Desmatamento para as Olímpiadas 2016
Cartão postal na Cidade Maravilhosa, o Elevado do Joá será duplicado, haverá novas pistas, dois túneis e uma inédita ciclovia
à beira-mar com um investimento de R$ 458 milhões com recursos do
BNDES. Os trabalhos que tiveram início no dia 20 de junho, são
anunciadas como obras que irão melhorar o transporte e o trânsito no
Rio.
A retirada da vegetação para dar lugar ao novo viaduto, já vem sendo chamada de devastação olímpica, pois o desmatamento terá um tamanho equivalente a 34 campos de futebol como os do Maracanã. A Prefeitura porém, tem o respaldo do Relatório de Impacto Ambiental (RIA) submetido ao Instituto Estadual de Ambiente (Inea) pela Geo-Rio que aponta que a maior parte da vegetação não é nativa e a Secretaria Municipal de Obras divulgou que serão replantadas cerca de 5 vezes mais hectares de vegetação, do que aquele que será retirada.
Uma reforma emergencial que começou a ser feita no ano passado e acabou em abril deste ano, teve seus custos dez vezes maior do valor previsto no projeto inicial, passando de 7 para R$ 66,50 milhões. No mesmo mês, a Prefeitura carioca anunciou a construção de um novo viaduto ao lado do Joá, com custos previstos de R$ 489 milhões, como uma das soluções viárias para as Olimpíadas de 2016.
Tudo muito bom e tudo muito bem,
contanto que não se esqueçam que assim como a Copa se foi, as Olimpíadas
também acabará e o povo brasileiro não quer outro legado de recessão
como se vê agora, mas principalmente que não façam com que o Rio de
Janeiro perca mais de seu majestoso verde com obras que sabe-se lá a
quem e a quantas beneficiará
.
.
Vendo o vídeo acima, oficial da Prefeitura com os detalhes da obra, a impressão que dá é mesmo o de uma devastação olímpica.
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A Prefeitura do Rio de Janeiro deu início no final do mês de junho a
mais um projeto viário necessário para a Olimpíada de 2016: a duplicação
do Elevado do Joá. Com isso, ampliou a derrubada da vegetação da cidade
causada pela preparação da capital fluminense para os próximos Jogos
Olímpicos e Paraolímpicos.
A duplicação do Elevado do Joá, pista que liga à Zona Sul do Rio à região da Barra da Tijuca, vai derrubar cerca de 6,9 hectares (69 mil m²) de vegetação à beira do Oceano Atlântico. Já considerando essa área, a devastação vegetal causada pela Rio-2016 atingiu 270 mil², área equivalente a 34 campos de futebol do Maracanã.
Além do Elevado do Joá, a construção da Transolímpica também demandará a derrubada de vegetação. A obra da avenida ligando o Parque de Deodoro à região do Parque Olímpico vai suprimir 20 hectares, ou seja, 200 mil m² de Mata Atlântica na Zona Oeste.
Já no caso do elevado do Joá, dos 6,9 hectares de mata que serão derrubados, só uma parte é de espécies de mata nativa. A maior área é constituída por espécies já replantadas, como amendoeiras e bananeiras, segundo a Fundação Geo-Rio (Fundação Instituto de Geotécnica do Rio de Janeiro).
Mesmo assim, tudo o que será desmatado será compensado. De acordo com a SMO (Secretaria Municipal de Obras do Rio), 12,5 hectares de vegetação serão plantados na cidade. O local onde isso será feito não está definido.
A derrubada das árvores, tanto no caso do Elevado do Joá quanto no da Transolímpica, foi autorizada pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente), órgão do governo do Estado do Rio de Janeiro. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente, aliás, foi questionada pelo UOL Esporte sobre como avaliava a devastação causada pela preparação para a Rio-2016. Não respondeu.
Vale ressaltar que realizar uma Olimpíada sustentável é uma das missões dos organizadores do evento. O próprio Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 já informou que só compra madeira ou papel com certificado de manejo florestal, vai servir pescado produzido de forma sustentável nas refeições durante os Jogos e trabalha para a ampliação da acessibilidade em hotéis do Rio visando à sustentabilidade.
