terça-feira, 25 de novembro de 2014
Mobilizada depois do "cochilo" da semana passada que rendeu uma
amarga derrotada para a presidente Dilma Rousseff, a base aliada do
governo conseguiu aprovar há pouco, na Comissão de Orçamento (CMO), o
projeto de lei que flexibiliza a meta do superávit primário. Numa sessão que foi marcada por novos bate-bocas e acusações de que
o Palácio do Planalto está gastando mais do que arrecada e pedindo uma
"anistia" para Dilma, a oposição se disse vítima de um "tratoraço" da
base.
Agora, o projeto segue para o Plenário do Congresso Nacional,
último passo antes de Dilma receber o aval para abater integralmente os
gastos com o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e as
desonerações de impostos da economia mínima para o pagamento dos juros
da dívida pública.
Embora petistas digam em tom otimista que o objetivo é liquidar a
futura na sessão do Congresso marcada para hoje à tarde, integrantes da
própria base admitem que ainda há muito chão para despachar o tema para a
sanção de Dilma. Há quase 40 vetos presidenciais na fila de votação e a
oposição promete fazer uma "oposição selvagem" no Plenário do
Congresso.
Com um resultado negativo de mais de R$ 20 bilhões nas contas
públicas e diante da impossibilidade de alcançar o resultado mínimo de
R$ 49 bilhões previsto na lei em vigor, o governo enviou na semana
retrasada uma proposta que eliminou o teto de desconto permitido com
despesas do PAC e com renúncia tributária da meta do superávit primário.
A meta atual para o governo central é de R$ 116 bilhões e o texto
abre brecha para que o determinado pela legislação seja dado como
respeitado mesmo em caso de déficit. Se na reunião parlamentares
petistas e da oposição se digladiaram em torno do projeto, do lado de
fora do plenário um pequeno grupo de manifestantes gritou durante toda
discussão palavras de ordem como "fora PT" e "estão metendo a mão".
O deputado Ronaldo Caiado (DEM), eleito senador por Goiás em
outubro, disse que o governo "omitiu da população o não cumprimento da
meta". "Agora apresentam um projeto para tentar transferir para o
Congresso Nacional essa responsabilidade. É de uma gravidade ímpar",
disparou. Já o deputado Izalci (PSDB-DF) acusou o governo de estar
ameaçando governadores com a interrupção do repasse de verbas para que
eles pressionem suas bancadas a votar a matéria.
O relatório proposto pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR) não fixa
qualquer
meta mínima a ser perseguida pela equipe econômica. Mesmo ciente da
inviabilidade de alcançar a economia mínima
prevista em lei, o Ministério do Planejamento informou na última
sexta-feira (21) uma elevação de R$ 10 bilhões nos gastos públicos. Em
certo momento, o deputado Caiado ironizou Romero Jucá, afirmando que ele
estava criando duas grandes inovações na contabilidade: o superavit
negativo e a meta de resultados. A Oposição convocou a militância para
tomar o plenário e protestar contra o governo hoje a partir de 15 horas.
(Com informações do Estadão)
4 comentários:
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Coronel, não quero acreditar que essa "gente" que nos representa, vai
assinar embaixo dessa farsa. Parece que estão de joelhos diante da
incompetência do governo do PT.
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Será que se tivesse quebrado a porta e entrado na marra , a imprensa alugada daria destaque ao movimento ?
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http://noticias.portalvox.com/politica/2014/11/justica-sequestra-bens-da-petrobras-para-pagar-funcionarios-de-complexo-naval.html
Coronel, não vai demorar muito vão querer a cabeça da juíza que pediu o sequestro de bens da Petrobras e Iesa.
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Coronel,
agora a oposição vai para o Superior Tribunal? Tem algum outro passo a seguir antes?
Ainda tem algum outro tipo de votação para fazer? Estou perdida.. É muita coisa...
Alguém pode me explicar?
Isto precisa ser bloqueado!!
Acabaram com o Brasil.
Deus nos ajude!
Flor Lilás
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