Para
completar o aparelhamento do Estado, o stalinista Rui Falcão,
presidente do Partido Totalitário, está fazendo um mapa dos cargos
federais nos Estados. O objetivo é aboletar militantes nessas
"boquinhas". Como os petistas, em geral, não conseguem ser aprovados em
concursos públicos rigorosos (universidades à parte), o jeito é entrar
pela janela. É o que eles têm feito nos últimos 12 anos - para desgraça
do país, vítima dos incompetentes:
Conformado
com a perda de espaço no ministério do segundo governo Dilma Rousseff, o
PT prepara um avanço sobre os cargos de confiança do governo federal
nos Estados e em grandes municípios como forma de reverter pelo menos em
parte o prejuízo. A ideia é fazer uma espécie de “recall” dos cerca de
15 mil postos federais fora de Brasília identificando indicações
"politicamente obsoletas" e ocupando os espaços.
“Estamos fazendo um mapa dos cargos federais nos Estados para saber
quem é quem, quem indicou, qual a avaliação que a gente tem disso, e
fazer uma proposta (de nomes à presidente)”, disse o presidente nacional
do PT, Rui Falcão.
A última vez que o partido mapeou os cargos federais espalhados pelo
Brasil foi em 2003, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
assumiu o Planalto. Na época, o encarregado do inventário foi o então
secretário nacional de Organização do PT, Sílvio Pereira, que chegou a
ter uma sala para trabalhar no Palácio do Planalto.
Dois anos depois, no auge do escândalo do mensalão, Silvinho, como é
conhecido, pediu desfiliação do PT sob acusação de ter ganho um Land
Rover de presente de uma empreiteira que tinha negócios com o governo
federal. O ex-dirigente petista agia sob o comando do então ministro da
Casa Civil José Dirceu, que cumpre prisão domiciliar pela condenação no
mensalão.
Desta vez, o PT optou por um caminho diferente. Em vez de fazer o
levantamento a partir de Brasília, a Secretaria Nacional de Organização
do partido foi incumbida de elaborar um mapeamento minucioso, Estado por
Estado, com base em informações repassadas pelos diretórios regionais
da sigla.
Indicações ‘caducas’. O
objetivo é identificar as vagas cujas indicações “caducaram”
politicamente, seja porque os padrinhos perderam prestígio, seja em
função do realinhamento de partidos que apoiaram o governo Lula e hoje
fazem oposição à gestão Dilma Rousseff.
“A ideia é melhorar a representatividade. Às vezes, tem gente lá que
não representa mais as forças que compõem a base do governo”, disse o
atual secretário nacional de Organização do PT, Florisvaldo Souza.
Segundo ele, existe ainda uma terceira categoria de ocupantes destes
postos federais que são os técnicos de carreira alçados a postos de
confiança automaticamente depois que os indicados políticos deixaram as
vagas. Eles também estão na mira do PT.
“Tem lugares em que a pessoa indicada saiu e acabou ficando algum
técnico de carreira, sem qualquer compromisso político”, disse o
dirigente petista.
Baixo clero. Segundo
fontes do partido, os principais objetivos do levantamento são acomodar
o chamado baixo clero petista e manter uma margem de manobra para
negociar a composição da base de apoio ao segundo mandato de Dilma na
Câmara.
Entre os alvos estão indicações feitas pelo PSB, hoje na oposição,
que sobreviveram ao desembarque do partido do governo, em 2013,
apadrinhados por ex-senadores e ex-governadores hoje aposentados - a
exemplo de José Sarney (PMDB) - e até petistas que perderam o poder ou
se envolveram em escândalos.
Novo Congresso. Embora
Dilma tente contemplar todos os partidos aliados na montagem do governo
com cargos no primeiro e segundo escalões, o PT não tem segurança sobre
como será o comportamento do Congresso com a pulverização de
parlamentares nos 28 partidos, seis deles representados na Câmara pela
primeira vez. Segundo petistas, o fenômeno só poderá ser compreendido
depois do início da nova legislatura e os cargos de confiança nos
Estados podem ser usados para negociações com parlamentares no varejo.
De acordo com o Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do
Planejamento, existem quase 23 mil cargos de confiança em todo o governo
federal. Os salários vão de R$ 2,1 mil a R$ 12,9 mil. O ministério não
soube informar quantos destes cargos estão fora da capital federal, mas o
PT estima em dois terços desse contingente.
Cerca de 75% das vagas, no entanto, são reservadas a funcionários de
carreira, sobrando pouco menos de 6 mil postos em todo o País para livre
nomeação (mais informações no texto abaixo). Os números não levam em
conta cargos em estatais e autarquias, que também estão na mira do PT.
De acordo com o secretário de Organização, o partido ainda não tem um
número fechado.
Apesar de reivindicar a prioridade para preencher estes postos, o PT
toma cuidados para não pisar nos calos de aliados no Congresso e,
principalmente, dos governadores - parte importante do modelo de
governabilidade do segundo mandato. (Estadão).
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