- 11/12/2015 20h03
- Brasília
Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil
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O PSDB informou ainda que a posição externada ontem (10), durante reunião das principais lideranças do partido, em Brasília, “parte da constatação de que a presidente efetivamente cometeu crime de responsabilidade”.
“Já é hora de a presidente dedicar-se à defesa das graves acusações que lhe são imputadas e deixar de lado a inócua retórica política, com a qual tem buscado se defender e terceirizar responsabilidades”, destacou a nota.
De acordo com o documento, o pedido de impeachment tem como sustentação um crime de responsabilidade. "O pedido sustenta-se no cometimento de um crime de responsabilidade pela presidente. As pedaladas fiscais violaram a Constituição e se constituíram em mais uma ferramenta para enganar a população e vencer as eleições, já que serviram para esconder do país a real situação das contas públicas.”
Edição: Armando Cardoso
Presidente Dilma “Totalmente abatida” diz que a culpa do Impeachment é do PSDB
A presidente Dilma Rousseff afirmou
nesta sexta-feira (11) que a base do pedido de abertura do processo de
impeachment aceito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é
o PSDB. Dilma deu a declaração após participar da 21ª edição do Prêmio
Direitos Humanos, no Palácio do Planalto.
Nesta quinta (10), após reunião entre
integrantes da alta cúpula do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso afirmou que há “razão consistente” para o impeachment de Dilma.
No encontro, os tucanos fecharam acordo para unificar o discurso em
torno da defesa do processo de impedimento da presidente.
Apesar de integrantes do PSDB, maior
partido da oposição ao governo de Dilma, virem se posicionamento
favoravelmente ao impeachment, FHC ainda não havia defendido o processo
publicamente. Nesta quinta, FHC ponderou que, mesmo com razões para
impeachment, é preciso ter “clima político” favorável ao processo.
“Não é nenhuma novidade. Não é possível
que os jornalistas aqui presentes tenham ficado surpreendidos. Aliás, a
base do pedido [de impeachment] e das propostas do presidente da Câmara é
o PSDB, sempre foi. Ou alguém aqui desconhece esse fato?”, questionou
Dilma, ao ser indagada sobre o posicionamento do PSDB.
Sobre o mesmo tema, o ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que o PSDB busca desde o primeiro
dia após o resultado das eleições de 2014 “construir um processo de
questionamento” do resultado das urnas.
“Buscam recontagem dos votos, dizem que
máquinas não funcionaram, tentam encontrar fatos para o impeachment,
fazem um pedido, substituem por outro, não vejo nenhuma novidade na
posição que o partido oposicionista vem tendo neste momento”, afirmou
Cardozo.
“O que eu lamento, apenas, é que algumas
pessoas que historicamente ajudaram a construir a democracia no Brasil e
que têm uma biografia na luta, na defesa do estado de direito, parece
que esqueceram do que defenderam no passado e agora, por questões
momentâneas e episódicas, abrem mão de princípios para se somar a uma
situação de busca de impeachment que não tem a menor base
constitucional, não tem a menor justa causa”, defendeu o ministro.
Relação com Temer e PMDB
Durante a entrevista, a presidente foi questionada sobre a reunião que teve na última quarta com o vice-presidente Michel Temer. Na ocasião, os dois afirmaram – ela em nota oficial e ele, em entrevista –, que manterão, de agora em diante, uma relação “institucional”.
A relação entre os dois piorou nos últimos dias após Temer enviar a Dilma uma carta na qual abordou suposta desconfiança dela em relação a ele e ao PMDB. Naquele mesmo dia, em entrevista no Planalto, ela havia reforçado que não desconfia dele “nem um milímetro”.
Nesta quinta, Dilma relatou que teve um diálogo “pessoal e institucionalmente muito rico”.
A presidente foi questionada ainda sobre um suposto pedido de Temer para que ela não interferisse na disputa pela liderança do PMDB na Câmara. Segundo o Blog do Camarotti, o vice-presidente advertiu que isso poderia ter desdobramentos políticos sérios para o governo.
“O vice-presidente Michel Temer, presidente do PMDB, eu entendo que ele tenha considerações a respeito do PMDB. Agora, o governo não tem nenhum interesse em interferir nem no PT, nem no PMDB, nem no PR. Mas o governo vai lutar contra o impeachment”, ressaltou Dilma.
Durante a entrevista, a presidente foi questionada sobre a reunião que teve na última quarta com o vice-presidente Michel Temer. Na ocasião, os dois afirmaram – ela em nota oficial e ele, em entrevista –, que manterão, de agora em diante, uma relação “institucional”.
A relação entre os dois piorou nos últimos dias após Temer enviar a Dilma uma carta na qual abordou suposta desconfiança dela em relação a ele e ao PMDB. Naquele mesmo dia, em entrevista no Planalto, ela havia reforçado que não desconfia dele “nem um milímetro”.
Nesta quinta, Dilma relatou que teve um diálogo “pessoal e institucionalmente muito rico”.
A presidente foi questionada ainda sobre um suposto pedido de Temer para que ela não interferisse na disputa pela liderança do PMDB na Câmara. Segundo o Blog do Camarotti, o vice-presidente advertiu que isso poderia ter desdobramentos políticos sérios para o governo.
“O vice-presidente Michel Temer, presidente do PMDB, eu entendo que ele tenha considerações a respeito do PMDB. Agora, o governo não tem nenhum interesse em interferir nem no PT, nem no PMDB, nem no PR. Mas o governo vai lutar contra o impeachment”, ressaltou Dilma.
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