- 24/11/2015 21h49
- Rio de Janeiro
Cristina Indio do Brasil - Repórter Agência Brasil
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
confirmou hoje (24) que concedeu financiamento para empresas do grupo
São Fernando. O banco esclareceu que tem dois tipos de operações de
financiamento com o grupo, uma com contrato direto e outra com contrato
indireto, firmados entre 2008 e 2012. As empresas pertencem ao
pecuarista José Carlos Bumlai, preso hoje (24) na 21ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Operação Passe Livre.
A empresa São Fernando Açúcar e Álcool Ltda, sediada no município de Dourados (MS) recebeu, com contrato direto, do banco R$ 395,173 milhões para financiar a implementação de uma usina produtora de açúcar e etanol e para a implantação do seu primeiro sistema de cogeração de energia elétrica a partir do bagaço de cana-de-açúcar, que é complementar ao processo de produção de açúcar e álcool da unidade. Para a construção da usina, os créditos somaram R$ 330,509 milhões, em contrato fechado no dia 12 de dezembro de 2008. No empréstimo para a cogeração, o contrato assinado no dia 3 de fevereiro de 2009 ficou em R$ 64,664 milhões.
Além dos créditos liberados, de maneira direta, para a São Fernando Açúcar e Álcool, há o contrato, em operação indireta, para a São Fernando Energia, no valor de R$ 101,5 milhões, assinado no dia 23 de julho de 2012. Ele se destinou ao repasse de recursos à empresa, por meio dos agentes financeiros Banco do Brasil e BTG, para a implantação de um segundo sistema de cogeração, também acoplado aos outros processos produtivos da unidade São Fernando Açúcar e Álcool.
Conforme o banco, o modelo de operação é comum no setor sucroalcooleiro e a instituição tem outros contratos de financiamento para unidades de cogeração acopladas, como ocorreu nesta operação. “Os agentes financeiros da operação indireta foram o Banco do Brasil e a BTG Pactual. Como é de praxe nesse tipo de operação, os agentes foram responsáveis pela análise cadastral do cliente e assumiram o risco da operação. A concessão dos créditos à São Fernando seguiu todos os procedimentos do BNDES, com total lisura e sem qualquer irregularidade”, garantiu o banco.
De acordo com o BNDES, o cadastro da empresa na Receita Federal estava ativo naquela época, ao contrário do divulgado em matérias na imprensa, nas quais é informado que o ano do contrato de operação de crédito para as duas empresas é 2005.
Para a instituição, não é correto afirmar que o financiamento foi destinado a uma empresa que tinha menos de dez funcionários. “Qualquer avaliação de grau de atividade da unidade de cogeração ou de seu contingente de empregados não pode ser feita de forma isolada e independentemente dos demais processos da usina como um todo”, explicou.
O banco assegurou também que as normas internas da instituição foram observadas em todas as operações e que atualmente o BNDES tem garantias reais para fazer frente a dívida existente e o crédito está em processo de recuperação.
“Todas as medidas judiciais em face de São Fernando e dos garantidores foram tomadas pelo BNDES e estão em andamento, dentre elas, no bojo da recuperação judicial, o pedido de decretação de falência da São Fernando”, concluiu.
Edição: Fábio Massalli
Se Bumlai abrir a boca, Lula estará definitivamente perdido. Mas, como se sabe, os mafiosos costumam preservar os seus. Avante, Moro, o chefão está cada vez mais perto:
A empresa São Fernando Açúcar e Álcool Ltda, sediada no município de Dourados (MS) recebeu, com contrato direto, do banco R$ 395,173 milhões para financiar a implementação de uma usina produtora de açúcar e etanol e para a implantação do seu primeiro sistema de cogeração de energia elétrica a partir do bagaço de cana-de-açúcar, que é complementar ao processo de produção de açúcar e álcool da unidade. Para a construção da usina, os créditos somaram R$ 330,509 milhões, em contrato fechado no dia 12 de dezembro de 2008. No empréstimo para a cogeração, o contrato assinado no dia 3 de fevereiro de 2009 ficou em R$ 64,664 milhões.
Além dos créditos liberados, de maneira direta, para a São Fernando Açúcar e Álcool, há o contrato, em operação indireta, para a São Fernando Energia, no valor de R$ 101,5 milhões, assinado no dia 23 de julho de 2012. Ele se destinou ao repasse de recursos à empresa, por meio dos agentes financeiros Banco do Brasil e BTG, para a implantação de um segundo sistema de cogeração, também acoplado aos outros processos produtivos da unidade São Fernando Açúcar e Álcool.
