07
quinta-feira
mai 2015
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Tem gente dizendo que o PT se entregou ao capitalismo, deixando de ser de esquerda e se tornando um partido de direita. Será?
Bem, capitalismo é um sistema econômico baseado em três fatores: Industrialização, Propriedade Privada e Livre Mercado.
Quanto maior forem estes três fatores em um país, mais ele é capitalista. Quanto menor, menos capitalista. Se estes fatores forem muito fracos, o país não é capitalista.
A direita defende, a nível econômico, um capitalismo saudável. Isto é, um sistema com bastante liberdade econômica, baixos impostos, pouca burocracia para se criar e manter uma empresa, propriedade privada bem assegurada, pouca intervenção governamental, competitividade entre as empresas e boas condições para desenvolvimento da indústria.
Mas como medimos esses fatores em um país? Há alguns índices internacionais conceituados que podem nos ajudar nessa tarefa. O que precisamos fazer é simples: averiguar a posição do Brasil em cada um desses rankings. Vejamos:
– Economic Freedom (Liberdade Econômica): índice anual publicado pela Heritage Foundation. Avalia a liberdade econômica de 178 países. O Brasil se encontra hoje na 118° posição desse índice, sendo classificado pela instituição como “Mostly Unfree” (muito não-livre).
– Doing Business (Fazendo Negócios): índice anual publicado pela instituição de mesmo nome. Avalia o grau de facilidade de se fazer negócios na economia de 189 países. O Brasil está hoje na 120° posição desse índice.
– World Competitiviness Ranking (Ranking de Competitividade Global): índice anual publicado pela IMD com 60 países industrializados. Avalia como os países manejam seus recursos econômicos e humanos para gerar prosperidade. O Brasil está na 54° posição desse ranking.
– Competitividade Brasil: índice anual publicado pela CNI. Avalia o grau de competitividade industrial de 15 países selecionados com potencialidades semelhantes. O Brasil está na 14° posição.
Como podemos ver, o Brasil está bem distante de ser um país capitalista ou livre economicamente.
Podemos ainda citar outros dados.
– O brasileiro atualmente paga cerca de 36% de tributos ao Estado. Isso dá cerca de cinco meses trabalhando só para pagar impostos. É uma carga tributária muito alta. Ora, a direita luta pela diminuição de impostos. No entanto, ano após ano, eles só aumentam.
Alguns países desenvolvidos ainda tem uma carga tributária maior que a nossa, como é o caso dos países escandinavos. Mas o retorno que seus Estados oferecem à população é tão maior que o nosso, que o impacto é reduzido. Curiosamente, esses países apresentam números bem mais capitalistas que os nossos, o que demonstra que mesmo “Estados de bem estar social” precisam ter um capitalismo saudável para sustentá-lo. No Brasil, contudo, os impostos são altos e o mercado é engessado.
– O governo brasileiro, ao longo de três décadas, desconstruiu a autoridade do professor brasileiro dos ensinos fundamental e médio dentro de sala de aula. Há cada vez mais restrições a dar limites aos alunos, que sem padrões estabelecidos de conduta, tem feito o que querem em sala. A pretexto de construir um novo modelo de educação, de proteger a criança e o adolescente e de manter as escolas cheias, o governo dissipou a ordem, a moral e os bons costumes entre os estudantes, e amarrou as mãos dos professores e diretores.
– O governo brasileiro hoje torna quase impossível que um pai eduque seu filho em casa (o chamado “Homeshooling”, popular em vários países desenvolvidos). Assim, o cidadão brasileiro é obrigado a se sujeitar a um ensino público péssimo, que servirá para compor os números que os governantes querem, e para encher a cabeça das crianças de doutrinação ideológica.
– O governo brasileiro desconsidera a ideia de implementar o sistema de “Vouchers Escolares”, onde os pais são livres para escolher um colégio privado de qualidade e o governo financia os estudos da criança, em vez de obrigá-la a se submeter a uma instituição pública falida.
