A situação de José Roberto Arruda no Supremo Tribunal Federal é
incerta. Com um ministro a menos, depois da aposentadoria de Joaquim
Barbosa, o quórum hoje é de 10 magistrados. Significa que pode haver um
empate, e consequentemente, um impasse com a candidatura do
ex-governador, como ocorreu há quatro anos com Joaquim Roriz, também
enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Entre os ministros, dois — Luiz Fux e
Dias Toffoli — votaram contra o registro.
Marco Aurélio Mello é
abertamente contrário aos argumentos da defesa de Arruda. Celso de Mello
e Carmen Lúcia são contundentes defensores da Lei da Ficha Limpa.
Faltaria apenas um voto para encerrar a candidatura de Arruda. O
ex-governador, no entanto, tem um eloquente defensor de sua tese no
plenário. O ministro Gilmar Mendes chegou a dizer que o TSE agiu como um
tribunal nazista ao negar o registro do representante do PR. ...
Será que tudo piorou?
Ao chamar a política do DF de “rastaquera” na sessão do TSE que negou o
registro da candidatura de José Roberto Arruda, o ministro Gilmar
Mendes defendeu uma intervenção na capital do país. Ele disse que a
cidade não tem sequer dignidade para manter a autonomia política.
Há
quatro anos, no entanto, no auge da crise da Operação Caixa de Pandora, o
magistrado votou contra um pedido de intervenção do então
procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Na ocasião, Gilmar disse
que a medida seria um “salto no escuro” e foi seguido pela maioria do
plenário. Apenas Ayres Britto acatou o requerimento do Ministério
Público.
Fonte: Por ANA MARIA CAMPOS e HELENA MADER, Correio Braziliense - 31/08/2014 - - 23:54:59
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