Esse objetivo é visto com desconfiança por ambientalistas e movimentos sociais. Pessoas que acompanham a organização da Olímpiada questionam a construção de um campo de golfe para os Jogos numa área de preservação ambiental, e apontam falta de vontade de governos para despoluir a Baía de Guanabara e a Lagoa Rodrigo de Freitas –dois locais de competição da Rio-2016.
Detalhes das obras
A obra de duplicação do Elevado do Joá deve ser concluída em março de 2016. A prefeitura vai gastar R$ 458 milhões para ampliar a via de acesso à Barra, bairro que é considerado o "coração da Olimpíada". É lá que vai ficar o Parque Olímpico da Rio-2016.
A Transolímpica vai custar R$ 1,6 bilhão. Desse valor, R$ 1,1 bilhão será pago com recursos públicos. O restante será pago por um grupo de empresas, que depois vai lucrar com a cobrança de um pedágio na nova avenida.
A Transolímpica terá três pistas em cada sentido. Uma delas será uma faixa para tráfego exclusivo de ônibus expressos BRT (Bus Rapid Transit). A obra deve ser concluída no primeiro semestre de 2016.
Obra da Rio-2016 derruba mata, e devastação olímpica atinge 34 'Maracanãs'
Do UOL, no Rio de Janeiro
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Júlio César Guimarães/UOLObra em Elevado do Joá (foto) vai derrubar 69 mil m² de mata à beira do Oceano Atlântico
A duplicação do Elevado do Joá, pista que liga à Zona Sul do Rio à região da Barra da Tijuca, vai derrubar cerca de 6,9 hectares (69 mil m²) de vegetação à beira do Oceano Atlântico. Já considerando essa área, a devastação vegetal causada pela Rio-2016 atingiu 270 mil², área equivalente a 34 campos de futebol do Maracanã.
Além do Elevado do Joá, a construção da Transolímpica também demandará a derrubada de vegetação. A obra da avenida ligando o Parque de Deodoro à região do Parque Olímpico vai suprimir 20 hectares, ou seja, 200 mil m² de Mata Atlântica na Zona Oeste.
Já no caso do elevado do Joá, dos 6,9 hectares de mata que serão derrubados, só uma parte é de espécies de mata nativa. A maior área é constituída por espécies já replantadas, como amendoeiras e bananeiras, segundo a Fundação Geo-Rio (Fundação Instituto de Geotécnica do Rio de Janeiro).
Mesmo assim, tudo o que será desmatado será compensado. De acordo com a SMO (Secretaria Municipal de Obras do Rio), 12,5 hectares de vegetação serão plantados na cidade. O local onde isso será feito não está definido.
A derrubada das árvores, tanto no caso do Elevado do Joá quanto no da Transolímpica, foi autorizada pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente), órgão do governo do Estado do Rio de Janeiro. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente, aliás, foi questionada pelo UOL Esporte sobre como avaliava a devastação causada pela preparação para a Rio-2016. Não respondeu.
Vale ressaltar que realizar uma Olimpíada sustentável é uma das missões dos organizadores do evento. O próprio Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 já informou que só compra madeira ou papel com certificado de manejo florestal, vai servir pescado produzido de forma sustentável nas refeições durante os Jogos e trabalha para a ampliação da acessibilidade em hotéis do Rio visando à sustentabilidade.
Esse objetivo é visto com desconfiança por ambientalistas e movimentos sociais. Pessoas que acompanham a organização da Olímpiada questionam a construção de um campo de golfe para os Jogos numa área de preservação ambiental, e apontam falta de vontade de governos para despoluir a Baía de Guanabara e a Lagoa Rodrigo de Freitas –dois locais de competição da Rio-2016.
Detalhes das obras
A obra de duplicação do Elevado do Joá deve ser concluída em março de 2016. A prefeitura vai gastar R$ 458 milhões para ampliar a via de acesso à Barra, bairro que é considerado o "coração da Olimpíada". É lá que vai ficar o Parque Olímpico da Rio-2016.
A Transolímpica vai custar R$ 1,6 bilhão. Desse valor, R$ 1,1 bilhão será pago com recursos públicos. O restante será pago por um grupo de empresas, que depois vai lucrar com a cobrança de um pedágio na nova avenida.
A Transolímpica terá três pistas em cada sentido. Uma delas será uma faixa para tráfego exclusivo de ônibus expressos BRT (Bus Rapid Transit). A obra deve ser concluída no primeiro semestre de 2016.
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