De acordo com dados são do relatório Education at a Glance 2015, divulgados na terça-feira (24) pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil está em terceiro no ranking de nações que, proporcionalmente, mais destinam recursos para a Educação. Além disso, em 2012, 17,2% dos gastos públicos brasileiros foram direcionados para o setor.
Mesmo assim, o Brasil está abaixo da média das nações analisadas quando se leva em conta o quanto é investido por aluno anualmente. De acordo com o estudo, o país gasta, por ano, US$ 3.441 para cada estudante matriculado na rede pública do ensino básico até o ensino superior, estando à frente só de países como Indonésia, Colômbia, Turquia e México. A média da OCDE é de US$ 9.317, e os valores foram convertidos para o dólar americano pela metodologia paridade do poder de compra.
Um professor em início de carreira no Brasil, por exemplo, recebe cerca de 12 mil dólares anuais – menos da metade da remuneração inicial dos docentes de outros países da OCDE.
Conforme Francisco Soares, presidente do Inep, “a nossa dívida educacional é muito grande, mas ela está sendo paga”. “Estamos fazendo um enorme esforço para colocar mais recursos na educação”, completou.
A evolução do Brasil em uma série de indicadores apresentados no estudo, em algumas partes, confirma a fala de Soares, como exemplo o aumento da proporção dos recursos investidos na Educação, visto que em 2012 o Brasil passou a destinou 4,7% do PIB para o setor – doze anos antes, o percentual era de 2,4%.
Também, o Brasil teve outro resultado positivo ao comparar as taxas de escolaridade em diferentes gerações. Segundo o estudo, apenas 28% dos brasileiros na faixa etária dos 55 aos 64 possuem um diploma do Ensino Médio, no entanto, a proporção aumenta para 61% quando se analisa a taxa de conclusão do ensino médio entre os jovens com idade entre 25 e 34 anos.
Embora que em passos lentos, o número de pessoas que terminaram a faculdade no país também avançou nos últimos anos. Entre 2009 e 2013, a proporção de brasileiros que tinha um diploma de ensino superior subiu de 11% para 14%.
De qualquer forma, entre os países analisados, o Brasil tem uma das piores taxas de conclusão de ensino médio entre jovens de 25 e 34 anos. E, ainda de acordo com o estudo, quase dois terços dos jovens de 20 a 25 anos não está estudando.
Vale destacar também que 20% dos brasileiros de 20 a 29 fazem parte da geração nem-nem, aquela formada pelas pessoas que não trabalham e não estudam.
Vários outros dados do estudo contrariam o lema declamado por Dilma Rousseff, durante a cerimônia de posse de seu segundo mandato, de que o Brasil seria uma pátria educadora. Aliás, o país está muito longe disso, caminhando em passos de tartaruga, quase parando. (Com informações da Exame)
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