sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

NYT afiado ‘Juros do Brasil fazem agiota americano sentir vergonha’



Sucesso das lojas de penhores é sinal de que a orgia de endividamento dos
consumidores do País está chegando ao limite, diz NYT
Publicado: 4 de dezembro de 2014 às 18:06

O jornal norte-americano New York Times publicou uma matéria nesta quinta-feira, 4, em que afirma que “os juros praticados no Brasil fariam um agiota americano sentir vergonha”. O periódico ressaltou ainda que “os cartões de crédito cobram mais de 240% ao ano. Empréstimos bancários ultrapassam os 100%”. E, segundo o jornal, “para um número cada vez maior de consumidores que precisam de dinheiro, a loja de penhores é a melhor opção.
Penhora joias EBC
NYT afirma que o crescente sucesso de penhora é sinal de que a orgia de endividamento pode estar chegando ao limite (Foto: EBC)


Ao citar diversos casos de brasileiros que tiveram que recorrer a penhora, O NYT afirmou que “o crescente sucesso das lojas de penhores é o mais recente sinal de que a orgia de endividamento dos consumidores do país pode estar chegando ao limite”. O jornalista Dan Horch avaliou também que “o inchaço da classe média brasileira – e dos seus hábitos de consumo – ajudou a alimentar a economia em geral durante anos. Mas o crescimento está desacelerando, e os consumidores lutam para pagar suas contas”.


Para ele, o resultado da “economia enfraquecida foi um ponto inflamável na recente eleição, vencida por pequena margem pela atual presidente Dilma Rousseff no segundo turno”. E lembrou que “o banco central elevou os juros novamente, na tentativa de combater a inflação, pode pesar no crescimento e complicar ainda mais o panorama do endividamento do consumidor”.


“Embora ainda representem uma parcela relativamente pequena do setor de crédito, as lojas de penhores têm prosperado, mesmo num momento em que outros tipos de empréstimo parecem pouco atrativos. Alguns brasileiros, mesmo aqueles firmemente instalados na classe média, estão usando as lojas de penhores para quitar as dívidas do cartão de crédito, cobrir despesas inesperadas ou simplesmente acessar uma linha de crédito mais barata”, completou o jornalista na publicação no New York Times.
 (Com informações do NYT)

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