O ESTADO DE S. PAULO - 09/03
Em vez de assumir suas
responsabilidades e pressionar o governo da Venezuela a dialogar com a
oposição para superar a violenta crise no país, o governo brasileiro
prefere fazer de conta que nada está acontecendo.
O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, esteve recentemente na Venezuela e disse que há uma "valorização midiática" dos confrontos.
"O país não parou, as coisas estão funcionando", afirmou Garcia. Não se trata de autismo, mas de uma estudada farsa, cujo objetivo é fazer crer que Nicolás Maduro tem a situação sob controle e que as manifestações só são consideradas importantes pelos 'Veículos de comunicação internacionais'".
Desse modo, o governo petista continua a seguir a estratégia de desmerecer os protestos contra o chavismo, como se estes fossem mero alarido de quem foi derrotado nas urnas, e não uma legítima expressão de descontentamento com os rumos que o país tomou nos últimos anos. Essa política explica por que o Brasil aceitou subscrever a indecente nota do Merco-sul que criminalizou os oposicionistas venezuelanos.
Enquanto Garcia finge que tudo não passa de invenção da imprensa - segundo ele, Maduro vai se encontrar com jornalistas estrangeiros para "aclarar os fatos" -, a situação na Venezuela se deteriora a cada dia. Um dos mais importantes sinais de que a desestabilização pode estar se espalhando inclusive entre os militares foi a destituição de três coronéis da Guarda Nacional Bolivariana. Eles são acusados de criticar a repressão aos manifestantes.
Além disso, em inegável tom de confronto, Maduro ordenou, durante um desfile militar, que as milícias chavistas dissolvessem barricadas erguidas por manifestantes. Esses grupos paramilitares, que agem impunemente à margem da lei, são justamente a vanguarda da repressão oficial aos manifestantes. O número de mortos em um mês de protestos já chega a 20, e há inúmeras denúncias de violações de direitos humanos por parte das forças governistas.
Foi diante desse quadro que um grupo de ex-presidentes latino-americanos, entre os quais Fernando Henrique Cardoso, decidiu publicar uma carta na qual critica a "repressão desmedida" contra "manifestações estudantis de protesto pacífico" e cita, com preocupação, os testemunhos de "tortura e tratamento desumano e degradante por parte de autoridades".
A mensagem exorta Maduro a, "sem demora", criar condições para o diálogo com a oposição, pedindo o "fim imediato" da perseguição a estudantes e dirigentes oposicionistas, o fim da hostilidade à imprensa independente e a libertação dos detidos nos protestos, em especial do líder Leopoldo Ló-pez - acusado pelo governo de ser o principal articulador dos protestos.
Era essa a mensagem que deveria constar das manifestações da diplomacia brasileira em relação à crise venezuelana, e não o cinismo de quem acha que nada está acontecendo.
Mas o governo petista prefere endossar a beligerância de Maduro - que rompeu relações com o Panamá apenas porque esse país sugeriu uma reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir a situação. A OEA, como se sabe, é para os chavistas o equivalente à encarnação do diabo, por ter os Estados Unidos como membro.
Conforme informou Marco Aurélio Garcia, a única instância aceitável de diálogo para Maduro é, claro, a União de Nações Sul-americanas (Unasul) - aquela que, em sua última reunião de cúpula, exaltou o "impulso visionário" do falecido caudilho Hugo Chávez para a criação da entidade e que é atualmente presidida pelo notório Dési Bouterse, ex-ditador e atual presidente do Suriname, procurado pela Interpol por narcotráfico.
Sem poder contar com os países vizinhos mais importantes para constranger Maduro a interromper a violência e negociar de fato, resta à oposição seguir a prudência de Henrique Capriles, seu principal líder. Para ele, embora os protestos sejam legítimos, a única solução para a crise é a "saída eleitoral", porque "a maioria do país apoia a Constituição e quer viver numa democracia".
O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, esteve recentemente na Venezuela e disse que há uma "valorização midiática" dos confrontos.
"O país não parou, as coisas estão funcionando", afirmou Garcia. Não se trata de autismo, mas de uma estudada farsa, cujo objetivo é fazer crer que Nicolás Maduro tem a situação sob controle e que as manifestações só são consideradas importantes pelos 'Veículos de comunicação internacionais'".