– O governo brasileiro proíbe que os pais disciplinem suas crianças com palmadinhas.
– O governo brasileiro discute criminalização da homofobia e do feminicídio, mas nada faz para manter presos os motoristas bêbados que matam pessoas todos os dias, ou para tornar mais rígido todo o código penal, a fim de não termos mais assassinos reincidentes (pois eles estarão presos).
Aliás, o governo pouco se importa com os 50 mil homicídios anuais, algo que deveria ser a principal prioridade de qualquer governo.
– O governo brasileiro se recusa a terceirizar presídios, mesmo eles sendo muito melhores em qualidade e muito mais baratos.
Ora, o PT e sua base aliada, bem como a maioria dos governantes brasileiros, tem mantido essa mesma estrutura há anos. Qualquer partido político ou governo que suba ao poder e não aja no sentido de mudar drasticamente esse cenário, pondo o Brasil nas primeiras posições dos rankings econômicos mencionados, fortalecendo as leis penais para evitar reincidências e dando ao indivíduo a possibilidade de escolher o que é melhor para sua vida e para a criação dos seus filhos, NÃO É um partido/governo de direita. É de esquerda.
Coloquemos os pingos nos i’s: a esquerda não gosta de livre mercado, de economia competitiva, de cidadão escolhendo o que é melhor para si a despeito do governo, de cidadão criando o seu filho segundo suas regras, de lei penais rígidas, de regras escolares rígidas, de limites de conduta. A esquerda simplesmente foge de tudo isso.
O que o brasileiro hoje vê no seu país está há anos-luz de uma economia liberal e um governo de direita. Anos-luz. E ver pessoas afirmando que o PT é de direita e capitalista só mostra o quanto a hegemonia da esquerda já avançou nesse país. Um grupo de idealistas joga todos os problemas criados pelo seu partido na conta da direita e um monte de gente acredita!
A estes, fica a nossa mensagem: assumam as merdas que vocês fazem. Nós tem nada a ver com esse partido.
Tem gente dizendo que o PT se entregou ao capitalismo, deixando de ser de esquerda e se tornando um partido de direita. Será?
Bem, capitalismo é um sistema econômico baseado em três fatores: Industrialização, Propriedade Privada e Livre Mercado.
Quanto maior forem estes três fatores em um país, mais ele é capitalista. Quanto menor, menos capitalista. Se estes fatores forem muito fracos, o país não é capitalista.
A direita defende, a nível econômico, um capitalismo saudável. Isto é, um sistema com bastante liberdade econômica, baixos impostos, pouca burocracia para se criar e manter uma empresa, propriedade privada bem assegurada, pouca intervenção governamental, competitividade entre as empresas e boas condições para desenvolvimento da indústria.
Mas como medimos esses fatores em um país? Há alguns índices internacionais conceituados que podem nos ajudar nessa tarefa. O que precisamos fazer é simples: averiguar a posição do Brasil em cada um desses rankings. Vejamos:
– Economic Freedom (Liberdade Econômica): índice anual publicado pela Heritage Foundation. Avalia a liberdade econômica de 178 países. O Brasil se encontra hoje na 118° posição desse índice, sendo classificado pela instituição como “Mostly Unfree” (muito não-livre).
– Doing Business (Fazendo Negócios): índice anual publicado pela instituição de mesmo nome. Avalia o grau de facilidade de se fazer negócios na economia de 189 países. O Brasil está hoje na 120° posição desse índice.
– World Competitiviness Ranking (Ranking de Competitividade Global): índice anual publicado pela IMD com 60 países industrializados. Avalia como os países manejam seus recursos econômicos e humanos para gerar prosperidade. O Brasil está na 54° posição desse ranking.
– Competitividade Brasil: índice anual publicado pela CNI. Avalia o grau de competitividade industrial de 15 países selecionados com potencialidades semelhantes. O Brasil está na 14° posição.
Como podemos ver, o Brasil está bem distante de ser um país capitalista ou livre economicamente.
