A organização Solidariedade Sem Fronteiras, que ajuda médicos da ilha que querem desertar, recebe por semana até oito telefonemas de interessados; 90% vêm dos que atuam na Venezuela
A cada semana, a organização cubano-norte-americana com sede em Miami, Solidariedade Sem Fronteiras,
recebe entre sete ou oito telefonemas de médicos cubanos que prestam
serviço na região e que querem desertar.
Mais de 90% desses telefonemas provêm da Venezuela. Alguns, da Nicarágua e de Bolívia, e se previa que logo poderiam aparecer os telefonemas vindos do Brasil. Segundo os cálculos da instituição, cerca de 5.000 médicos, enfermeiros e terapeutas cubanos desertaram das missões internacionais na última década. E a maioria deles veio a parar no sul do Estado da Flórida.
Os médicos são a matéria prima mais rentável do Governo de Havana. De acordo com cálculos extraoficiais, cerca de 50.000 deles prestam atualmente serviço no estrangeiro. Estão concentrados, especialmente, nos países que integram a Aliança Bolivariana para as Américas (Alva): Venezuela, Brasil, Nicarágua, Bolívia, Argentina, Equador, Haiti, Guatemala, Nicarágua, Panamá, Peru, Honduras, Paraguai, Uruguai, Suriname, Santa Lúcia e São Vicente e Granadinas.
E as universidades cubanas se orgulham de ter a capacidade de graduar cerca de 5.000 profissionais mais a cada ano para fornecer para a demanda internacional, em troca de petróleo, alimentos e investimentos.
As missões médicas foram, além disso, uma importante via de escape para os cubanos que buscam desertar. Antes de que entrasse em vigor a reforma migratória de janeiro de 2013, que permite aos cubanos com passaporte e visto viajar fora da ilha, o caminho de fuga predileto era a Venezuela.
“Lá vivem em péssimas condições, são enviados aos piores locais, onde vivem os delinquentes, sem nenhuma garantia para suas vidas”, assegura Julio César Alfonzo, médico cubano, graduado em 1992 na Universidade de Havana, e atual diretor da Solidariedade Sem Fronteiras, uma organização que se encarrega de oferecer apoio logístico e econômico aos cubanos que planejam desertar das missões médicas internacionais.
Mas as piores baixas que teve a missão médica cubana na Venezuela foram devido à violência de rua, que só durante 2013 matou mais de 24.700 pessoas, segundo cifras extraoficiais. A última vez que o Governo de Caracas informou sobre o número de médicos cubanos assassinados no país foi em abril de 2010 e, até então, haviam morrido 68.
Em vista disso, o Ministério do Poder Popular para a Saúde colocou uma placa em homenagem a eles em um centro de saúde do Leste de Caracas que diz: “Aos colaboradores da saúde mortos em terras bolivarianas durante o cumprimento de seu dever”, como se tivessem morrido em batalha.
Mais de 90% desses telefonemas provêm da Venezuela. Alguns, da Nicarágua e de Bolívia, e se previa que logo poderiam aparecer os telefonemas vindos do Brasil. Segundo os cálculos da instituição, cerca de 5.000 médicos, enfermeiros e terapeutas cubanos desertaram das missões internacionais na última década. E a maioria deles veio a parar no sul do Estado da Flórida.
Os médicos são a matéria prima mais rentável do Governo de Havana. De acordo com cálculos extraoficiais, cerca de 50.000 deles prestam atualmente serviço no estrangeiro. Estão concentrados, especialmente, nos países que integram a Aliança Bolivariana para as Américas (Alva): Venezuela, Brasil, Nicarágua, Bolívia, Argentina, Equador, Haiti, Guatemala, Nicarágua, Panamá, Peru, Honduras, Paraguai, Uruguai, Suriname, Santa Lúcia e São Vicente e Granadinas.
E as universidades cubanas se orgulham de ter a capacidade de graduar cerca de 5.000 profissionais mais a cada ano para fornecer para a demanda internacional, em troca de petróleo, alimentos e investimentos.
As missões médicas foram, além disso, uma importante via de escape para os cubanos que buscam desertar. Antes de que entrasse em vigor a reforma migratória de janeiro de 2013, que permite aos cubanos com passaporte e visto viajar fora da ilha, o caminho de fuga predileto era a Venezuela.
“Lá vivem em péssimas condições, são enviados aos piores locais, onde vivem os delinquentes, sem nenhuma garantia para suas vidas”, assegura Julio César Alfonzo, médico cubano, graduado em 1992 na Universidade de Havana, e atual diretor da Solidariedade Sem Fronteiras, uma organização que se encarrega de oferecer apoio logístico e econômico aos cubanos que planejam desertar das missões médicas internacionais.
Mas as piores baixas que teve a missão médica cubana na Venezuela foram devido à violência de rua, que só durante 2013 matou mais de 24.700 pessoas, segundo cifras extraoficiais. A última vez que o Governo de Caracas informou sobre o número de médicos cubanos assassinados no país foi em abril de 2010 e, até então, haviam morrido 68.
Em vista disso, o Ministério do Poder Popular para a Saúde colocou uma placa em homenagem a eles em um centro de saúde do Leste de Caracas que diz: “Aos colaboradores da saúde mortos em terras bolivarianas durante o cumprimento de seu dever”, como se tivessem morrido em batalha.
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