Garotas foram jogadas de penhasco com mais de 10 metros de altura
Segundo delegado, crime contra adolescentes foi bárbaro e cruel.
Polícia buscava assaltantes quando encontraram as meninas desacordadas.
(Correção: O G1 errou ao informar que altura do penhasco era de cinco metros. A informação foi dada pelo delegado Laércio Evangelista e retificada em seguida. A informação foi corrigida às 19h04).
"Foi um crime muito bárbaro e cruel. Eles cortaram os pulsos das meninas, furaram mamilos e olhos e depois ainda as arremessaram de cima de um morro", disse o delegado. Segundo ele, as garotas ainda foram amarradas antes de sofrerem a violência sexual.
De acordo com a polícia, cinco homens participaram do crime. Quatro deles, todos menores de idade, já foram apreendidos e conduzidos para a delegacia da cidade de Campo Maior, a 78 Km de Teresina. Um outro suspeito ainda está foragido e a polícia realiza buscas na região para tentar prendê-lo.
Moradores pediram justiça durante virgília em frente à delegacia (Foto: Catarina Costa/G1)
Durante as buscas por um dos criminosos foragidos no assalto, a polícia encontrou duas motos abandonadas no mato.
Gilberto Albuquerque, diretor do HUT
(Foto: Ellyo Teixeira/G1)
(Foto: Ellyo Teixeira/G1)
Estado grave
Segundo ele, a própria polícia encontrou as adolescentes. As jovens foram levadas para o hospital da cidade e logo depois transferidas para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). De acordo com a direção do hospital, são duas garotas de 17 anos, uma de 16 e outra de apenas 15 anos.
Conforme boletim médico divulgado pelo hospital às 12h, uma das adolescentes está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela teve traumatismo craniano e chegou a perder parte da orelha. A garota também apresenta sangramento na barriga e os médicos tentam controlar a hemorragia.
Ainda de acordo com o boletim, outra garota sofreu afundamento da face do lado direito e também passou por cirurgia no pescoço. A adolescente que teve múltiplas lesões no couro cabeludo e ainda por todo o corpo está sob efeito de analgésico.
A única das garotas consciente ainda fala pouco e será transferida para um hospital particular por decisão da família.
"O estado em que essas meninas chegaram aqui nos assustou bastante. Todas foram vítimas de muitas lesões. Uma delas ainda está na UTI porque teve traumatismo craniano. Uma das meninas chegou a ficar com a face desfigurada", relatou o diretor do HUT, Gilberto Albuquerque.
Trabalho dos peritos
Cerca de dez peritos do Instituto Médico Legal (IML) foram ao Hospital de Urgência de Teresina para realizar exames. Segundo o diretor do IML, Antônio Nunes, material genético foi encontrado nas unhas das garotas, o que para ele indica que as vítimas lutaram com os agressores.
"Ainda não temos como precisar qual o instrumento usado nas agressões. Pode ter sido paus, pedras ou só socos. Há possibilidade de elas terem sido arrastadas antes de serem jogadas ou que tenham sido agredidas em um outro local e depois jogadas. Mas nós temos constatações graves, sendo que uma das adolescentes possui lesões sérias internada na UTI. Seguramente as meninas sofreram muito nas mãos dos suspeitos", explicou.
Cidade revoltada
Nesta manhã, o governo do estado divulgou uma nota lamentando o fato e manifestando solidariedade às famílias das adolescentes. A vice-governadora Margarete Coelho esteve no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e disse que as vítimas estão sendo acompanhadas por uma equipe que envolve médicos, psicólogos e assistentes sociais.
Moradores revoltados atearam fogo em frente à delegacia (Foto: João Pedro/Portal Mais Castelo)
Além do Grupamento da Polícia Militar de Castelo, foram deslocados para a cidade três outras equipes, além do Gerente de Policiamento do Interior, delegado Willame Moraes para dar apoio ao trabalho do delegado regional, Laércio Evangelista.
Revoltados com a brutalidade do crime, moradores de Castelo do Piauí protestaram na frente da delegacia da cidade. Os protestos continuaram nesta quinta-feira (28). De acordo com o delegado Laércio Evangelista, a população cobra justiça.
