- 11/02/2014 20h07
- Brasília
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
Edição: Carolina Pimentel
A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou
hoje (11) a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade.
Em comunicado, no site da ONU, o representante para América do
Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos,
Amerigo Incalcaterra, manifestou preocupação com a violência nas
manifestações no Brasil. Incalcaterra ofereceu às autoridades
brasileiras a assessoria técnica e a experiência internacional do Alto
Comissariado em matéria de direitos humanos.
Santiago Andrade foi ferido, na cabeça, por um rojão quando fazia a cobertura de um protesto no Rio de Janeiro na semana passada e, ontem (10), teve morte cerebral. Incalcaterra solidarizou-se com os parentes do cinegrafista e mostrou preocupação pelas "alegações de uso excessivo da força e de detenções arbitrárias de manifestantes e jornalistas por parte das forças policiais" durante as manifestações que têm ocorrido no país.
Ele disse também que “os protestos pacíficos e a liberdade para informar sobre o desenvolvimento deles são um aspecto fundamental de uma democracia dinâmica e uma ferramenta indispensável para fortalecer os direitos humanos”. Porém, pediu que as pessoas se manifestam sem atos violentos. “A violência, de maneira alguma, é o meio para reivindicar direitos”.
O representante lembrou que o Estado brasileiro tem o dever de assegurar que as forças policiais e de ordem respeitem a todo momento e circunstância os princípios de necessidade e proporcionalidade no uso da força, conforme os tratados e padrões internacionais de direitos humanos.
Incalcaterra solicitou às autoridades brasileiras que “garantam o exercício do direito às liberdades de expressão e reunião pacífica, além de prevenir e investigar de forma imediata, independente, imparcial e efetiva qualquer uso excessivo da força”.
Citando os grandes eventos, o representante disse que embora o Estado brasileiro tenha a responsabilidade de garantir a segurança pública por meio de um marco legislativo adequado – ainda em eventos como a Copa do Mundo –, “isso não deve impedir nem dissuadir o exercício legítimo do direito a se manifestar e protestar”.
O carioca Santiago Andrade era casado há 30 anos com Arlita Andrade. Ele deixou uma filha e três enteados. Profissional há cerca de 20 anos, ele trabalhava na Rede Bandeirantes de Televisão há quase dez anos. O cinegrafista ganhou dois prêmios de jornalismo (Prêmio Mobilidade Urbana), nos anos de 2010 e 2012, por matérias sobre a dificuldade de transporte.
Destacou-se na cobertura das chuvas na região serrana do Rio, em janeiro de 2011, e em Xerém, em janeiro do ano passado.
A polícia já identificou os dois manifestantes envolvidos no disparo do artefato explosivo. Um deles é o tatuador Fábio Raposo, que após se entregar à polícia, confessou ter repassado o explosivo ao suspeito de acender e lançar o rojão. Este foi identificado pela polícia como sendo Caio Silva de Souza e ainda está sendo procurado.
Santiago Andrade foi ferido, na cabeça, por um rojão quando fazia a cobertura de um protesto no Rio de Janeiro na semana passada e, ontem (10), teve morte cerebral. Incalcaterra solidarizou-se com os parentes do cinegrafista e mostrou preocupação pelas "alegações de uso excessivo da força e de detenções arbitrárias de manifestantes e jornalistas por parte das forças policiais" durante as manifestações que têm ocorrido no país.
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Ele disse também que “os protestos pacíficos e a liberdade para informar sobre o desenvolvimento deles são um aspecto fundamental de uma democracia dinâmica e uma ferramenta indispensável para fortalecer os direitos humanos”. Porém, pediu que as pessoas se manifestam sem atos violentos. “A violência, de maneira alguma, é o meio para reivindicar direitos”.
O representante lembrou que o Estado brasileiro tem o dever de assegurar que as forças policiais e de ordem respeitem a todo momento e circunstância os princípios de necessidade e proporcionalidade no uso da força, conforme os tratados e padrões internacionais de direitos humanos.
Incalcaterra solicitou às autoridades brasileiras que “garantam o exercício do direito às liberdades de expressão e reunião pacífica, além de prevenir e investigar de forma imediata, independente, imparcial e efetiva qualquer uso excessivo da força”.
Citando os grandes eventos, o representante disse que embora o Estado brasileiro tenha a responsabilidade de garantir a segurança pública por meio de um marco legislativo adequado – ainda em eventos como a Copa do Mundo –, “isso não deve impedir nem dissuadir o exercício legítimo do direito a se manifestar e protestar”.
O carioca Santiago Andrade era casado há 30 anos com Arlita Andrade. Ele deixou uma filha e três enteados. Profissional há cerca de 20 anos, ele trabalhava na Rede Bandeirantes de Televisão há quase dez anos. O cinegrafista ganhou dois prêmios de jornalismo (Prêmio Mobilidade Urbana), nos anos de 2010 e 2012, por matérias sobre a dificuldade de transporte.
Destacou-se na cobertura das chuvas na região serrana do Rio, em janeiro de 2011, e em Xerém, em janeiro do ano passado.
A polícia já identificou os dois manifestantes envolvidos no disparo do artefato explosivo. Um deles é o tatuador Fábio Raposo, que após se entregar à polícia, confessou ter repassado o explosivo ao suspeito de acender e lançar o rojão. Este foi identificado pela polícia como sendo Caio Silva de Souza e ainda está sendo procurado.
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