sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Alunos e professores de escola em Taguatinga protestam contra construtora

 Área nos fundos da instituição, que dá aulas de Libras e Português, estaria ocupada por materiais de construção da empresa


04/12/2014 10:20 Correio Braziliense

A escola bilíngue tem 300 alunos. A maioria é surda, tem dificuldades na fala, mas os manifestantes conseguiram chamar a atenção da população com apitos, instrumentos musicais e faixas (Breno Fortes/CB/DA Press)
A escola bilíngue tem 300 alunos. A maioria é surda, tem dificuldades na fala, mas os manifestantes conseguiram chamar a atenção da população com apitos, instrumentos musicais e faixas


Um protesto reuniu cerca de 200 alunos e professores da única escola bilíngue Libras e Português do Distrito Federal, que fica em Taguatinga. Eles exigem a desocupação de uma área nos fundos da escola, que foi ocupada por uma construtora e vem sendo utilizada como uma espécie de depósito de materiais de construção. De acordo com a diretora Maristela Batista de Oliveira, há mais de um ano quando a escola foi inaugurada foi feita uma solicitação à Secretaria de Educação e à Administração Regional de Taguatinga para a construção de uma quadra poliesportiva e um auditório. "O espaço é de extrema importância e já estamos pleiteando há mais de um ano. Em junho deste ano, fomos surpreendidos com a ocupação feita pela construtora", denunciou.

A empresa AMB Maia fechou a área com tapumes e é possível ver sacos de cimento e canos de PVC guardados. O responsável pela construtora não quis se identificar e se apresentou como sargento do Corpo de Bombeiros do DF, esclarecendo que está "pedindo baixa" da corporação. Ele disse que tem uma autorização para tocar a obra. A diretora da escola, no entanto, argumenta que o documento emitido pela Administração Regional se refere à obra de um prédio de três andares que está sendo erguido pela AMB Maia, nas proximidades da QNH 1, área especial 1/3 em Taguatinga Norte.

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A escola bilíngue tem 300 alunos. A maioria é surda, tem dificuldades na fala, mas os manifestantes conseguiram chamar a atenção da população com apitos, instrumentos musicais e faixas onde pedem a desocupação do terreno. As aulas também são frequentadas por filhos de pais surdos e pessoas que convivem com pessoas que têm perda total ou parcial da audição. 
 
 
O objetivo da manifestação é chamar a atenção dos órgãos da administração pública como a Agefis, Administração Regional e Secretaria de Educação para a importância das obras para a melhoria da escola.

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