Desse modo, o governo petista continua a seguir a estratégia de desmerecer os protestos contra o chavismo, como se estes fossem mero alarido de quem foi derrotado nas urnas, e não uma legítima expressão de descontentamento com os rumos que o país tomou nos últimos anos. Essa política explica por que o Brasil aceitou subscrever a indecente nota do Merco-sul que criminalizou os oposicionistas venezuelanos.
Enquanto Garcia finge que tudo não passa de invenção da imprensa - segundo ele, Maduro vai se encontrar com jornalistas estrangeiros para "aclarar os fatos" -, a situação na Venezuela se deteriora a cada dia. Um dos mais importantes sinais de que a desestabilização pode estar se espalhando inclusive entre os militares foi a destituição de três coronéis da Guarda Nacional Bolivariana. Eles são acusados de criticar a repressão aos manifestantes.
Além disso, em inegável tom de confronto, Maduro ordenou, durante um desfile militar, que as milícias chavistas dissolvessem barricadas erguidas por manifestantes. Esses grupos paramilitares, que agem impunemente à margem da lei, são justamente a vanguarda da repressão oficial aos manifestantes. O número de mortos em um mês de protestos já chega a 20, e há inúmeras denúncias de violações de direitos humanos por parte das forças governistas.
Foi diante desse quadro que um grupo de ex-presidentes latino-americanos, entre os quais Fernando Henrique Cardoso, decidiu publicar uma carta na qual critica a "repressão desmedida" contra "manifestações estudantis de protesto pacífico" e cita, com preocupação, os testemunhos de "tortura e tratamento desumano e degradante por parte de autoridades".
A mensagem exorta Maduro a, "sem demora", criar condições para o diálogo com a oposição, pedindo o "fim imediato" da perseguição a estudantes e dirigentes oposicionistas, o fim da hostilidade à imprensa independente e a libertação dos detidos nos protestos, em especial do líder Leopoldo Ló-pez - acusado pelo governo de ser o principal articulador dos protestos.
Era essa a mensagem que deveria constar das manifestações da diplomacia brasileira em relação à crise venezuelana, e não o cinismo de quem acha que nada está acontecendo.
Mas o governo petista prefere endossar a beligerância de Maduro - que rompeu relações com o Panamá apenas porque esse país sugeriu uma reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir a situação. A OEA, como se sabe, é para os chavistas o equivalente à encarnação do diabo, por ter os Estados Unidos como membro.
Conforme informou Marco Aurélio Garcia, a única instância aceitável de diálogo para Maduro é, claro, a União de Nações Sul-americanas (Unasul) - aquela que, em sua última reunião de cúpula, exaltou o "impulso visionário" do falecido caudilho Hugo Chávez para a criação da entidade e que é atualmente presidida pelo notório Dési Bouterse, ex-ditador e atual presidente do Suriname, procurado pela Interpol por narcotráfico.
Sem poder contar com os países vizinhos mais importantes para constranger Maduro a interromper a violência e negociar de fato, resta à oposição seguir a prudência de Henrique Capriles, seu principal líder. Para ele, embora os protestos sejam legítimos, a única solução para a crise é a "saída eleitoral", porque "a maioria do país apoia a Constituição e quer viver numa democracia".
LULA E DILMA DÃO APOIO AO MASSACRE DO POVO DA VENEZUELA DESFERIDO PELA DITADURA COMUNISTA DE NICOLÁS MADURO
Cartaz veiculado pelas redes sociais a partir da Venezuela |
Não está nem aí para o assassinato de 20 cidadãos venezuelanos e cerca de 300 feridos graves na esteira da rebelião popular contra o tiranete Nicolás Maduro.
Da mesma forma faz que não vê a prisão completamente ilegal do líder oposicionista Leopoldo López, lançado num calabouço da polícia política da ditadura castro-comunista onde permanece há 18 dias sofrendo tortura psicológica.
Na quinta-feira, um grupo de manifestantes promoveu um protesto em frente da embaixada brasileira em Caracas, cobrando do governo brasileiro uma posição em defesa, pelo menos, dos direitos humanos pisoteados pelo verdugo de Miraflores.
Claro, o povo Venezuelano sabe de que lado está o governo comunista do PT. Foi um ato político para mostrar ao mundo que o Brasil, sob Lula, Dilma e seus sequazes é mais uma ditadura bananeira latino-americana.
