25/11/2014 09h48
- Atualizado em
25/11/2014 09h48
Desde o início do bombeamento, nível das represas caiu todos os dias.
Volume de água no Cantareira não sobe há 223 dias.
Ponte
sobre a represa de Atibainha, parte do Sistema Cantareira, com margens
bastante expostas devido à seca
Segundo informações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a água da segunda reserva técnica começou a ser usada no dia 15 de novembro. Na data, o volume útil e a primeira cota do volume morto do Cantareira haviam se esgotado.
As quedas no nível do Cantareira acontecem mesmo com a pequena recuperação no índice de chuvas. No mês de novembro, a média esperada de precipitação é de 161,2 milímetros na região dos reservatórios. Até o momento, choveu 100,7 milímetros.
Essa chuva já representa mais que o dobro do que caiu em todo o mês de outubro, quando foi registrado 42,5 milímetros. Porém, mesmo com a precipitação mais forte em novembro, o nível das represas não subiu. Já são 223 dias seguidos de constantes quedas e poucos dias de estabilidade.
Guarapiranga e Alto Tietê
No Guarapiranga, a segunda-feira (14) seca contribuiu para uma nova queda no nível do sistema. O índice recuou de 32,2% para 31,9%, queda de 0,3 ponto percentual. A redução é maior que a registrada na data anterior, que foi de 0,1 ponto percentual.
O nível atual do Alto Tietê também caiu: foi de 5,9% para 5,7%. No local, a chuva registrada foi de 0,5 milímetros.
Juntos, Alto Tietê e Guarapiranga abastecem 9,4 milhões de pessoas na Grande São Paulo.
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Outros SistemasOs outros três sistemas de abastecimento da Grande São Paulo também registraram queda em seus níveis nesta terça-feira (25).
No Alto Cotia, o volume acumulado baixou de 28% para 27,8% após três dias consecutivos de estabilização.
No Rio Grande, o nível baixou de 63,4% para 63,1%. A queda de 0,3 ponto percentual ocorreu mesmo com a chuva de 0,4 milímetro.
Já no sistema Rio Claro, a queda foi mais acentuada e passou de 31,3% para 30,7%. A pluviometria do dia foi de 0,2 milímetro.
Reajuste
No dia 14 de novembro, executivos da Sabesp informaram que o reajuste de tarifas pedido pela companhia para aplicação em dezembro deve ser maior que os 5,44% acertados no começo do ano, mas suspenso antes das eleições de outubro.
A empresa, controlada pelo governo do Estado de São Paulo, conseguiu o reajuste em meados de abril, mas na época a Arsesp, agência reguladora do setor, autorizou a aplicação do aumento das tarifas em "momento oportuno".
No caso, o momento oportuno foi dezembro, conforme comunicado da empresa. O diretor financeiro da Sabesp, Rui Afonso, afirmou a analistas em videoconferência que o reajuste pretendido "deverá ser maior que os 5,44%", diante da necessidade de correção monetária. Ele não comentou qual será o índice a ser aplicado.
O processo de revisão tarifária deveria ter sido concluído em agosto de 2013, mas passou por uma série de adiamentos.
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