Conforme o banco, o modelo de operação é comum no setor sucroalcooleiro e a instituição tem outros contratos de financiamento para unidades de cogeração acopladas, como ocorreu nesta operação. “Os agentes financeiros da operação indireta foram o Banco do Brasil e a BTG Pactual. Como é de praxe nesse tipo de operação, os agentes foram responsáveis pela análise cadastral do cliente e assumiram o risco da operação. A concessão dos créditos à São Fernando seguiu todos os procedimentos do BNDES, com total lisura e sem qualquer irregularidade”, garantiu o banco.
De acordo com o BNDES, o cadastro da empresa na Receita Federal estava ativo naquela época, ao contrário do divulgado em matérias na imprensa, nas quais é informado que o ano do contrato de operação de crédito para as duas empresas é 2005.
Para a instituição, não é correto afirmar que o financiamento foi destinado a uma empresa que tinha menos de dez funcionários. “Qualquer avaliação de grau de atividade da unidade de cogeração ou de seu contingente de empregados não pode ser feita de forma isolada e independentemente dos demais processos da usina como um todo”, explicou.
O banco assegurou também que as normas internas da instituição foram observadas em todas as operações e que atualmente o BNDES tem garantias reais para fazer frente a dívida existente e o crédito está em processo de recuperação.
“Todas as medidas judiciais em face de São Fernando e dos garantidores foram tomadas pelo BNDES e estão em andamento, dentre elas, no bojo da recuperação judicial, o pedido de decretação de falência da São Fernando”, concluiu.
Edição: Fábio Massalli
Outro amigo de Lula na cadeia: fala aí, Bumlai.
Se Bumlai abrir a boca, Lula estará definitivamente perdido. Mas, como se sabe, os mafiosos costumam preservar os seus. Avante, Moro, o chefão está cada vez mais perto:
A Polícia
Federal e a Receita deflagraram na manhã desta terça-feira, 24, a
Operação Passe Livre, 21ª fase da Operação Lava Jato. As investigações
desta etapa, segundo a PF, partem de apuração das circunstâncias de
contratação de navio sonda pela Petrobrás com ‘concretos indícios de
fraude no procedimento licitatório’. O empresário José Carlos Bumlai,
amigo do ex-presidente Lula, foi preso preventivamente em Brasília.
Sócios do Frigorífico Bertin estão entre os alvos de condução coercitivas da 21 fase da Operação Lava Jato.
O
pecuarista estava na capital federal, pois prestaria depoimento à CPI do
BNDES hoje. Ele estava no hotel Golden Tulip, a poucos metros do
Palácio da Alvorada. Bumlai será levado para a Superintendência da
Polícia Federal em Curitiba.
O amigo
de Lula foi citado por dois delatores da Lava Jato. O lobista Fernando
Baiano, um dos delatores do esquema de corrupção instalado na Petrobrás
entre 2004 e 2014, declarou que repassou a Bumlai quase R$ 2 milhões
destinados à mulher de um dos filhos de Lula.
Segundo
outro delator, Eduardo Musa, ex-gerente da Petrobrás, Bumlai intermediou
o pagamento de uma conta do PT de R$ 60 milhões, originada na campanha à
reeleição de Lula, em 2006.
Segundo a
PF, 140 policiais federais e 23 auditores fiscais cumprem 25 mandados
de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e 6 mandados de
condução coercitiva – quando o investigado é levado para depor – nas
cidades de São Paulo, Lins (SP), Piracicaba (SP), Rio de Janeiro, Campo
Grande (MS), Dourados (MS) e Brasília.
“Segundo
apurações, complexas medidas de engenharia financeira foram utilizadas
pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dos
valores indevidos pagos a agentes públicos e diretores da estatal”,
informou a PF em nota.
Os
investigados nesta fase responderão pelos crimes de fraude à licitação,
falsidade ideológica, falsificação de documentos, corrupção ativa e
passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
A defesa
do pecuarista disse que desconhece a prisão de Bumlai. O criminalista
Arnaldo Malheiros Filho, advogado do amigo de Lula, disse que Bumlai
está em Brasília para depor na CPI. Malheiros disse que não foi
informado sobre os motivos da prisão. (Estadão).
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