Bruna Borges
Do UOL, em Brasília
Do UOL, em Brasília
- Carlos RhienckO ex-senador e ex-vice-governador Clésio Andrade (PMDB-MG)
Clésio, que foi vice do presidenciável Aécio Neves no primeiro mandato do governo do tucano em Minas Gerais (2003-06), é investigado pela operação São Cristovão, da Polícia Civil do Distrito Federal em parceria com o Ministério Público do DF e de Minas Gerais, deflagrada nesta sexta-feira (19). Clésio atualmente apoia o governo Dilma Rousseff.
Foi emitido um mandado de busca e apreensão na casa do ex-senador em Belo Horizonte e um mandado de condução coercitiva, quando o investigado é encaminhado à polícia para prestar esclarecimentos, mas ele ainda não foi encontrado.
Operação apreende carros de luxo e dinheiro
Caso a investigação comprove que o ex-senador fraudou o documento ele pode ser indiciado por falsidade ideológica. O UOL não conseguiu localizar o ex-parlamentar.
Para o delegado, é "prematuro" afirmar que Clésio chefiava o esquema. O ex-senador era presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte) até abril deste ano. O sistema Sest/Senat são administrados pela CNT.
O ex-parlamentar também é acusado de participar do mensalão tucano. Ele é ex-sócio da SMPB e do publicitário Marcos Valério e responde pelos crimes de peculato (desvio de recursos públicos) e lavagem de dinheiro em desvio de verbas de publicidade para o financiamento da campanha de Eduardo Azeredo, de quem foi candidato a vice em 1998.
Ele renunciou ao Senado em julho alegando problemas de saúde. Com a renúncia seu processo sobre o mensalão tucano para a primeira instância de Minas Gerais.
Operação São Cristovão
Na operação de hoje foram presas Maria Pantoja, que foi diretora-executiva no Sest/Senat entre 1995 e 2013 e atualmente trabalha em uma diretoria ligada à CNT, a coordenadora de contabilidade, Jardel Soares, a coordenadora de administração, Nilmara Chaves, e a assessora especial da editoria-executiva Anamary Socha. O UOL não conseguiu contato com os advogados de defesa.Também foram apreendidos nas casas dos investigados 16 carros, a maioria de luxo e dinheiro vivo.
Na casa de um dos prestadores de serviço, foram encontrados R$ 180 mil fora de um cofre, que ainda não foi aberto.
Entre as movimentações financeiras que chamaram atenção da polícia há o pagamento de mais de R$ 1 milhão por ano para um funcionário que cuidava de plantas da sede do Sest/Senat. Também há o pagamento de cerca de R$ 2 milhoes a um lava-jato.
A investigação começou quando foi feita uma auditoria feita pela CGU (Controladoria-Geral da União) nos rendimentos de funcionários.
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