sábado, 8 de março de 2014

Dilma vota não à missão humanitária da OEA na Venezuela. Já são 21 assassinatos cometidos pela polícia, exército e milícias.


 
 
O Brasil aliou-se ontem a países como Bolívia, Equador e Nicarágua para evitar que a OEA (Organização dos Estados Americanos) convocasse seus chanceleres e enviasse uma missão a Caracas para discutir a crise na Venezuela, que já fez 20 mortos. 
 
Conforme a Folha apurou, o Planalto e o Itamaraty avaliam que essas medidas só contribuiriam para acirrar as tensões internas.

Ao excluir a OEA das negociações, o Brasil e os principais aliados de Nicolás Maduro visaram evitar a participação dos EUA, que são o maior adversário do regime do presidente venezuelano. 
 
Sem a OEA, cuja reunião começou na anteontem e se estendia até a noite de ontem, foi aberta a porta para que os doze chanceleres da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) fossem convidados ontem mesmo para uma reunião na próxima quarta-feira, em Santiago, para discutir a Venezuela sem a presença americana.

Ao contrário da dividida OEA, a Unasul tende a ser bem mais condescendente e formalizar uma posição muito mais amigável em relação ao governo Maduro e mais crítica aos manifestantes. 
 
A cidade de Santiago foi escolhida pela circunstância da posse de Michelle Bachelet na Presidência do Chile --que ela já havia ocupado antes.

A ideia inicial de uma reunião de presidentes foi descartada, conforme o Itamaraty, porque o Chile alegou dificuldades logísticas para um evento desse porte em cima da hora. 
 
A posse de Bachelet será na terça, dia 11, e a reunião de chanceleres da Unasul, no dia seguinte. 
 
Esta só não ocorrerá no caso de não haver quórum suficiente, ou seja, se boa parte dos chanceleres não puder ou não quiser participar.

A presidente Dilma Rousseff irá à posse de Bachelet, enquanto o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, confirmou a viagem ao Chile para a reunião de chanceleres. 
 
A posição brasileira pró-Maduro na OEA e a ida de Dilma e Figueiredo foram precedidas pela viagem do assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, a Caracas, onde teve encontros com autoridades do governo venezuelano. ( Folha de São Paulo)

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