Nas redes sociais circulam charges e cartazes, como o que ilustra este post, denunciando o governo da Dilma que, para vergonha dos brasileiros democratas, honestos e trabalhadores, apóia o crime de lesa-humanidade perpetrado por Nicolás Maduro e seus esbirros sob as ordens dos assassinos Fidel e Raúl Castro.
Acresce a este fato, e isso precisa ser dito, que o povo venezuelano são só está abandonado pela comunidade internacional, mas também pelos partidos oposicionistas do Brasil e nos demais países latino-americanos sob o comando do Foro de São Paulo, a entidade transnacional fundada por Lula e Fidel Castro em 1990 e comandada pelo PT.
A rigor, depois que Fidel Castro sofreu um derrame cerebral violento e Hugo Chávez desceu ao inferno, é Lula, na verdade, o comandante geral do Foro de São Paulo.
Lula é o chefe geral do comunismo latino-americano. Bem entendido aí, comunismo para o povo e as delícias do capitalismo para a corriola, na qual se incluem os boçais mega empresários brasileiros que no século XXI continuam operando fábricas de estopas e ferrarias.
Esses semoventes viram o comunismo do século XXI como um maná caídos dos céus. Atitudes como essa geraram as monstruosidades nazistas, comunistas e fascistas. Todas verso e anverso da mesma medalha.
Entretanto, ao sentir cheiro de carne queimada, em vez de ir à Venezuela, Lula foi a Cuba nos dias que antecederam ao festim macabro em Caracas, quando os comunistas festejaram em torno da urna mortuária de Chávez que, como todos sabem, ou fingem não saber, se encontra vazia e os restos mortais do caudilho evaporaram em Havana. Não há até hoje uma só fotografia do defunto no caixão.
A única boa notícia em meio a todo esse inferno, é que Lula desta vez não foi chamado para presidir o diálogo de paz entre a Rússia e a Ucrânia e, como era de se esperar, seu nome foi zelosamente ignorado pela ditadura venezuelana.
Da mesma forma, o ex-falastrão foge da imprensa como o diabo foge da cruz.
Alguns porta-vozes tratam de alimentar a imprensa com o que pensa e fala Lula.
E não encontram dificuldades para plantar essas matérias na grande mídia cujas redações são dominadas pelos esbirros do PT.
Para concluir esta minha rápida análise dos acontecimentos, transcrevo matéria veiculada no site do jornal O Globo, informando o que já se esperava.
O governo da Dilma enviou à reunião da OEA um diplomata de segunda classe para votar contra o envio de missão da OEA à Venezuela. Leiam:
"O Itamaraty informou nesta sexta-feira que o Brasil votou contra o envio de uma missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) à Venezuela, bem como se opôs à realização de uma reunião de chanceleres dos países que compõem a OEA para tratar especificamente da situação venezuelana.
Segundo
o Itamaraty, a posição do governo brasileiro é que seria prematuro
adotar qualquer uma das propostas neste momento, pois isso só serviria
para acirrar tensões na Venezuela.
As
duas propostas foram levantadas durante reunião extraordinária da OEA
que se realiza desde quinta-feira, em Washington, na sede da entidade.
Ambas foram rejeitadas.
A reunião ainda está em andamento. O representante interino do Brasil na OEA é o ministro de segunda classe Breno Dias da Costa."
A reunião ainda está em andamento. O representante interino do Brasil na OEA é o ministro de segunda classe Breno Dias da Costa."
Conclusão:
até o vetusto e outrora prestigiado Itamaraty se tornou, ao lado do
Supremo Tribunal Federal, um aparelho do Foro de São Paulo.
Falta
pouco para que o Brasil se torne uma nova Venezuela, enquanto a oposição
pisa nos astros distraída.
Faz que não vê.
Quando muito o velho FHC subscreve nota emitida por notáveis latino-americanos falando em diálogo de paz na Venezuela.
Faz que não vê.
Quando muito o velho FHC subscreve nota emitida por notáveis latino-americanos falando em diálogo de paz na Venezuela.
Ora, falar em paz com comunistas é, no mínimo, uma piada. Ainda que de mau gosto.
No Brasil é assim. Tudo é carnavalizado, mesmo que se esteja na quaresma.
09 de março de 2014
in aluizio amorim
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