Podemos ainda citar outros dados.
– O brasileiro atualmente paga cerca de 36% de tributos ao Estado. Isso dá cerca de cinco meses trabalhando só para pagar impostos. É uma carga tributária muito alta. Ora, a direita luta pela diminuição de impostos. No entanto, ano após ano, eles só aumentam.
Alguns países desenvolvidos ainda tem uma carga tributária maior que a nossa, como é o caso dos países escandinavos. Mas o retorno que seus Estados oferecem à população é tão maior que o nosso, que o impacto é reduzido. Curiosamente, esses países apresentam números bem mais capitalistas que os nossos, o que demonstra que mesmo “Estados de bem estar social” precisam ter um capitalismo saudável para sustentá-lo. No Brasil, contudo, os impostos são altos e o mercado é engessado.
– O governo brasileiro, ao longo de três décadas, desconstruiu a autoridade do professor brasileiro dos ensinos fundamental e médio dentro de sala de aula. Há cada vez mais restrições a dar limites aos alunos, que sem padrões estabelecidos de conduta, tem feito o que querem em sala. A pretexto de construir um novo modelo de educação, de proteger a criança e o adolescente e de manter as escolas cheias, o governo dissipou a ordem, a moral e os bons costumes entre os estudantes, e amarrou as mãos dos professores e diretores.
– O governo brasileiro hoje torna quase impossível que um pai eduque seu filho em casa (o chamado “Homeshooling”, popular em vários países desenvolvidos). Assim, o cidadão brasileiro é obrigado a se sujeitar a um ensino público péssimo, que servirá para compor os números que os governantes querem, e para encher a cabeça das crianças de doutrinação ideológica.
– O governo brasileiro desconsidera a ideia de implementar o sistema de “Vouchers Escolares”, onde os pais são livres para escolher um colégio privado de qualidade e o governo financia os estudos da criança, em vez de obrigá-la a se submeter a uma instituição pública falida.
– O governo brasileiro proíbe que os pais disciplinem suas crianças com palmadinhas.
– O governo brasileiro discute criminalização da homofobia e do feminicídio, mas nada faz para manter presos os motoristas bêbados que matam pessoas todos os dias, ou para tornar mais rígido todo o código penal, a fim de não termos mais assassinos reincidentes (pois eles estarão presos).
Aliás, o governo pouco se importa com os 50 mil homicídios anuais, algo que deveria ser a principal prioridade de qualquer governo.
– O governo brasileiro se recusa a terceirizar presídios, mesmo eles sendo muito melhores em qualidade e muito mais baratos.
Ora, o PT e sua base aliada, bem como a maioria dos governantes brasileiros, tem mantido essa mesma estrutura há anos. Qualquer partido político ou governo que suba ao poder e não aja no sentido de mudar drasticamente esse cenário, pondo o Brasil nas primeiras posições dos rankings econômicos mencionados, fortalecendo as leis penais para evitar reincidências e dando ao indivíduo a possibilidade de escolher o que é melhor para sua vida e para a criação dos seus filhos, NÃO É um partido/governo de direita. É de esquerda.
Coloquemos os pingos nos i’s: a esquerda não gosta de livre mercado, de economia competitiva, de cidadão escolhendo o que é melhor para si a despeito do governo, de cidadão criando o seu filho segundo suas regras, de lei penais rígidas, de regras escolares rígidas, de limites de conduta. A esquerda simplesmente foge de tudo isso.
O que o brasileiro hoje vê no seu país está há anos-luz de uma economia liberal e um governo de direita. Anos-luz. E ver pessoas afirmando que o PT é de direita e capitalista só mostra o quanto a hegemonia da esquerda já avançou nesse país. Um grupo de idealistas joga todos os problemas criados pelo seu partido na conta da direita e um monte de gente acredita!
A estes, fica a nossa mensagem: assumam as merdas que vocês fazem. Nós tem nada a ver com esse partido.
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