domingo, 23 de novembro de 2014

Para evitar punições mais duras aos "cumpanhêros", Dilma engaveta a regulamentação da Lei Anticorrupção.

domingo, 23 de novembro de 2014


A Lei Anticorrupção, em vigor desde 29 de janeiro deste ano, mas ainda à espera de regulamentação pela presidente Dilma Rousseff, não pode ser utilizada para punir os desmandos de empresários e empreiteiras envolvidos no atoleiro de corrupção na Petrobras, mas parte de suas inovações, como a possibilidade de acordos de leniência com corruptores, deve ser colocada em prática pela CGU para mapear detalhes da trama criminosa, exigir ressarcimento dos cofres públicos e fixar multas milionárias às companhias malfeitoras. “No caso da Lava Jato, as empresas podem chegar a um acordo, denunciar quem praticou os atos e quem recebeu dinheiro da corrupção, restituir os cofres públicos, pagar altas multas como pena e então não ser impedidas de participar de novas licitações”, explica Navarro.
 
 
Responsável por mediar as prováveis negociações, o ministro Jorge Hage já recebeu pedido de uma das empresas citadas na Lava Jato para firmar um acordo de leniência e da holandesa SBM Offshore, que admitiu ter pago propina a funcionários da Petrobras. No governo, a estimativa é que as demais empresas citadas na operação da Polícia Federal recorram ao mesmo caminho para conseguir manter a condução de obras e evitar o risco de serem declaradas inidôneas. Nos Estados Unidos, um dos países que serviu de inspiração para a elaboração da lei anticorrupção, 95% dos casos de irregularidades envolvendo empresas acabam em acordo, segundo estatísticas apresentadas pelo governo brasileiro.
 
 
Apesar de poder ser utilizada parcialmente contra as empresas citadas na Lava Jato – na prática, como estímulo a acordos de leniência –, a aplicação completa da lei, inspirada em modelos da Alemanha, Reino Unido, França, Estados Unidos, Chile, Colômbia e México, esbarra há quase um ano na paralisia do Palácio do Planalto, que não regulamentou trechos importantes da nova legislação. Sem um decreto presidencial, a Lei Anticorrupção permanece sem parâmetros para dosimetria de multas a empresas corruptoras ou para atenuantes a companhias que tiverem aderido a políticas de governança e integridade. 
 
 
 
Depois de ter prometido, no início do ano, a regulamentação rápida da lei, o ministro Jorge Hage voltou a dizer nesta semana esperar que a pendência seja resolvida “brevemente”. Diante de um escândalo de outra galáxia, como bem classificou o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, é difícil entender a resistência de Dilma. (Revista Veja)


 
Um artigo publicado no Estadão de ontem contesta a falta de regulamentação da Lei Anticorrupção. Leiam aqui. 
 
 
 

4 comentários:

bpistelli disse...
Todas as empresas terão seu ACORDO DE LENIÊNCIA, com a REMISSÃO TOTAL de todas as PENAS E MULTAS e também os mensaleiros condenados SERÃO TODOS ANISTIADOS e o Dirceu terá nova aposentadoria de "perseguido político" de US$ 20 mil por mês.
Anônimo disse...
Ninguem auenta mais olhar a foto dessa vaca. Nao tem mais moral pra governar o pais. Devia prestar um servico ao pais e renunciar.
J. Freire disse...
Coronel,
ela é a primeira a ter medo dessa Lei. Regulamentar não dá.
O Libertário disse...
A cara dessa senhora me traz à mente a sinistra Elena Ceausescu. Dizem que quando um puxa saco daqueles dela ia lhe relatar algum mal estar ou movimento detectado na população ela dizia: "O vermes estão com fome; deem comida aos vermes que eles se aquietam". E também tratava os subordinados a pontapés. Quando ela chamava o interlocutor de Monsieur é porque vinha paulada. A Dilma usa "minha querida; meu querido". Quase igual.

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