quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Produção de veículos cai 22,4% em agosto em relação a 2013, diz Anfavea


Reuters


Exportações caíram 50,6% no mês passado.
Na comparação com julho deste ano, a produção aumentou 5,3%.

Do G1, com Reuters
GNews - Indústria (Foto: globonews)Aumento do estoque de carros faz montadoras reduzirem a produção
 
 
A indústria brasileira de veículos registrou queda de 22,4% na produção em agosto sobre igual período do ano passado, a 265,9 mil unidades, segundo dados associação que representa o setor, Anfavea, divulgados nesta quinta-feira (4).


No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a produção chegou a 2,1 milhões de veículos, o que significa um recuo de 18% na comparação anual.

Segundo a Anfavea, as vendas de veículos novos no Brasil em agosto caíram 17,2% sobre o mesmo mês de 2013, para 272,5 mil unidades.

O declínio na produção de automóveis tem como pano de fundo um cenário de demanda mais fraca no mercado interno, com seletividade dos bancos em aprovar financiamentos, e com as montadoras seguindo pressionadas por estoques elevados.


Produção de veículos em 2014
 
 
Em mil unidades
237,3281,6272,8277,1281,4215,9252,6265,9janfevmarabrmaijunjulago050100150200250300
Fonte: Anfavea
 
Exportações
As exportações da indústria também vêm sendo atingidas: em agosto, houve queda de 50,6% sobre um ano antes, enquanto no acumulado do ano o recuo chega a 38,1%, com 235,4 mil veículos exportados, informou a Anfavea.

O economista Fabio Silveira disse à GloboNews que o endividamento das famílias, a estagnação dos salários e do crédito impedem a alta da produção. "Mais um fator negativo, a Argentina, que é o destino de boa parte da produção automobilística, passa por uma recessão."


Emprego
O número de trabalhadores do setor também caiu, apresentando os piores resultados desde maio de 2012. Em agosto, eram 148.892 pessoas empregadas na indústria, contra 150.295 em julho (queda de 0,9%) e 157.641 empregados em agosto de 2013. Nesse período, a retração foi de 5,5%.


Expectativas

Para o presidente da entidade, Luiz Moan, a situação no segundo semestre deverá ser "muito melhor" que na primeira metade do ano. A jornalistas, ele afirmou que a reação da rede bancária à facilitação do crédito só foi sentida na última semana de agosto, mas essa é uma tendência que deverá ajudar a indústria daqui para frente.


A Anfavea manteve as expectativas para o ano, que tinham sido reduzidas em julho, para projetar recuo de 10% na produção, declínio de 5,4% nas vendas no mercado interno e queda de 29,1% nas exportações.

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