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18 de maio de 2015
A
reportagem da edição desta semana da revista Veja relata em detalhes a
mais nova tentativa de anular a Operação Lava Jato: tentam provar que
escutas clandestinas foram instaladas nas salas de inquérito.
A história está ganhando novos
contornos. ProcuradoreS da Lava Jato divulgaram neste domingo uma nota a
respeito. Leiam sobre ela neste post de Fausto Macedo para o Estadão:
Os investigadores identificaram o que chamam de ‘farto mercado de compra de dossiês’. Uma das investigações em andamento mira esses dossiês contra autoridades públicas encarregadas das investigações, e sua autoria.
“A Força-Tarefa do Ministério Público Federal no caso Lava Jato, diante das notícias publicadas na imprensa nacional (…) sobre o encontro de equipamentos eletrônicos na sede da Superintendência da Polícia Federal no Paraná, vem reiterar que as investigações na denominada ‘Operação Lava Jato’ são lícitas e livres de qualquer nulidade”, informa nota, divulgada neste domingo, 17.
Uma escuta clandestina encontrada no segundo andar da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba – sede das investigações da Operação Lava Jato -, há cinco dias e um depoimento do agente da PF Dalmey Fernando Werlang, tornado público na mesma semana, reforçaram as suspeitas dos investigadores.
Os editores de O Antagonista explicam de forma mais sucinta:
Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato suspeitam que investigações da PF estão colhendo informações com “conclusões preordenadas” para tentar “criar falsas nulidades” nos processos. Segundo o Estadão, o objetivo é tirar o controle dos inquéritos dos delegados da Superintendência da PF em Curitiba.
Em outro post eles deixam as coisas ainda mais claras:Os nove procuradores assinaram nota pública dizendo que “acompanham de perto” o trabalho da Corregedoria da PF em Brasília para averiguar se havia escutas ilegais na cela de Alberto Youssef. A força-tarefa identificou “farto mercado de compra de dossiês”.
Como se pode ler no post interior, está em curso uma manibra para conferir aparência de ilegalidade às investigações da Operação Lava Jato.
A manobra é conduzida pela banda podre da Polícia Federal, aquela mesma que atacou o procurador-geral Rodrigo Janot, deu entrevista a telejornais — e foi denunciada, aqui, na série de posts “A guerra suja da PF”.
A manobra é coordenada. Dela fazem parte a banda podre da PF, o governo do PT e advogados de defesa de empreiteiros que, além de atuar nos bastidores, atacam publicamente o juiz Sergio Moro.
É preciso que a sociedade e os políticos de bem, os que restam, repudiem imediatamente esse ataque à Justiça.
Esta não é, certamente, a primeira
tentativa de atacar a Lava Jato e impedir novas descobertas mas é,
certamente, a mais sofisticada. O desespero com os últimos avanços da
Operação nos dão a dica de que grandes revelações estão por vir.
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