segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Quadrilha que usava a tecnológia para falsificar cartões de crédito já está na prisão

BLOG Rota de Segurança

Bando que desviou R$ 10 milhões tinha máquinas de banco. Foto: Mateus Rodrigues/ G1
Bando que desviou R$ 10 milhões tinha máquinas de banco. 

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu na tarde desta quinta-feira (28) seis homens suspeitos de fazer parte de uma organização criminosa especializada em  produzir cartões bancários em um laboratório caseiro montado em um apartamento em Águas Claras. 

O delegado-chefe  da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), Jefferson Lisboa, informou a quadrilha é a “mais tecnológica em falsificação” que já atuou na capital.

Os cinco homens e uma mulher foram flagrados no momento em que produziam um cartão bancário falso. Outros três membros do grupo já foram identificados. No imóvel, a polícia apreendeu computadores, impressoras, máquinas leitoras de cartão e equipamentos utilizados para produzir os cartões de débito e crédito, de uso exclusivo das empresas administradoras. A polícia ainda apura o valor total dos equipamentos.

Milhares de cartões “virgens” e impressos foram apreendidos, referentes a dezenas de bancos e bandeiras (operadoras). Os agentes também recolheram cheques, carteiras de identidade e de motorista, boletos bancários, aparelhos de TV, joias, relógios e perfumes,  comprados com as identidades falsas.

Uma caminhonete e quatro carros de passeio clonados pela organização foram capturados, e outros dois veículos devem ser recolhidos até o fim da semana, segundo o delegado. A estimativa de prejuízo é superior a R$ 10 milhões, diz Lisboa.

Etiqueta de correspondência com nome de senador e endereço de suspeitos de fraude financeira (Foto: Mateus Rodrigues/G1)
Entre os nomes utilizados nas identificações falsas aparece o do senador e candidato ao governo do Ceará pelo PMDB, Eunício Oliveira. O grupo usava o cartão para fazer compras pela internet.

A reportagem  tentou falar com o senador, mas não conseguiu contato até a publicação desta reportagem.

A polícia também encontrou encomendas feitas no nome de pessoas mortas e habilitações clonadas com a foto dos suspeitos.

Informações preliminares indicam que o grupo agia há mais de um ano, segundo Lisboa. As investigações tiveram início há três meses.

“Eles se mudavam muito de um apartamento para o outro, o que dificultou as prisões”, afirma. Segundo o delegado, o grupo utilizava os cartões falsos para comprar um grande volume de mercadorias, que eram revendidas para o resgate de dinheiro “limpo”. Os veículos eram alugados em outros estados, com as habilitações falsas, e adulterados já no DF.

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