Fábio Brandt - O Estado de S.Paulo
23 Novembro 2014 | 02h 00
Em cidades do Maranhão, carteirinha de pescador é usada como complemento de renda; para o setor, fraudes desvalorizam profissão
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Em Raposa, a 25 km de São Luís, Osvanaldo Farias de Albuquerque, de 37 anos, tem uma pequena oficina de conserto de bicicletas. Pesca só de vez em quando - ele nunca se recuperou por completo de uma lesão na clavícula. Foi o desamparo naquela situação que o motivou a ter a carteira de pescador. Além da aposentadoria, acredita que pertencer formalmente à classe profissional pode lhe dar amparo caso tenha algum problema de saúde.
O comerciante Almir Bruno, de 42 anos, cuida da loja de artesanato da família, onde vende redes, toalhas e roupas femininas produzidas pela mãe e pela irmã. Já foi pescador no passado, mas diz que, quando melhorou de vida, deixou a atividade. O que não abandonou foi o seguro-defeso. No ano passado, Bueno disse que não conseguiu receber, mas acredita que a situação mude porque o processo está encaminhado na superintendência. Ele diz conhecer outras pessoas que recebem o dinheiro mesmo não sendo pescadoras.
A loja de Bruno fica no começo da principal rua comercial de Raposa. No fim da rua, perto da praia, é onde pescadores vendem o produto de seu trabalho. Ali, pescadores de fato reclamam das fraudes. O principal alvo são os comerciantes.
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