Lobão tem 20 dias para explicar denúncia de ‘sociedade oculta’
Andreza Matais, Fábio Fabrini e Talita Fernandes
Estadão
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso deu prazo de 20 dias para que o senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA) se manifeste sobre suspeitas de que seria sócio oculto de uma holding sediada nas Ilhas Cayman, paraíso fiscal caribenho. No despacho, assinado nesta segunda-feira, 18, o ministro também decidiu retirar o sigilo do inquérito, preservado apenas nas informações que envolvam sigilos bancário e fiscal.
Com a decisão, o magistrado busca mais informações para decidir sobre a abertura de um inquérito específico na corte para apurar a suposta participação do peemedebista no Grupo Diamond Mountain. O Estado revelou no domingo que um inquérito aberto na Justiça Federal em São Paulo foi encaminhado em fevereiro deste ano ao STF para apurar a eventual participação do senador nas empresas, voltadas para a captação de recursos de fundos de pensão de estatais, fornecedores da Petrobrás e empresas privadas que recebem recursos de bancos públicos, como o BNDES.
DEPOIMENTO
O senador Edison Lobão (PMDB-MA) prestou depoimento na sede da Polícia Federal, em Brasília, na tarde de segunda-feira, para dar esclarecimentos a respeito das acusações feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. Costa disse ter mandado entregar R$ 2 milhões para a campanha de Roseana Sarney, a pedido de Lobão, em 2010.
Segundo o advogado do senador, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, o depoimento durou cerca de duas horas, e o senador negou as acusações.
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