sexta-feira, 17 de julho de 2015

Guia politicamente incorreto de sobrevivência no ensino superior - parte 2


Hoje vamos falar sobre os professores esquerdistas. Eles são as autoridades em sala de aula, irão decidir se você consegue ou não o seu diploma, tentarão te doutrinar a todo custo, e podem ser pedras enormes no seu sapato. De antemão peço desculpa aos raros bons professores do ensino superior brasileiro, pois vocês são guerreiros e merecem todo o nosso respeito e carinho. Para não ser injusta, o foco do post são os professores esquerdistas, e não os professores em geral. E obviamente, essa série dá ênfase ao que um aluno de Humanas vivencia na universidade.


O professor esquerdista

A espécie:
Como já comentei aqui, os professores esquerdistas das Universidades brasileiras são, em sua maioria, desleixados, preguiçosos, e muito dissimulados. Não podemos esperar que eles tenham comprometimento com a verdade, com pontualidade, e com nosso aprendizado. Eles cobram que o aluno compareça às aulas com pontualidade, mas usam qualquer desculpa para faltar, e muitas vezes não avisam com antecedência alguma. 
 
 
 
Eles passam vários e vários trabalhos e provas, mas provavelmente nunca veremos correção deles, ou talvez veremos apenas no final do semestre, quando sua nota já foi colocada no sistema. Didática é algo que eles não possuem, mesmo. Sim, eles fogem do assunto, enrolam, te mandam ler mil coisas, dão avaliações surpresa, e, especialmente, vão pegar MUITO no seu pé se você discordar deles. Os professores universitários são, em sua maioria, de esquerda, muitos são militantes ferrenhos, e não têm vergonha de fazer proselitismo político em sala.

Acha a Zambininha engraçada? Espera só até conhecer professores que falam essas coisas sem fazer piada.
Como lidar?

Siga as regras que o professor passa, chegue no horário, entregue os trabalhos e atividades dentro do prazo, estude muito para as provas, leia os textos que o professor passa. Isso é importante para que você tenha base para reclamar e cobrar comprometimento do professor. Se você não for um bom aluno, suas críticas serão consideradas inválidas. Isso é o básico para que você consiga ir bem na matéria, para ter liberdade para criticar o professor, e para evitar que o professor te prejudique por causa das suas idéias (isso acontece, E MUITO!). 
 
 
 
Cobre suas provas e trabalhos corrigidos, peça explicações quando não concordar com algo. Isso é o básico do básico, não é opcional. Qualquer aluno de direita que não faz isso está indo contra nossos princípios de responsabilidade pessoal. Você está pagando pela universidade (seja por meio de mensalidade, no caso de universidade particular, ou pelos seus impostos no caso de universidade pública), então faça com que esse dinheiro seja bem aproveitado.

O debatedor
Bem, agora que você sabe as regras básicas, você pode decidir se quer assumir a postura de debatedor. O debatedor questiona e demonstra que não é do tipo que fica quieto quando o professor tentar impor idéias e posicionamentos políticos. 
 
 
Essa é a postura natural que o direitista costuma assumir nos primeiros semestres, afinal, a reação de qualquer pessoa normal é de esperar que o professor perceba suas falhas (sejam elas didáticas ou de conteúdo) corrigindo-o e debatendo em sala. Isso não funciona, exceto em raras exceções. Mas o direitista tem boa fé, a gente tenta mesmo assim. Depois de algumas bordoadas percebemos que essa espécie pede um trato especial.


É importante, então, ir além do que o que o professor pede. Se ele passa uma leitura defendendo uma idéia que vai contra suas crenças, procure fazer leituras que embasem melhor o seu posicionamento. Faça leituras críticas, com anotações. Levar os estudos a sério é algo que ajuda muito a superar o professor. Agora, você pode escolher como utilizar essas informações extras: debatendo em sala, ou guardando-as para você.

