Depois de trair Temer nas nomeações de segundo e terceiro escalão e
acusado de receber dinheiro de caixa dois para a sua campanha,
Mercadante joga-se aos pés do PMDB para tentar salvar a pele. A dele e a
da Dilma.
(Estadão) O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse neste
sábado, 27, que não há nem haverá base jurídica para o pedido de
impeachment da presidente Dilma Rousseff. O comentário foi feito depois
de o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), dizer que que a
delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, é a “prova” que
faltava para a Câmara dos Deputados abrir um processo de impeachment.
Dono
da UTC, Ricardo Pessoa apresentou à Procuradoria-Geral da República
documento que cita repasse de R$ 250 mil à campanha do ministro da Casa
Civil, Aloizio Mercadante, ao governo de São Paulo em 2010. A informação
consta da planilha intitulada "pagamentos ao PT por caixa dois",
entregue durante os depoimentos prestados em delação premiada.
O empreiteiro também teria citado o ministro da Secretaria de
Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha da
presidente Dilma Rousseff em 2014. Os dois ministros negam
irregularidades. “Não há absolutamente nenhuma base jurídica e não haverá (para
o impeachment). Temos total segurança de como foi feita a campanha”,
disse o ministro, em coletiva de imprensa.
Rompimento. A publicação de trechos da
delação premiada do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, deu força à
ala do PMDB que defende o início de um processo de afastamento do
governo. Questionado sobre o agravamento da crise política, Mercadante
reiterou a confiança na “parceria estratégica com o PMDB”.
“Eu dialogo todo dia com o vice-presidente, o PMDB é um
parceiro estratégico da coalizão. Tem a vice-presidência da República,
seis ministérios, a articulação política, o vice-presidente Michel Temer
tem feito um grande trabalho na articulação política. Aprovamos todas
as matérias relevantes do ajuste fiscal, com mediações do Congresso.
Tenho muita confiança nessa parceria estratégica com o PMDB”, comentou o
ministro.
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