segunda-feira, 10 de março de 2014

Dilma se reúne com cúpula do PMDB no Planalto para tentar pôr fim à crise


10/03/2014 10h26 -

No domingo, presidente também se reuniu com Michel Temer, no Alvorada.


Crise entre partidos se aprofundou por palanques estaduais e ministérios.

Juliana Braga e Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília

Um dia após se reunir com o vice-presidente Michel Temer para tentar conter a crise entre PT e PMDB, a presidente Dilma Rousseff voltou a se reunir nesta segunda-feira (10) com líderes peemedebistas. No primeiro compromisso do dia no Palácio do Planalto, Dilma recebeu o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O encontro, que teve início às 9h40, foi agendado para tentar colocar um fim aos desentendimentos entre o governo e o PMDB. A reunião com Renan também foi acompanhada pelo líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), pelo líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), além de Temer e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais).


Por volta das 10h40, o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp(RR), e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), se juntaram aos demais peemedebistas no gabinete presidencial. 

Uma hora depois, os três senadores do PMDB deixaram a reunião, e o encontro passou a tratar exclusivamente das demandas da Câmara.

As reuniões foram acertadas no domingo (09), durante encontro que Dilma teve com o vice-presidente da República, um das principais lideranças do PMDB. 

Nesta segunda, a petista irá discutir a formação de alianças regionais nas eleições de outubro. Alguns peemedebistas alegam "falta de diálogo" sobre os palanques nas campanhas deste ano.

Entre os estados em que há maior divergência entre PT e PMDB no lançamento de candidatos a governador estão Rio de Janeiro, Paraná e Ceará.

Antes de se reunir com Dilma, Temer conversou no Palácio do Jaburu com o presidente da legenda, senador Valdir Raupp (RO), o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), e os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). 

A "reunião prévia" serviu para alinhar o discurso da cúpula do PMDB e assinalar a principais reivindicações da legenda.

Após se encontrar com Dilma, Temer retornou ao Palácio do Jaburu para relatar a conversa com a presidente aos colegas peemedebistas. 

De acordo com informações das autoridades que participaram do encontro, as conversas para melhorar a relação entre o governo e o PMDB vão continuar. 

Nesta segunda (10), às 9h30, a presidente Dilma se reunirá com Temer, Renan Calheiros e Eunício Oliveira. 

Uma hora depois, às 10h30, o encontro será com Henrique Eduardo Alves e Valdir Raupp.

O objetivo da primeira reunião deverá ser debater as reivindicações do partido no Senado. 

O segundo encontro, mais delicado, deverá tratar da relação entre PMDB e Planalto na Câmara – foco da crise.

Sete partidos da base aliada, liderados pelo líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), criaram o chamado "blocão", grupo para pressionar o Palácio do Planalto e ampliar o poder de negociação com o Executivo.

A maior dificuldade do Executivo é a relação tumultuada com Cunha. O deputado tem conseguido apoio da oposição e de partidos governistas para evitar a votação de projetos de interesse do Executivo, como o Marco Civil da Internet.

Na última semana, a crise com a sigla se aprofundou quando Cunha postou em sua conta no microblog Twitter que "está cada vez mais convencido" de que o PMDB precisa "repensar" a aliança com o PT.

A fala foi uma resposta a uma suposta declaração dada pelo presidente do PT, Rui Falcão, no sambódromo do Rio, de que a insatisfação do PMDB da Câmara se daria por não ser atendido na reforma ministerial.

Isolamento

A decisão de Dilma de se reunir com integrantes do PMDB, sem convidar Eduardo Cunha, foi vista integrantes da sigla como uma tentativa de isolar o deputado. 


Na semana passada, o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (PT-SP), defendeu que o governo priorize o diálogo com a direção nacional do PMDB em vez de conversar com o líder do partido na Câmara.

"O tratamento tem que ser com o PMDB, com a direção do partido, não só com o líder do PMDB. Tem que ter a participação do Temer, inclusive. Sem excluir o Eduardo Cunha, mas não ter diálogo somente com ele", afirmou.

O petista disse ainda que o PMDB tem se comportado como partido de "oposição" e ponderou que uma sigla governista não pode "ter duas caras". 

"Não se pode ser situação e oposição ao mesmo tempo. O PMDB é o partido que mais está na situação de oposição", afirmou o líder do PT em entrevista na Câmara.

Na última sexta, Cunha reagiu a críticas de que estaria agindo como um oposicionista. "Que ultimato dei a quem quer que seja? E ultimato para quê? Que que pedi que não querem dar? [...] Que pressão eu fiz em nome do PMDB para falarem que não aceitam pressão?", escreveu Cunha. 

