Técnicas de conservação do solo garantem proteção das cabeceiras
Por Marcos PiovesanTopografia é umas dessas palavras que costumamos ouvir, mas que pouco sabemos a respeito. Afinal, o que é topografia? Para que serve? E o que topografia pode ter a ver com conservação do meio ambiente?
Topografia é a descrição detalhada das formas, alturas e níveis de um terreno. Quando fazemos um estudo topográfico, podemos descobrir qual a melhor maneira de se lidar com uma área de acordo com nossos objetivos. Sendo assim, essa técnica também pode ser uma aliada no aprimoramento de ações de preservação ambiental.
Foi com essa ideia que o Consórcio Intermunicipal do Alto do Rio Paraguai, o Instituto Pantanal Amazônia de Conservação, a Prefeitura de Tangará da Serra e o WWF-Brasil, ofereceram um curso de Capacitação em Topografia para 22 profissionais de oito municípios da região da Bacia do Alto Paraguai.
O curso ministrado pelo professor Flavio Koehler, com carga horária de 16 horas, apresentou conteúdo teórico e prático. Seu principal objetivo foi o ensino de demarcação de Curvas de Nível; manejo do solo feito para a prevenção de erosão e para facilitar a penetração da água e a retenção de nutrientes.
Esta iniciativa deu-se graças às articulações, compromissos e desafios propostos pelo Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal. “Esse curso vem contribuir para algumas das 34 ações definidas na criação do Pacto. Esperamos que, com a ajuda de signatários, a gente consiga oferecer novas oportunidades para que essas ações de conservação sejam incorporadas às agendas locais”, destaca Breno Melo, analista de conservação do WWF-Brasil.
Segundo Rodrigo Faccioni, Coordenador da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Tangará da Serra- MT: “os participantes foram provocados a apresentar, num próximo momento, produtos desse curso, como número de hectares de terra com curvas de nível demarcadas e projetos para adequação de estradas. Além disso, foram estimulados a replicarem as informações recebidas com outros profissionais em seus municípios”.
Alunos e signatários do Pacto esperam agora a realização de um novo curso, voltado para a readequação de estradas rurais, objetivando a redução de gastos na manutenção destas rotas, o aumento de infiltração da água no solo e a prevenção de assoreamento de córregos e rios da região.
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