Nos mais de 200 quilômetros percorridos, nenhuma viatura da Polícia Rodoviária Federal foi avistada e também qualquer agente da corporação
Marcelo Moura
marcelomoura@jornaldebrasilia.com.br
Quem saiu de Brasília ontem para passar o Carnaval em Goiânia encontrou uma estrada cheia e sem fiscalização.
A reportagem do Jornal de Brasília percorreu esse trecho da BR-060 e viveu a mesma situação de quem foi curtir o feriado na capital goiana.
Nos mais de 200 quilômetros percorridos, nenhuma viatura da Polícia Rodoviária Federal foi avistada e também qualquer agente da corporação.
No posto fiscal logo após Samambaia, apesar de a pista ter sido estreitada por cones e reduzida para uma faixa, não havia abordagens.
A reportagem flagrou um acidente com moto perto do novo shopping e, durante o período em que a equipe do JBr esteve no local, a única ajuda prestada veio de outros motociclistas e de alguns motoristas que pararam seus veículos.
Sem ajuda
Os dois pneus dianteiros do carro do funcionário público Victor Botelho e da advogada Laís Lara estouraram a 140 quilômetros de Brasília, perto de uma movimentada lanchonete. “Tivemos sorte dos pneus terem estourado por aqui. Não tive ajuda, não vejo fiscalização, as pessoas não respeitam o tráfego, ainda mais com chuva”, afirma Victor.
Um grupo que saiu do município baiano Luís Eduardo Magalhães relata que a situação é ainda pior. “Na verdade, não vimos fiscalização desde que saímos de nossa cidade. Já passamos por, pelo menos, três acidentes. A insegurança é grande, não sabemos como está a pista e o que encontraremos”, afirma o motorista de ônibus José de Sousa.
Apenas cones
No posto fiscal na chegada à cidade de Anápolis, o cenário era o mesmo da saída da capital federal. Apesar dos vários cones separando a pista, não havia agentes fora da guarita. Durante toda a viagem, a reportagem só viu três carros policiais, mas todos eles pertencentes à Polícia Militar do Estado de Goiás. E, mesmo assim, dois deles no perímetro urbano de Anápolis.
Na chegada a Goiânia, uma última esperança de que houvesse fiscalização, dessa vez no posto da Polícia Rodoviária da região conhecida como Morro do Alá. Mas o quadro não se diferenciou dos demais.
Os agentes estavam todos dentro da guarita. Na pista, nem sinal de abordagens. E, mais uma vez, campo aberto para irregularidades ou álcool ao volante. (Colaboraram Daniel Cardozo e Gabriela Coelho)
marcelomoura@jornaldebrasilia.com.br
Quem saiu de Brasília ontem para passar o Carnaval em Goiânia encontrou uma estrada cheia e sem fiscalização.
A reportagem do Jornal de Brasília percorreu esse trecho da BR-060 e viveu a mesma situação de quem foi curtir o feriado na capital goiana.
Nos mais de 200 quilômetros percorridos, nenhuma viatura da Polícia Rodoviária Federal foi avistada e também qualquer agente da corporação.
No posto fiscal logo após Samambaia, apesar de a pista ter sido estreitada por cones e reduzida para uma faixa, não havia abordagens.
A reportagem flagrou um acidente com moto perto do novo shopping e, durante o período em que a equipe do JBr esteve no local, a única ajuda prestada veio de outros motociclistas e de alguns motoristas que pararam seus veículos.
Sem ajuda
Os dois pneus dianteiros do carro do funcionário público Victor Botelho e da advogada Laís Lara estouraram a 140 quilômetros de Brasília, perto de uma movimentada lanchonete. “Tivemos sorte dos pneus terem estourado por aqui. Não tive ajuda, não vejo fiscalização, as pessoas não respeitam o tráfego, ainda mais com chuva”, afirma Victor.
Um grupo que saiu do município baiano Luís Eduardo Magalhães relata que a situação é ainda pior. “Na verdade, não vimos fiscalização desde que saímos de nossa cidade. Já passamos por, pelo menos, três acidentes. A insegurança é grande, não sabemos como está a pista e o que encontraremos”, afirma o motorista de ônibus José de Sousa.
Apenas cones
No posto fiscal na chegada à cidade de Anápolis, o cenário era o mesmo da saída da capital federal. Apesar dos vários cones separando a pista, não havia agentes fora da guarita. Durante toda a viagem, a reportagem só viu três carros policiais, mas todos eles pertencentes à Polícia Militar do Estado de Goiás. E, mesmo assim, dois deles no perímetro urbano de Anápolis.
Na chegada a Goiânia, uma última esperança de que houvesse fiscalização, dessa vez no posto da Polícia Rodoviária da região conhecida como Morro do Alá. Mas o quadro não se diferenciou dos demais.
Os agentes estavam todos dentro da guarita. Na pista, nem sinal de abordagens. E, mais uma vez, campo aberto para irregularidades ou álcool ao volante. (Colaboraram Daniel Cardozo e Gabriela Coelho)
Versão Oficial
A Polícia Rodoviária Federal admite que falta efetivo para
fiscalizar as estradas brasileiras. Para cumprir essa missão, são 10 mil
policiais, mas o número deveria ser maior. O que a PRF procura fazer
são rondas nas rodovias para coibir a imprudência dos motoristas.
“Mais
de 95% dos acidentes são causados pela conduta humana. Quando a viatura
está ostensiva, a gente inibe a conduta perniciosa, tentando estar no
maior número possível de lugares”, disse o inspetor Bonfim, chefe da
comunicação social da PRF.
A meta é ter sempre uma viatura fiscalizando cada trecho das
rodovias, mas, quando aparece uma ocorrência, os agentes são destacados
para o local. Estão sendo treinados em Santa Catarina 1,2 mil novos
agentes para reforçarem o efetivo em todos os estados. A frota foi
renovada em dezembro de 2013, com 850 novas viaturas GM Trailblazer e
Renault Fluence.
O feriado de Carnaval é considerado pela Polícia Rodoviária um dos
piores períodos em todo o ano e os agentes administrativos são
destacados para o trabalho, de modo a aumentar a fiscalização.
Até o fim do ano a PRF espera ter todas as rodovias do DF
monitoradas por vídeo. Assim, poderão ser emitidas multas por infração
baseadas nas imagens colhidas nas estradas.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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