"A população está em alvoroço cobrando justiça em frente à delegacia", disse o delegado. Segundo ele, os quatro menores apreendidos são conhecidos na cidade e já possuem diversas passagens pela polícia. O outro foragido é um ex-presidiário.
'Usavam drogas e queriam matar', diz delegado que investiga crime no Piauí
Delegado contou que suspeitos confessaram crime e contaram os detalhes.
Jovens estavam no morro usando drogas quando avistaram as adolescentes.
O delegado da Polícia Civil do Piauí Laércio Evangelista contou nesta quinta-feira (28) que os jovens apreendidos suspeitos de amarrar, violentar e estuprar quatro adolecentes em Castelo do Piauí, a 190 km de Teresina, tinham a intenção de matá-las.
Ainda de acordo com o delegado, dois dos suspeitos confessaram o crime e contaram, em depoimento, os detalhes sobre a ação criminosa. Os jovens responderão pelo ato infracional correspondente ao crime de tentativa de homicídio e nenhum deles constituiu advogado de defesa até a publicação desta matéria.
As vítimas foram levadas para o hospital da cidade e logo depois transferidas para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). De acordo com a direção do hospital, são duas garotas de 17 anos, uma de 16 e outra de apenas 15 anos. Uma delas está em estado grave na Unidade de terapia Intensiva.
O delegado Laércio Evangelista afirmou que os jovens contaram à Polícia Civil que estavam no morro e, como de costume, usavam drogas, quando perceberam a movimentação das adolescentes. Sob o efeito dos alucinógenos, os suspeitos cometeram os crimes, considerado pelo delegado como bárbaro e cruel.
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"Em depoimento, eles contaram que estavam usando drogas no morro quando
avistaram as meninas, utilizaram cordas de rede e as amarraram em
árvores do morro, violentando-as. Utilizaram facas e as cortaram,
posteriormente, jogando as garotas de cima do morro. Queriam matá-las e
por isso vão responder pelo crime", contou.A polícia chegou até os suspeitos através de um dos adolescentes que foi apreendido. Ele confessou o crime e delatou os outros jovens envolvidos. Por conta disso, foram apreendidos outros três menores e existe um maior de idade foragido. A Polícia Civil o identificou como Adão José de Sousa, suspeito de ter assaltado um posto de gasolina há uma semana.
"Após o assalto ao posto de combustível, nós tivemos a informação de que ele poderia estar no Centro de Castelo do Piauí, e nas buscas sobre o suspeito, nós encontramos as motos das meninas no morro. Quando trazíamos para a delegacia, recebemos a visita dos familiares das vítimas que contaram ter reconhecido as motos. Ao voltar no morro, encontramos esse crime bárbaro", disse.
Uma multidão se aglomerou em frente a delegacia de Castelo do Piauí (Foto: Catarina Costa/G1)
Ainda de acordo com o delegado, a investigação trabalhou inicialmente com a ótica de sequestro, mas ao chegar no local, perceberam o resultado da ação dos criminosos. "Fazendo rondas e buscas, encontramos as meninas desacordadas e violentadas. Sobre o outro suspeito que ainda está foragido, não temos informações sobre a sua localização, mas estamos em buscas para tentar encontrá-lo e prendê-lo. Pedimos reforços da polícia civil e militar", disse.
Quatro adolescentes já foram apreendidos. O delegado contou ainda que dois deles confessaram o crime e que no depoimento contaram detalhadamente o crime. Os suspeitos não conheciam as vítimas.
Estado de saúde
Conforme boletim médico divulgado pelo hospital às 12h, uma das adolescentes está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela teve traumatismo craniano e chegou a perder parte da orelha. A garota também apresenta sangramento na barriga e os médicos tentam controlar a hemorragia.
Ainda de acordo com o boletim, outra garota sofreu afundamento da face do lado direito e também passou por cirurgia no pescoço. A adolescente que teve múltiplas lesões no couro cabeludo e ainda por todo o corpo está sob efeito de analgésico.
A única das garotas consciente foi transferida para um hospital particular por decisão da família.
"O estado em que essas meninas chegaram aqui nos assustou bastante. Todas foram vítimas de muitas lesões. Uma delas ainda está na UTI porque teve traumatismo craniano. Uma das meninas chegou a ficar com a face desfigurada", relatou o diretor do HUT, Gilberto Albuquerque.
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