Assim como ocorreu em abril, quando a
população foi às redes sociais protestar contra a "gazeta" oficializada e
pediu #vaitrabalhardeputado, projeto que dá superpoderes a
parlamentares distritais também ganha repúdio: #tomavergonhadeputado
Correio Braziliense
Publicação: 24/11/2014 23:01
Está nas mãos de 11
deputados a decisão a respeito da colocação em pauta, na sessão desta
terça-feira (25/11), do Projeto de Resolução que praticamente
inviabiliza a possibilidade de cassação de distritais. É o Colégio de
Líderes que vai definir se o texto será apreciado em segundo turno,
adiado ou mesmo engavetado.
A proposta, apresentada em 12 de novembro e
aprovada em primeiro turno na mesma data em tempo recorde, prevê que os
parlamentares com ações criminais ou por improbidade administrativa na
esfera judicial só poderão ter abertos contra si processos internos de
cassação quando não houver mais qualquer possibilidade de recurso na
Justiça.
Na prática, diante de tantos recursos judiciais, a proposta cria a situação de que um pedido de investigação interna só poderia ser feito cerca de 20 anos depois do fim de um mandato. "Eu reconheço que não houve a discussão necessária. Foi apresentado de maneira açodada", admite o presidente da Casa, Wasny de Roure (PT).
A movimentação no sentido de blindar os deputados contra possibilidade de cassação gerou reações negativas na sociedade. Os parlamentares começaram a ser cobrados nas ruas e nas redes sociais. Uma repetição do que ocorreu entre maio e abril, quando houve uma tentativa de oficialização da gazeta, e a comunidade passou a cobrar os parlamentares por meio da hashtag #vaitrabalhardeputado. Agora, o projeto é considerado tão sem propósito que gerou outra tag: #tomavergonhadeputado.
O caso ganhou tanta repercussão que a bancada do PT reuniu-se para discutir uma saída. A proposta do partido é que o projeto seja retirado definitivamente da pauta e que o Código de Ética e o Regimento Interno sejam atualizados de maneira global.
Na prática, diante de tantos recursos judiciais, a proposta cria a situação de que um pedido de investigação interna só poderia ser feito cerca de 20 anos depois do fim de um mandato. "Eu reconheço que não houve a discussão necessária. Foi apresentado de maneira açodada", admite o presidente da Casa, Wasny de Roure (PT).
A movimentação no sentido de blindar os deputados contra possibilidade de cassação gerou reações negativas na sociedade. Os parlamentares começaram a ser cobrados nas ruas e nas redes sociais. Uma repetição do que ocorreu entre maio e abril, quando houve uma tentativa de oficialização da gazeta, e a comunidade passou a cobrar os parlamentares por meio da hashtag #vaitrabalhardeputado. Agora, o projeto é considerado tão sem propósito que gerou outra tag: #tomavergonhadeputado.
O caso ganhou tanta repercussão que a bancada do PT reuniu-se para discutir uma saída. A proposta do partido é que o projeto seja retirado definitivamente da pauta e que o Código de Ética e o Regimento Interno sejam atualizados de maneira global.
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