Sem medo de errar, reitero o artigo que subscrevi aqui na Tribuna da Internet, sob o título “Parecer de Reale será sólido e concluirá pelo impeachment, por uma ou mais razões”, publicado no dia 20 de abril passado. Muito mais agora, perto de um mês depois, quando tudo piorou e piora a cada dia. O parecer do ex-ministro da Justiça Miguel Reale Jr. será entregue quarta-feira ao presidente do PSDB, senador Aécio Neves.
Falta apenas a
formalização, com o processamento e o veredicto final para o afastamento
de Dilma Rousseff da Presidência da República. Isto porque Dilma já
sofreu o impeachment natural que o povo a ela impôs. Perdeu o poder e a
legitimidade para seguir presidente, se é que algum dia teve.
Chega-se até ao
extremo ponto de xingamentos contra a presidente da República, reação
que jamais ocorreu na História do Brasil, do Império à República, dos
militares à Collor. São empregados palavrões que fariam corar de
vergonha a nossa saudosa Dercy Gonçalves. E os xingamentos não são
recentes. Começaram na Copa do Mundo, quando Dilma foi ao estádio
assistir a um dos jogos do Brasil. Isso não é impeachment imposto pelas
multidões?
O segundo turno
das eleições de 2014 ainda não terminou. Dilma se encontra no estágio
probatório de dois anos, como acontece com todo agente e funcionário
público, aprovado no concurso, nomeado e empossado.
18 de maio de 2015
Jorge Béja
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