Seu professor provavelmente nunca se deu ao trabalho de ler a opinião contrária a dele --- o que a maioria deles fazem é construir um espantalho do que eles acham que a direita diz e defende, sem nenhuma leitura séria dos nossos autores e teóricos. Esses espantalhos são fáceis de desconstruir se você estiver lidando com uma pessoa racional, mas professores universitários esquerdistas quase sempre não são racionais. Eles estão tão acostumados a viver num ambiente de hegemonia esquerdista, que normalmente apenas tentam invalidar o argumento contrário com uma crítica vazia do tipo "isso é absurdo", e não te deixando mais falar. Se o assunto permitir, é sempre útil recorrer a dados precisos, matemáticos, que são mais difíceis de refutar.
Então você pode estar se perguntando: se serei ignorado, qual a validade de debater com o professor? Se ele não vai mudar de idéia, pra quê todo o desgaste de estudar tanto e debater? A resposta é simples: o professor pode ser uma das raras exceções que têm bom senso. Ele pode perceber as falhas em seu raciocínio/argumento. Você nunca saberá se não tentar. É assim que geramos uma fagulha de dúvida que poderá fazer com que essa pessoa busque entender outras visões sobre aquele assunto.

Outro motivo é porque nossos colegas perceberão que existem outros pontos de vista. Eles podem não entender nossa idéia, podem não concordar, e na maioria das vezes irão ficar ao lado do professor, mas ao menos saberão que existe algo diferente. Acredite, fazer com que as pessoas da turma entendam que existe vida além da esquerda acadêmica já é um grande passo para quebrar a hegemonia do pensamento esquerdista no ensino superior brasileiro. 
 
 
Normalmente o professor vai encerrar a discussão invocando autoridade: "estudo isso há tantos anos, esse é meu trabalho, conheço vários autores, leio isso antes de você nascer", etc. Essa é a prova contundente de que se teve sucesso em provocar o professor, afinal, se a única saída é invocar a autoridade é porque ele percebeu que essa autoridade foi comprometida.
 
 
 

O provocador e o aluno invisível

Para quem é mais tímido e quer evitar debates, há alternativas, como por exemplo, fazer perguntas provando o professor de modo sutil. Para isso também é necessário estudar muito, conhecer as idéias dos autores apresentados e dos opositores. Tente procurar contradições entre os autores indicados pelo professor e pergunte a ele (em aula) com quem ele concorda. Essa abordagem pode ser muito divertida, especialmente se o professor for mau caráter.

É possível ainda assumir a postura de aluno invisível, aquele que senta no fundo, não fala durante as aulas, apenas faz os trabalhos e provas, passa na matéria e parte pra próxima. Essa abordagem não é a mais correta, pois não contribui em nada para mudar o ambiente acadêmico insalubre, mas pode ser útil para aqueles últimos semestres ou épocas em que você simplesmente não sente que tem energia para o embate.

Seja qual for a abordagem escolhida, é bom ter constância em cada matéria. Quem decide agir de modo diferente a cada aula não terá base para reclamar do professor, e ele irá esperar coisas que nem sempre estamos prontos para fazer. 


Se decidir ser aluno invisível não dá para esperar que o professor receba bem suas críticas à didática dele, pois ele provavelmente dirá que você foi um aluno medíocre e que não pode reclamar. Se assumir a postura de debatedor, se prepare bem em todas as aulas, pois no dia em que você quiser ficar quietinho no fundo da sala bancando o invisível, o professor provavelmente vai notar e vai te questionar, talvez até tentar te desmoralizar perguntando se você leu o texto. 


É importante ficar atento, pois pequenos deslizes podem comprometer sua imagem de referencial para seus colegas.


Amanhã falaremos sobre alguns tipos de militantes universitários. Conheceremos os hábitos de espécies folclóricas como a feminazi, o Zé-DCE, o vegano, dentre outros. Até amanhã.

Nenhum comentário: