domingo, novembro 23, 2014
Ronaldo Caiado, líder da oposição no Congresso quer a dupla petista depondo na CPI |
O líder
da oposição no Congresso, Ronaldo Caiado (DEM-GO), quer que a
presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
sejam convocados para depor à CPI da Petrobras.
O motivo é a reportagem de VEJA
que mostra como em 2009 Paulo Roberto Costa passou por cima de toda a
hierarquia da Petrobras para advertir - por e-mail - o Palácio do
Planalto que, por ter encontrado irregularidades pelo terceiro ano
consecutivo, o Tribunal de Contas da União (TCU) havia recomendado ao
Congresso a imediata paralisação de três grandes obras da estatal.
"Ela
disse que não vai deixar pedra sobre pedra e que ela está disposta a
aprofundar toda a investigação. Nada mais justo do que ela ir à CPI para
esclarecer, em primeiro lugar, a fala do Alberto Yousseff e, agora,
esse e-mail do Paulo Roberto Costa", diz o parlamentar. A primeira
convocação a ser solicitada, entretanto, será a do ex-presidente Lula,
que comandava o governo à época e que ignorou a recomendação do TCU e
liberou as obras.
Para
Caiado, o e-mail de costa é uma prova importante do envolvimento de
Dilma nos desmandos: "Ela não pode dizer que não conhece, porque
recebeu um e-mail direto de alerta". A assessoria de Caiado está
estudando o regimento do Congresso para saber se ele pode apresentar
requerimentos na CPI da Petrobras. O parlamentar não é membro da
comissão mas, na condição de líder, pode participar das reuniões.
O líder
do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy, disse neste sábado que a
reportagem comprova o elo entre Dilma, Lula e Paulo Roberto Costa - e
aproxima ainda mais a presidente da República do escândalo na Petrobras.
"Esse
fato aproxima o escândalo do Palácio do Planalto e mostra a participação
do ex-presidente Lula e da presidente Dilma nas pilantragens da
Petrobras", diz o tucano, que também chama atenção para o fato de Paulo
Roberto Costa ter se dirigido diretamente à então ministra da Casa
Civil, sem seguir a hierarquia natural de seu cargo.
Para
Imbassahy, o caso também explica o temor do governo com as apurações:
"Isso revela um dos motivos pelos quais o governo atua diretamente para
impedir nosso trabalho na CPI da Petrobras". Ele afirma que a revelação
também reforça a necessidade de que uma nova Comissão Parlamentar de
Inquérito seja instalada na próxima legislatura, em fevereiro. A CPI
atual vai funcionar até 22 de dezembro.
Também
neste sábado, o Palácio do Planalto emitiu uma nota em que repete as
alegações enviadas à redação de VEJA e reproduzidas na reportagem. Do site da revista Veja
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