Depois da vergonha histórica de ontem, só
existe uma forma de encararmos o STF. É esta: caso o plenário confirme
Fachin, a Justiça agora dependerá de nós. Só de nós. E ninguém mais. O
Brasil não será mais um país onde possamos olhar o STF com qualquer
forma de conforto. Justiça no Brasil passará a ser decidida por um fator
e um único fator apenas: nossa pressão sobre sete pessoas.
Explico: com Fachin, Toffoli, Lewandowski
e Zavascki, o PT tem quatro votos garantidos no Petrolão e em qualquer
julgamento que queiram. Vejam pelo lado positivo. Se Cunha não tivesse
conseguido aprovar a PEC da Bengala, talvez teríamos, além desses
quatro, gente como Cardozo, Adams e aquele presidente da OAB do qual não
me lembro o nome, tudo isso nos próximos anos. Com sete deste naipe no
STF, o Brasil já não seria nem mais uma nação a ser levada a sério.
E por que digo que o PT conseguiria
colocar Cardozo, Adams e outros nomes do tipo? Por que a nova estratégia
do partido foi usar um nome que todos pensavam ser “oposição” (ex:
Álvaro Dias) para endossar seus candidatos. O poder de marketing de usar
um “opositor” como validador de sua indicação é muito forte. Por uma
visão puramente cínica, o PT merece aplausos pela estratégia.
Mas, enfim, o que resta? Outros sete
juízes que podem ser pressionados por nós. Ou então usarmos essa semana
que resta para pressionarmos os senadores a rejeitarem Fachin. Estas são
as opções que temos.
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