BLOG Rota de Segurança
29 de agosto de 2014 Posted by -
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu na tarde desta
quinta-feira (28) seis homens suspeitos de fazer parte de uma
organização criminosa especializada em produzir cartões bancários em um
laboratório caseiro montado em um apartamento em Águas Claras. O delegado-chefe da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), Jefferson Lisboa, informou a quadrilha é a “mais tecnológica em falsificação” que já atuou na capital.
Os cinco homens e uma mulher foram flagrados no momento em que produziam um cartão bancário falso. Outros três membros do grupo já foram identificados. No imóvel, a polícia apreendeu computadores, impressoras, máquinas leitoras de cartão e equipamentos utilizados para produzir os cartões de débito e crédito, de uso exclusivo das empresas administradoras. A polícia ainda apura o valor total dos equipamentos.
Milhares de cartões “virgens” e impressos foram apreendidos, referentes a dezenas de bancos e bandeiras (operadoras). Os agentes também recolheram cheques, carteiras de identidade e de motorista, boletos bancários, aparelhos de TV, joias, relógios e perfumes, comprados com as identidades falsas.
Uma caminhonete e quatro carros de passeio clonados pela organização foram capturados, e outros dois veículos devem ser recolhidos até o fim da semana, segundo o delegado. A estimativa de prejuízo é superior a R$ 10 milhões, diz Lisboa.
A reportagem tentou falar com o senador, mas não conseguiu contato até a publicação desta reportagem.
A polícia também encontrou encomendas feitas no nome de pessoas mortas e habilitações clonadas com a foto dos suspeitos.
Informações preliminares indicam que o grupo agia há mais de um ano, segundo Lisboa. As investigações tiveram início há três meses.
“Eles se mudavam muito de um apartamento para o outro, o que dificultou as prisões”, afirma. Segundo o delegado, o grupo utilizava os cartões falsos para comprar um grande volume de mercadorias, que eram revendidas para o resgate de dinheiro “limpo”. Os veículos eram alugados em outros estados, com as habilitações falsas, e adulterados já no DF.
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