Volume de acessos derruba enquete sobre família no site da Câmara
Com 175 mil votos, consulta que
pergunta aos brasileiros se a família só pode ser iniciada por casais
héteros sofre com horários de pico e ação de 'robôs'; resultado segue
parelho.
São Paulo – Desde terça-feira (11), uma enquete no site da Câmara dos Deputados
que pergunta aos brasileiros se a família é o núcleo exclusivamente
formado pela união entre homem e mulher mobilizou as redes sociais: 175
mil votos foram registrados até o momento, mas lentidão e quedas de
página estão dificultando a participação de quem tenta dar opinião sobre
o assunto.
Entre as 11h30 e as 12h20 de hoje (14), tentamos acessar a página diversas vezes, mas recebemos apenas a mensagem de "Erro 503", que aponta indisponibilidade do servidor.
Entre as 11h30 e as 12h20 de hoje (14), tentamos acessar a página diversas vezes, mas recebemos apenas a mensagem de "Erro 503", que aponta indisponibilidade do servidor.
Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, o
problema é que o tema se popularizou nas redes sociais e causou excesso
de tráfego na página.
Os piores horários seriam os da hora do almoço e
pouco antes ou logo depois do horário de expediente, quando mais pessoas
acessam páginas de interesse pessoal.
A possibilidade de interferência
de hackers foi descartada pela Câmara, mas o excesso de tráfego na rede
pode estar sendo causado também pela ação de aplicativos que registram
votos com grande velocidade, sequencialmente.
Ontem, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) e
movimentos pelos direitos LGBTT comemoravam o resultado favorável aos
casais homoafetivos: até então com 114 mil votos contabilizados, 52,1%
das respostas indicavam que a família não precisa ser formada
necessariamente pela união de homem e mulher, contra 47,9% que defendem a
união hétero como única capaz de dar início a um núcleo familiar.
Hoje, com 175 mil votos, o resultado virou, mas
continua parelho: 53% dos votantes afirmam que a família só é formada
pela união entre homem e mulher, contra 47% que defendem o direito de
casais homoafetivos de serem considerados famílias.
A enquete baseia-se no projeto de lei do deputado
Anderson Ferreira (PR-PE), integrante da bancada evangélica, que busca
criar o Estatuto da Família. O texto propõe que o governo tome postura
ativa em defesa das "condições mínimas para a sobrevivência da família formada a partir da união entre homem e mulher".
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