Depois, acusou o PT de "inverter os fatos" e "se fazer de vítima". "Parece até que de repente eu tive um surto e resolvi pregar rompimento do nada, com ultimatos e pressões", completou.

Em novas declarações feitas pela rede social nesta sexta (7), Cunha disse que reagiu com "dureza" por ter sido "gratuitamente agredido" por Falcão e negou que faça ultimatos ao governo. 

"O número de insatisfeitos na bancada do PMDB aumenta a cada dia e parece que vai aumentar mais com essas agressões descabidas", disse Cunha.

Comentários
  • Pedro Benjamim

    Não gosto da Dilma, tenho aversão à ela, inclusive como pessoa, mas confesso que com a nossa falsa democracia fica difícil governar. O eleito, pare se eleger, tem que fazer tantos "arregos" políticos, que quando vai efetivamente governar (administrar), está vendido e amarrado, não podendo tomar decisões por mera liberalidade, sempre devendo agradar a todos os lados. Fica complicado governar desse jeito, quer seja com Dilma, quer seja com qualquer outro candidato. Politica do Brasil é MÁFIA (corrijam-me se eu estiver errado).
  • Fernando Oliveira

    Em Brasilia o governo federal esta vendendo favores enquanto no resto do Brasil o povo trabalha para pagar conta. Como pode um país sem escolas, com o mínimo de conforto e dignidade para os alunos e os professores, esses com salários medíocres, fazer uma copa de futebol. Gosto muito de futebol, assisto muito e gosto muito de jogar, entretanto, acho que temos outras prioridades. Vamos usar o dinheiro do povo brasileiro para dar condição de vida ao povo brasileiro. Diga NÃO a corrupção que esta governando o Brasil. Vote Certo.
  • José Neto

    tenho nojo deste PMDB, partido de quadrilheiros, Saney, Renan, Eduardo Cunha etc
  • Olimpio Filho

    reuniões partidárias de conluio dentro do planalto, que vergonha para o Brasil!
  • Edgar Brandt

    Vão se reunir para continuar a formação da quadrilha, apesar de alguns ministros do supremo considerarem que isso não existe mais.
  • Volta Lula

    NA INGLATERRA TEM RAINHA NO NOSSO PAIS TEM REI E RAINHA LULA E DILMA NOSSOS GUERREIROS NOSSOS REIS FORÇA PT ! TE ESPERAMOS LULA NÃO AGUENTAMOS MAIS VOLTA LULA 2015 É O SEU ANO !!
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  • Miguel Arcanjo

    O PT é o partido da mentira. Dilma, em seus infinitos discursos na TV pagos com dinheiro público, pinta um país cor de rosa que não existe. A inflação galopante dói no bolso do trabalhador, segurança, saúde e educação são uma porcaria. O que tem é muita corrupção, mensalão, e marqueteiro alimentado com nosso dinheiro suado.
  • César Guimarães

    Fico muito feliz em ver os comentários, esse ano será o fim do PT, e se não cair nas urnas, não haverá dúvidas de que as urnas foram corrompidas, e o povo irá fazer valer a força da democracia como foi feita na Ucrânia.
  • Eduardo S

    O governo inteiro do PT foi preocupação de como comprar alianças e se perpetuar no poder. Oras, o PT tem a maioria na câmara, chegou onde chegou com sua propaganda política, a forma mais fácil de se manter no poder teria sido fazer as reformas que a população tanto precisa. Tanto tempo e nada foi feito. Essa é a prova que o PT está preocupado somente com politicagem e manter a velha elite esquerdista no poder utilizado discurso para as massas. A história sempre foi assim. O próximo passo é o fim das liberdades para não haver oposição. Política para a população, não é o negócio do PT.
  • Joaquim Silva

    ... hum hum... quantas malas serão oferecidas... e quantas serão exigidas !
  • Luiz Ribeiro

    Dilma, nas eleições conte com o voto do povo, que a essa hora está trabalhando, não postando comentários desrespeitosos e sem fundamento. Obs: estou de férias.
  • Fabio Rodrigues

    Isso aí vamos distribuir o mensalão por igual senão o paíz atravanca!!!!
  • João Paulo

    essa seria uma boa hora de cair uma bomba ai, ein?
  • Luiz Filho

    O que me deixa otimista, apesar de tudo, é que mais de 80 milhões de brasileiros não votaram nessa vermelha despreparada nas últimas eleições, são muitos os que tem NOJO de comunistas no Brasil.
  • Sr. Donizildo

    Isso é uma vergonha para a nossa nação. Obvio que essa reunião só visa interesses próprios, não o bem do povo. São somente táticas para ganhar a eleição, e quem sai perdendo somos nós, reféns de um governo corrupto. Esse tipo de conversa não deveria ser a portas fechadas e sim transmitida para quem quisesse ouvir.

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