Atraso para lidar com clima pode sair caro, diz relatório da ONU
Os países demoraram tanto para combater as mudanças climáticas que a situação chegou num ponto crítico, e o risco de gastar quantias enormes para resolver o problema está aumentando, segundo a versão preliminar de um novo relatório do IPCC (painel de mudanças climáticas da ONU) que vazou na semana passada.
De acordo com os especialistas, outros 15 anos de fracasso em limitar as emissões de carbono podem tornar impossível resolver o problema com as tecnologias atuais.
Esse atraso provavelmente forçará as gerações futuras a desenvolver meios de retirar os gases-estufa da atmosfera para preservar a viabilidade do planeta.
O texto diz também que os países ainda gastam mais para subsidiar combustíveis fósseis do que para acelerar a mudança em direção a fontes de energia mais limpas.
E é verdade, segundo o texto, que a vontade política de atacar o problema das mudanças climáticas cresce em muitos países, mas a iniciativa está sendo superada pelo aumento das emissões.
O rascunho que vazou é a terceira e última parte do relatório que o IPCC está elaborando e deve ser publicado em abril, em Berlim.
A recomendação do painel é que as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono fiquem abaixo das 500 partes por milhão. Se os países permitirem que as emissões continuem a crescer até 2030, será impossível manter esse alvo –não sem um programa extremamente caro para reconstruir o sistema energético.
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