A ação ocorre uma semana após Lula pedir ao PT para poupar Eduardo Cunha
Publicado: 06 de novembro de 2015 às 09:36 - Atualizado às 10:23
Diário do Poder
Os dois grupos firmaram um pacto de não agressão que envolve interesses do PT, do PMDB. Foto: Veja
Aliados dos presidentes
da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), atuaram nessa quinta-feira (5), em duas CPIs para evitar
convocações de ex-assessores e do filho do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. A ação coordenada ocorre uma semana após Lula pedir ao PT
para poupar Cunha de críticas durante a última reunião do diretório
nacional, em Brasília.
Segundo fontes do jornal O Estado de S.
Paulo, a blindagem a Lula é resultado das conversas conduzidas por ele e
por outros petistas da confiança do ex-presidente com aliados de Cunha e
de Renan nas últimas três semanas. Os dois grupos firmaram um pacto de
não agressão que envolve interesses do PT, do PMDB e de vários políticos
investigados pela Operação Lava Jato.
A senha para o armistício foi dada pelo
próprio Lula na semana passada, quando o petista pediu ao PT que desse
amplo direito de defesa a Cunha e aos demais alvos do procurador-geral
da República, Rodrigo Janot. O presidente da Câmara e Renan são
investigados por Janot.
Com a avanço das apurações sobre o entorno
do ex-presidente, ele teme que eventuais ataques do PT a Cunha possam
ser alvo de revide do PMDB nas duas Casas legislativas. Lula também
avalia que Cunha pode aceitar o pedido de impeachment da presidente
Dilma Rousseff para pressionar petistas a defendê-lo no Conselho de
Ética da Câmara dos Deputados.
Como resultado, ontem, na comissão de
inquérito do Senado que investiga irregularidades no Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), os governistas liderados por
PT e PMDB conseguiram derrubar o requerimento de convocação do filho
caçula do ex-presidente, Luís Cláudio Lula da Silva. Ele é dono de uma
empresa que apareceu nas investigações da Operação Zelotes, que apura
esquema criminoso no Carf.
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