalhados pelo estacionamento e pela avenida, telhas caídas, paredes quebradas, metais retorcidos por toda parte e um forte cheiro de pólvora. A um quilômetro dali, a área onde estava o corpo do suspeito morto foi isolada, no aguardo da perícia. Por conta disso, moradores enfrentaram transtornos. “Eu tinha que trabalhar, mas o meu carro foi fechado”, reclamou a professora Luciana Teles, 35 anos.
Estrondo
Um morador do prédio afetado pela explosão conta que tudo foi muito rápido e intenso. “Eu escutei o barulho e dei um pulo da cama. Foi um estrondo muito alto. Vi um homem atirando da janela do prédio vizinho. Os criminosos tentaram fugir em um carro, mas o motor não ligava. Eles tentaram mais alguma vezes e nada. Um pegou uma moto e fugiu, dois correram pela pista e outro ficou no carro”, relata.
Outro vizinho diz que escutou mais de dez disparos após a explosão. “Eu vi a mão de um homem com uma arma para fora da janela. Ele estava metendo bala nos criminosos”, relembra.
Antes de explodirem o terminal, os ladrões tiveram o “cuidado” de avisar sobre a situação a funcionários do restaurante 24h que fica ao lado da agência. “Eles vieram mascarados e armados, falando ‘fecha a loja que vamos explodir’”, conta uma funcionária do estabelecimento, que estava apavorada.
Busca por pista dos foragidos
Depois de o Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) fazer uma varredura no edifício, a perícia procurou vestígios que indiquem a identidade dos criminosos. O Bope também fez a busca dos foragidos, com o auxílio de 18 policiais. A Defesa Civil avaliou as condições do prédio e garantiu que não há risco de desabamento.
O 13º Batalhão de Polícia Militar é responsável pelo patrulhamento do Grande Colorado. Comandante da unidade, o tenente-coronel Ferrary garante que a região é patrulhada constantemente, e credita a violência ao alto índice de reincidência dos criminosos, motivada pela falta de punição mais rigorosa. “Nós temos casos em que o suspeito foi preso três vezes no mesmo dia. Essa é uma das motivações dos criminosos: a impunidade”, argumenta.
Segundo o policial militar, das 687 pessoas detidas no mês passado pelo 13º BPM, 78% eram reincidentes, com mais de quatro antecedentes criminais. “A segurança pública é a ponta do iceberg de um problema social”, defende.
Tremor e fumaça
O delegado-chefe da 35ª DP (Sobradinho II), Rogério Oliveira, explica que o agente que atuou na ocorrência mora perto dali e também acordou com o barulho. “O prédio tremeu. Ele viu uma nuvem de fumaça próxima ao banco e percebeu que estava acontecendo um crime no Banco do Brasil. Nisso, pegou a pistola e foi até a janela. Os homens perceberam a presença do policial e efetuaram disparos contra ele, que revidou. Nós temos imagens desses ladrões”, revela. Segundo ele, o homem que está preso também foi atingido e “está andando com dificuldade”.
Oliveira acredita que o grupo faz parte de uma quadrilha que provavelmente cometeu outros roubos, mas há evidências da falta de técnica para lidar com explosivos. “Pela destruição a gente vê que a detonação foi descoordenada. Eles usaram explosivos muito além da necessidade” completa.
Memória
- No dia 16 de setembro último aconteceu o primeiro caso de
explosão de caixa eletrônico no DF. Uma agência da Caixa Econômica
Federal foi totalmente destruída.
- Dez dias depois, o alvo dos bandidos foi um terminal da Caixa em
Planaltina. Testemunhas viram oito homens encapuzados explodindo o
banco.
- Na quinta-feira passada, um banco em Samambaia Sul foi explodido.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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