quinta-feira, 14 de agosto de 2014

ONS tem até esta sexta-feira para fornecer as informações sobre a vazão da represa do Rio Jaguari – que banha os estados de São Paulo e Minas Gerais. .


14/08/2014 08h25

MPF-RJ pede informações ao ONS sobre vazão do Rio Jaguari, SP

Órgão diz que estado do Rio pode ter problema de fornecimento de energia.


Do G1 Rio
Rio Jaguari, em Limeira (Foto: Arquivo/Odebrecht)Rio Jaguari, em Limeira
 
O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro pediu, nesta quarta-feira (14), ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informações sobre a vazão da represa do Rio Jaguari – que banha os estados de São Paulo e Minas Gerais. 

Segundo o órgão, o estado do Rio pode ter problemas de fornecimento de energia se o governo de São Paulo mantiver a vazão do Jaguari no nível mínimo, como mostrou o Bom Dia Rio.

As informações vão compor um inquérito civil público para apurar os impactos ambientais do projeto do governo paulista para a transposição do Rio Paraíba do Sul, na Região Metropolitana do Rio (Sistema Guandu), em razão da crise do Sistema Cantareira, principal fornecedor de água para a população da Grande São Paulo

Algumas cidades paulistas já enfrentam racionamento de água. Devido ao caráter de urgência do tema, o MPF-RJ concedeu 48 horas para a resposta do ONS.

O Rio Jaguari é um dos afluentes do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de 15 milhões de pessoas na região do Vale do Paraíba e no estado do Rio de Janeiro, além de alimentar a produção de energia elétrica pela Light, principal concessionária do estado. A exemplo do sistema Cantareira, a bacia do Rio Paraíba do Sul também passa por uma das piores estiagens da história.

O governo de São Paulo descumpre determinação do ONS de que a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) aumente a vazão de água do Paraíba do Sul para o Jaguari de 10 mil para 30 mil litros por segundo. Nesta quarta, o nível da represa do Jaguari atingiu o menor patamar desde 2003. 

O volume da água, que estava em 81% em 2012, chegou a 38%. A represa do Paraibuna está com nível ainda pior: 13%.

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